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Stig Dagerman
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Escritor sueco, Stig Dagerman nasceu a 25 de outubro de 1923 em Älvkarleby, na exploração agrícola dos avós paternos, situada a cerca de cem quilómetros de Estocolmo. Morreu a  4 de novembro de 1954, Enebyberg, na Suécia.
A mãe era telefonista que, não sendo casada, abandonou Stig após o seu nascimento. Assim sendo, Stig cresceu sob os cuidados dos avós paternos, num ambiente idílico e profundamente religioso.

Quando contava apenas doze anos de idade, mudou-se para Estocolmo com o pai, que entretanto se tinha casado com outra mulher. Cerca de quatro anos mais tarde, Stig Dagerman sofreu um grande abalo emocional: o avô foi brutalmente assassinado por um psicopata e, algumas semanas depois, a avó sucumbiu ao desgosto.

Nesse mesmo ano de 1939, marcado também pela deflagração da Segunda Guerra Mundial, Dagerman empreendeu o seu primeiro esforço literário, compondo um poema melancólico que celebrava a memória trágica do seu antepassado. O sentimento de abandono e solidão foi renovado em 1941, com a notícia do falecimento do seu melhor amigo, vitimado num acidente de esqui.

Revoltado, desamparado e, sobretudo, pobre, Stig Dagerman aproximou-se dos desfavorecidos e injustiçados. Decidiu pois aderir ao movimento sindical socialista. Embora assumindo a neutralidade, a Suécia vergava sob os ventos de guerra que assolavam a Europa.
Foi nesses meios de consternação que conheceu aquela que viria a ser a sua primeira mulher, uma refugiada alemã, filha de um ex-combatente da Guerra Civil Espanhola, de nome Ann Marie Gotze. Após o matrimónio, o jovem casal não teve outro remédio senão partilhar um pequeno apartamento com os próprios pais da noiva. Embora vivendo numa situação financeira bastante precária, Stig Dagerman procurou empreender estudos superiores em 1943 mas, ao fim de pouco tempo, teve que desistir da universidade, ao ser convocado para cumprir o serviço militar obrigatório.

Em 1945 publicou a sua primeira obra, um romance híbrido intitulado Ormen (A Serpente), e que reflete o seu descontentamento com a vida das casernas. Tornando-se bastante prolífico, não só continuou a dedicar-se à ficção, como assumiu o cargo de editor de um jornal sindicalista vocacionado para a juventude. No ano seguinte apareceu o seu romance mais conhecido, De Domdas Ö (1946, A Ilha dos Condenados), que narra a história de sete pessoas, cada uma delas representando uma fraqueza humana e que, após um naufrágio, chegam a uma ilha deserta, onde encontram a morte que mais se lhe adequa.

Por volta do ano de 1950 o seu casamento entrou em rutura, facto que lhe veio a causar uma depressão. Não obstante, no ano seguinte conheceu uma atriz, de nome Anita Björk, por quem se apaixonou. Apesar de ter conseguido sair do turbilhão da melancolia com o seu auxílio, a sua produção literária sofreu um grande abalo em termos de quantidade, afetando em consequência a sua situação económica. Deu porém ao prelo uma obra importante, Vårt behov av tröst är omättligt (1952, A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer).

Após várias tentativas de suicídio frustradas, em que recorrera à utilização de gás doméstico e lâminas de barbear, Stig Dagerman conseguiu o seu intento, encerrando-se na sua garagem com o automóvel em funcionamento. 

 

 

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Como referenciar
Porto Editora – Stig Dagerman na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-06 20:12:53]. Disponível em

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