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superego
O superego é a última instância do aparelho psíquico mental a organizar-se e tem como função censurar os impulsos que vêm do id, sobre as atividades e pensamentos do ego. Essa censura é detetada pelo ego, por um pequeno sinal de angústia. Ele surge como uma clivagem de uma parte do ego e desenvolve-se a partir deste. O que origina a formação do superego e rege os seus primeiros estádios são os impulsos destrutivos e a angústia que despertam. O superego é o herdeiro das barreiras e das proibições parentais. Apesar de se ir formando ao longo da vida com base nas identificações com os objetos, principalmente com os pais, tem uma evolução maior na fase do desenvolvimento psico-sexual por altura do Complexo de Édipo. E torna-se o herdeiro do Complexo de Édipo, após a dissolução deste. É a estrutura que nos impede de seguir o princípio do prazer e que nos impõe determinadas regras e um determinado ideal, pois contém em si as leis morais, as normas parentais e as limitações e os interditos impostos pelas figuras parentais, e a noção do bem e do mal. As figuras parentais são idealizadas pelas crianças que aspiram a ser como elas. Assim, durante a fase edipiana, a criança quer ser como o pai, mas não pode ocupar o lugar dele. Como se ouvisse "tu deves ser assim", mas a função de censura acrescentasse "tu não podes ser assim". O superego vai impor comportamentos e barreiras ao ego e funciona como se o superego fosse o ideal do ego, o problema é que raramente se coloca o contrário - o ego ser o ideal do superego - neste caso, estaria tudo bem, mas o que acontece é que raramente o ego é o que o superego desejava. Isto leva a conflitos entre as instâncias psíquicas que causam diversas frustrações e alguma angústia ao sujeito.
As relações do superego com o ego são relações do tipo pai/filho. O superego censura e pune através de sentimentos de culpabilidade, indicando o que não se pode e não se deve fazer.
O que acontece é que é importante os pais terem limites e imporem algumas proibições, aos filhos, pois acontece que, se os pais são pouco rígidos, o superego não se vai organizar bem e torna-se mais frágil. O contrário também acontece, com pais muito rígidos, o sujeito vai ter um superego muito forte mas que funciona fundamentalmente como defesa.
Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência pessoal, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente, todavia, ele também pode agir inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas e podem aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.
O superego tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do id para tensão-redução e independentemente do ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do superego está ligada ao seu próprio desenvolvimento. O superego de uma criança é, com efeito, construído segundo o modelo não dos seus pais, mas do superego dos seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geração.
Existem dois tipos de superegos patológicos que se podem formar a partir das relações com os pais e com os objetos e são casos de excesso de superego: superego materno, neste caso, tudo é proibido exceto o expressamente permitido; e o superego paterno, tudo é permitido exceto o expressamente proibido. Neste caso vai existir uma ausência quase total de limites e consequentemente, uma procura compulsiva, pelo sujeito, desses limites.
As relações do superego com o ego são relações do tipo pai/filho. O superego censura e pune através de sentimentos de culpabilidade, indicando o que não se pode e não se deve fazer.
O que acontece é que é importante os pais terem limites e imporem algumas proibições, aos filhos, pois acontece que, se os pais são pouco rígidos, o superego não se vai organizar bem e torna-se mais frágil. O contrário também acontece, com pais muito rígidos, o sujeito vai ter um superego muito forte mas que funciona fundamentalmente como defesa.
Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência pessoal, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente, todavia, ele também pode agir inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas e podem aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.
O superego tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do id para tensão-redução e independentemente do ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do superego está ligada ao seu próprio desenvolvimento. O superego de uma criança é, com efeito, construído segundo o modelo não dos seus pais, mas do superego dos seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geração.
Existem dois tipos de superegos patológicos que se podem formar a partir das relações com os pais e com os objetos e são casos de excesso de superego: superego materno, neste caso, tudo é proibido exceto o expressamente permitido; e o superego paterno, tudo é permitido exceto o expressamente proibido. Neste caso vai existir uma ausência quase total de limites e consequentemente, uma procura compulsiva, pelo sujeito, desses limites.
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Como referenciar
Porto Editora – Infopédia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-25 20:00:49]. Disponível em
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