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Suécia
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Geografia
País do Norte da Europa. Localizado na península da Escandinávia, faz fronteira com a Noruega, a oeste e a noroeste, e com a Finlândia, a nordeste, sendo banhado pelo golfo de Bótnia, a leste, pelo mar Báltico, a sudeste, e pelo mar do Norte, a sudoeste. Abrange uma área de 450 295 km2.
As principais cidades são Estocolmo, a capital, com 1 657 000 habitantes (2020), Gotemburgo, Malmo e Uppsala.
A Suécia está tradicionalmente dividida em três regiões: no Norte e no Centro, a região de Norrland, uma área de montanhas e florestas que cobre três quintos do total do território; no Centro, a região de Svealand é uma extensa zona plana na parte oriental e de terras altas no setor ocidental; no Sul, a região de Götaland, que comprende 10 províncias.
A Norrland é a principal reserva de recursos naturais e comporta vastas florestas e depósitos de minério; encontram-se aqui rios que nascem em lagos situados a grande altitude ao longo da fronteira norueguesa e correm por vales até ao golfo de Bótnia.
A Svealand é uma zona arenosa que contém a maioria dos 90 000 lagos do país. De sul para norte, a paisagem muda, pois as florestas de faias e carvalhos gradualmente dão lugar a extensões quase desprovidas de árvores mas que no verão apresentam uma sinfonia de cores com brejos, líquenes e musgos matizados pelas flores do campo. A Götaland é a mais populosa das 3 regiões e a ela pertencem as duas maiores ilhas, bem como as segunda e terceira maiores cidades da Suécia. Há ainda áreas selvagens que abrigam bandos de aves migratórias, e que constituem também excelentes habitats para alces, veados e renas. O grande número de lagos, as formas do relevo e um litoral com fiordes e inúmeras ilhas são a herança da cobertura de gelo existente no período das glaciações.
O maior parque natural da Europa situa-se na Suécia e tem 1940 km2.

Clima
O clima, polar no Norte e temperado continental no Sul, influencia a vegetação: tundra, no Norte, e floresta de coníferas (pinheiros e abetos) no restante território.

Economia
De economia orientada para a importação e exportação, tem como principais recursos de base a madeira, a energia hidráulica e o minério de ferro. As produções agrícolas mais importantes são a beterraba açucareira, a cevada, o trigo, as batatas e a aveia.
A Suécia é um país com uma indústria bastante desenvolvida, sobretudo nas áreas da indústria automóvel e da celulose e do papel. O turismo também constitui um fator importante para a estabilidade económica do país, contribuindo para tal o excelente sistema de comunicações internas e externas, a ótima rede ferroviária e as boas estradas e autoestradas.
Os principais parceiros comerciais da Suécia são a Alemanha, a Noruega, os Estados Unidos da América e a Dinamarca.

População
Estima-se que a Suécia tinha, em julho de 2020, 10 261 767 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 11,93%o e 9,39%o. A esperança média de vida é de 82,6 anos.
Os naturais da Suécia representam 89% da população, seguidos dos finlandeses (2,3%). A população é maioritariamente luterana (Igreja da Suécia). A língua oficial é o sueco.

Arte e Cultura
Um dos nomes da Suécia mais conhecidos é o de Alfred Nobel, o inventor da dinamite. Em sua homenagem, todos os anos a Academia Real de Ciências atribui os prémios Nobel às personalidades que mais se destacaram internacionalmente em diversas áreas do conhecimento. Igualmente conhecidas são as peças de teatro de August Strindberg e os filmes de Ingmar Bergman.

