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3 min

Steven Spielberg
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Produtor e realizador norte-americano, nascido a 18 de dezembro de 1947 em Cincinnatti, é dos cineastas mais consagrados e visionários de Hollywood, muito devido ao seu poder de criatividade.

Já em criança demonstrava tendências cinematográficas graças à câmara de 8mm oferecida por seu pai, com a qual fazia curtas-metragens.

Aos 16 anos, mudou-se para a Califórnia onde filmou as curtas-metragens Firelight (1963) e Amblin (1969). Esta foi do agrado de Rod Serling que o convidou para dirigir Joan Crawford num dos episódios da série televisiva Night Gallery (1970). Recrutado pela Universal, dirigiu episódios de séries televisivas como Columbo e Marcus Welby, antes de ter tido a possibilidade de rodar um telefilme Duel (Um Assassino Pelas Costas, 1971). Este thriller - protagonizado por Dennis Weaver, que relata a história de um executivo que é perseguido na autoestrada, sem motivo aparente, por um camião -, teve elevados índices de audiência, o que motivou os seus produtores a lançarem uma versão cinematográfica do mesmo. Tal facto abriu as portas cinematográficas a Spielberg.

Iniciou este percurso com um pequeno filme: The Sugarland Express (Asfalto Quente, 1974), um road-movie sobre um jovem casal do Texas perseguido pela polícia.
O filme, protagonizado por Goldie Hawn, foi exibido no Festival de Cannes, tendo vencido o Prémio para Melhor Argumento.

Seguiu-se o seu primeiro mega-êxito de bilheteira: Jaws (Tubarão, 1975), um filme de terror marítimo protagonizado por Richard Dreyfuss, Robert Shaw e Roy Scheider, foi o primeiro filme a ultrapassar a barreira dos 100 milhões de dólares de receitas. Seguiu-se a magnífica fábula urbana de ficção científica Close Encounters of the Third Kind (Encontros Imediatos do Terceiro Grau, 1977) que lhe granjeou novo êxito de público e uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. O seu rumo ascensório foi barrado, em 1979, com o colossal fracasso da comédia 1941 (Ano Louco em Hollywood).

O realizador não esmoreceu: baseou-se num argumento de Lawrence Kasdan e criou a figura imortal de Indiana Jones, o arqueólogo aventureiro. Jones surgiu primeiro em Raiders of the Lost Ark (Os Salteadores da Arca Perdida, 1981), depois em Indiana Jones and the Temple of Doom (Indiana Jones e o Templo Perdido, 1984) e finalmente em Indiana Jones and the Last Cruzade (Indiana Jones e a Grande Cruzada, 1989). Pelo meio, Spielberg fez chorar multidões em E.T. (E.T. o Extraterrestre, 1982), tentou realizar um grande épico só com atores negros em The Color Purple (A Cor Púrpura, 1985), filmou a sobrevivência de uma criança inglesa num campo de concentração japonesa em Empire of the Sun (O Império do Sol, 1987) e trilhou o género do melodrama com Always (Sempre, 1989).

Dois anos depois, teve um novo fracasso comercial: Hook (1991), uma adaptação da história de Peter Pan com a ligeira nuance de este ser agora um homem adulto e não se recordar das suas aventuras. Em 1993, venceu finalmente o Óscar para Melhor Realizador por aquela que é considerada como a obra-prima do realizador: Schindler's Liss (A Lista de Schindler), baseado na história verídica de um industrial alemão que salvou uma centena dos Judeus das mãos dos nazis. Depois, produziu e realizou um dos maiores blockbusters do cinema: Jurassic Park (Parque Jurássico, 1993) e a sua continuação Lost World (Parque Jurássico 2, 1997). Ainda na senda dos filmes históricos, realizou Amistad (1997), um filme sob uma revolta de escravos num navio espanhol em 1839.

Foi agraciado novamente com o Óscar para Melhor Realizador por Saving Private Ryan (O Resgate do Soldado Ryan, 1998), um relato de um episódio ocorrido na Segunda Guerra Mundial sobre um pequeno pelotão norte-americano com a missão de encontrar um soldado compatriota que perdera os seus irmãos na guerra. Os dois filmes seguintes de Spielberg enquadraram-se no género da ficção científica: concretizou o projeto inacabado de Stanley Kubrick A.I. (Inteligência Artificial, 2001) e concebeu uma América futurista em Minority Report (Relatório Minoritário, 2002).

Em seguida, filmou uma comédia, Catch Me if You Can (Apanha-me Se Puderes, 2002) protagonizada por Leonardo DiCaprio e Tom Hanks; o romance The Terminal (Terminal de Aeroporto, 2004), com Tom Hanks e Catherine Zeta-Jones; a aventura The Legend of Zorro (A Lenda de Zorro, 2005), com Antonio Banderas; produziu Memoirs of a Geisha (Memórias de uma Gueixa, 2005) e realizou ainda o thriller, baseado em factos verídicos, Munich (Munique, 2005), que foi nomeado para cinco Óscares.

Juntamente com Jeffrey Katzenberg e David Geffen, é fundador da produtora Dreamworks.

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Porto Editora – Steven Spielberg na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 03:15:25]. Disponível em
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