subducção

No decurso da expansão dos fundos oceânicos, a litosfera arrefece e espessa-se à custa do material da astenosfera. Torna-se mais densa e, por reajustamento isostático, afunda-se, ocorrendo a subsidência do fundo oceânico. Este fenómeno é evidenciado pela variação da sedimentação durante a migração litosférica.

O papel do arrefecimento é também evidenciado quando se compara a evolução do fluxo térmico e a profundidade do fundo oceânico em função da distância à dorsal. Pode-se demonstrar, a partir do fluxo térmico, que existe uma relação entre a idade da crosta oceânica e a profundidade a que se encontra a placa.

Sendo a crosta oceânica mais densa que a crosta continental, tem tendência a afundar-se na astenosfera - é a este fenómeno que se dá o nome de subducção. O desaparecimento da crosta oceânica faz-se graças a uma flexura que cria uma depressão, explicando-se assim a repartição das grandes fossas oceânicas.

Esta instabilidade mecânica potencial aumenta com a idade, o que explica que não se possa observar crosta oceânica com mais de 165 milhões de anos.

A crosta continental, menos densa, mantém-se à superfície, desempenhando o papel de flutuador. É insubmersível na astenosfera, o que explica as idades muito antigas registadas nas rochas continentais (cerca de 3800 milhões de anos).

A subducção de uma placa litosférica é acompanhada de diferentes manifestações secundárias, que traduzem as perturbações que a subducção provoca. Estes fenómenos secundários traduzem-se em manifestações sísmicas resultantes da fricção entre as placas, variações do fluxo térmico, que diminui a nível da fossa oceânica quando esta se forma, anomalias isostáticas, que são negativas ao nível da fossa e positivas sob o continente, e manifestações metamórficas e magmáticas nas zonas de convergência das placas.

De uma maneira geral, verifica-se que as zonas de subducção são zonas de deformações, metamorfismo e vulcanismo intensos.