História
A Suécia é habitada desde 6000 a. C. Os Vikings suecos fundaram o principado de Novgorod entre os anos 800 e 1060 da era cristã. Em meados do século XII, os Suecos do Norte uniram-se aos Goths do Sul e aceitaram o cristianismo. Uma série de cruzadas levou a Suécia a submeter a Finlândia ao seu domínio. A Suécia, a Noruega e a Dinamarca estiveram unidas sob a dinastia de Danish, entre 1397 e 1520. Gustavo Vasa foi eleito rei da Suécia, estabelecendo a linhagem dos reis Vasa até 1720.
Nesta altura a reforma cristã atingiu a Suécia, mas foi o luteranismo que triunfou como religião oficial do Estado. No século XVII a Suécia teve um grande poder na região do Báltico. O mais proeminente dos monarcas Vasa, Gustavo II, aliou-se aos protestantes alemães nas suas guerras contra os católicos austríacos. O estatuto de nação poderosa da Suécia começou a decair no reinado de Carlos XII, que foi desastrosamente derrotado na sua invasão da Rússia em 1709. A morte deste na Guerra do Norte em 1718 marcou definitivamente o poder sueco na Europa.
O fim do século seria marcado pela transição do absolutismo Vasa para um governo parlamentar. Embora a mudança tenha sido lenta, já que entre 1771 e 1792 o absolutismo foi restaurado por Gustavo III, a Suécia entrou nas guerras napoleónicas ao lado dos britânicos, mas a fraca liderança de Gustavo IV levou à perda da Finlândia para a Rússia em 1808. Gustavo foi deposto no ano seguinte, altura em que o marechal francês Bernadotte foi eleito príncipe da coroa com o nome de Carlos João. Nove anos mais tarde, em 1818, Carlos João tornou-se rei, sob o nome de Carlos XIV, estabelecendo uma nova dinastia.
Apologista de uma política conservadora, manteve-se no poder até 1844, ano em que foi substituído pelo seu herdeiro direto. Por sua vez, o seu filho Óscar I (1844/59) e o seu sucessor Carlos XV (1859/72) introduziram reformas liberais, incluindo o comércio livre, o melhoramento da educação e da representatividade do parlamento, o Riksdag.
Em 1905 a união das coroas da Suécia e da Noruega foi dissolvida, durante o reinado de Óscar II. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Suécia manteve a neutralidade, mas o comércio entrou em rotura e a alimentação rareou. O período entre as guerras foi marcado pela ascensão do Partido Social-Democrata que adotou uma política estratégica para ultrapassar a crise dos anos trinta. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, a Suécia autodeclarou-se neutra e lutou com todos os meios para manter este estatuto. Depois da guerra, passou a fazer parte das Nações Unidas, mas continuou a seguir a política de neutralidade recusando-se a fazer parte da NATO e da CEE. Desde então, o Partido Social-Democrata dominou a vida política, exceto no período de 1975 a 1982 e a partir 1991. Com a queda do bloco comunista, a Suécia abandonou a política de neutralidade, tornando-se membro da União Europeia em janeiro de 1995.
Os maiores receios da população sueca são as possíveis tensões raciais devido à entrada de imigrantes e refugiados da Finlândia, dos estados bálticos, da Itália, Grécia e Jugoslávia a seguir à Segunda Guerra Mundial. Um em cada dez cidadãos suecos nasceu no estrangeiro ou é filho de pais imigrantes. O curso tranquilo da vida política da Suécia foi duramente abalado em fevereiro de 1986, quando o primeiro-ministro Olof Palme foi assassinado numa rua de Estocolmo, sem que até à data a polícia tenha apanhado o autor do crime. Olof Palme foi eleito primeiro-ministro em 1969 e levou por diante duas grandes reformas da Constituição. Reduziu as câmaras do Parlamento de duas para uma, em 1971, e em 1975 removeu os poderes constitucionais dos monarcas. Em 1976 foi derrotado, mas voltaria a governar em 1982 com um governo minoritário. Olof Palme teve de enfrentar as deterioradas relações com a União Soviética provocadas pelas suspeitas de violação das águas territoriais suecas pelos submarinos soviéticos.
A forma de governo na Suécia é uma monarquia constitucional em que o chefe de Estado é o rei, que tem uma mera função formal, e o chefe do governo é o primeiro-ministro. A constituição de 1809, emendada muitas vezes, baseia-se em quatro leis fundamentais: o ato instrumental do governo, o ato de sucessão, o ato de liberdade de imprensa e o ato de Riksdag. O Riksdag é o parlamento unicameral constituído por 349 membros eleitos por sufrágio universal.

Castelo de Kalmar, a fortaleza mais importante de Smaland
Vista do centro de Estocolmo
Barcos no cais de Gotemburgo, na Suécia
Palácio Real, no centro de Estocolmo
Vista de Estocolmo a partir de um barco
Castelo de Kalmar, Smaland, Suécia
Bandeira da Suécia
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Como referenciar
Porto Editora – Suécia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-18 13:37:40]. Disponível em
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