As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

As Crianças Adormecidas

Anthony Passeron

2 min

Talking Heads
favoritos

As origens do grupo remontam ao início dos anos 70, quando o guitarrista/vocalista David Byrne (n. 14-05-52) e o baterista Chris Frantz (n. 08-05-51) se conheceram na Rhode Island School of Design e formaram os The Artistics. Mudaram-se para Nova Iorque em 1974 e, no ano seguinte, já com a baixista Tina Weymouth (n. 22-11-50), formaram os Talking Heads. Após a edição do primeiro single, "Love Goes To Building On Fire", em 1976, o teclista Jerry Harrison (n. 21-02-49) juntou-se à banda.
O primeiro álbum data de 1977, Talking Heads '77, e foi bem recebido pela crítica pelo seu estilo rock & roll despretensioso, particularmente os textos intelectuais e a vocalização excêntrica de David Byrne. O álbum incluiu um dos seus maiores clássicos, "Psycho Killer", e ainda "Don't Worry About The Government".
O álbum seguinte, More Songs About Buildings And Food (1978), marcou o ínicio de uma relação importante com o produtor Brian Eno, que se estendeu por Fear Of Music (1979) e Remain In Light (1980), álbuns que introduziram a exploração de ritmos africanos. São desta fase os temas "Take Me To The River" (versão do clássico de Al Green), "Found A Job", "Life During Wartime", "I Zimbra", "Heaven", "Cities", "Memories Can't Wait", "Crosseyed And Painless" e "Once In A Lifetime".
Em inícios dos anos 80, os membros do grupo dedicaram-se a vários projetos a solo. Byrne compôs música para filmes e peças de teatro, Harrison gravou "The Red and the Black" e Franz e Weymouth formaram os Tom Tom Club. Em 1982, terminou a associação com Brian Eno.
Precedido do registo duplo ao vivo, The Name Of This Band Is The Talking Heads (1982), o grupo gravou, em 1983, Speaking In Tongues, o álbum mais feliz em termos comerciais, que incluiu o seu single de maior sucesso, "Burning Down The House", e ainda "Girlfriend Is Better" e "This Must Be The Place (Naive Melody)". A digressão consequente foi documentada pelo realizador Jonathan Demme, no filme Stop Making Sense, cuja banda sonora saiu em 1984.
Seguiram-se os álbuns Little Creatures (1985), True Stories (1986, na sequência do filme com o mesmo nome, realizado por David Byrne), e Naked (1988), o último álbum. São desta fase temas como "Road To Nowhere", "And She Was", "The Lady Don't Mind", "Wild Wild Life", "People Like Us" e "Blind".
Após Naked, Byrne e Harrison desenvolveram os seus projetos a solo. Franz e Weymouth continuaram os Tom Tom Club. Em 1991, foi oficialmente anunciado o fim do grupo.
Em 1996, os membros originais voltaram a reunir-se, exceto David Byrne, agora com a designação The Heads para o álbum No Talking Just Heads, no qual cada canção foi interpretada por um vocalista diferente.
Em 1999, já com David Byrne, trabalharam em conjunto para a promoção do 15.º aniversário da edição de Stop Making Sense.
Outros momentos da vida dos Talking Heads assumiram particular destaque: a capa do álbum Fear Of Music, elaborada por Jerry Harrison, foi nomeada para um Grammy; o grupo ganhou um MTV Award pelo vídeo "Road To Nowhere"; e David Byrne foi galardoado com um óscar pela banda sonora de The Last Emperor (O Último Imperador, 1987).
Em 2003, foi lançada a compilação Once In A Lifetime : The Talking Heads Box. A coletânea reuniu os principais temas do grupo.
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Talking Heads na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 11:58:12]. Disponível em

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

As Crianças Adormecidas

Anthony Passeron