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Teatro Experimental do Porto
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A companhia teatral Teatro Experimental do Porto (TEP) foi fundada em 1950, no Porto, mas apenas estreou o seu primeiro espetáculo a 18 de junho de 1953, no Teatro de Sá da Bandeira. A representação inaugural foi composta por três peças em um ato ("A Gota de Mel", de Leon Chancerel, "Um Pedido de Casamento", de Anton Tchekov, e "A Nau Catrineta", de Egito Gonçalves), todas encenadas por António Pedro, primeiro diretor da companhia. A criação da companhia foi iniciativa de um grupo de personalidades da cidade ligadas à cultura, como Manuel Breda Simões, Eugénio de Andrade e o arquiteto Luís Praça, que convenceram o escritor, artista plástico e homem do teatro António Pedro a ser diretor artístico. Até 1957, ano em que foi feita a transição de companhia amadora para profissional, o TEP apresentou peças de sucesso, encenadas por António Pedro, como Antígona, de Sófocles (1954), Morte de um Caixeiro Viajante (1954), de Arthur Miller, MacBeth (1956), de William Shakespeare, e A Promessa (1957), de Bernardo Santareno. Em 1959, foi encenado O Crime da Aldeia Velha, também de Bernardo Santareno, um dramaturgo descoberto pelo TEP. No ano seguinte, António Pedro deixou a companhia, sendo substituído no cargo por João Guedes. O TEP entrou então num período de declínio. Apesar de, por altura do 25 de abril de 1974, ter levado à cena o seu centésimo espetáculo, a companhia continuava a atravessar uma crise. Em 1979, vendeu o Teatro António Pedro, ficando sem um espaço próprio para apresentar espetáculos. Já nos anos 80 o TEP ficou sem subsídios, situação que se arrastou por oito anos, mas conseguiu sobreviver por ser uma associação. A partir de 1981, o TEP passou apresentar os seus espetáculos no antigo edifício da Escola Académica, no Porto, para o efeito renomeado Sala-Estúdio do TEP. Em abril de 1994, um incêndio destruiu estas instalações, pelo que a partir de maio desse mesmo ano a companhia passou a atuar no auditório da Casa das Artes, também no Porto. Esteve neste espaço até finais de 1996, passando depois pelo Teatro Sá da Bandeira e pelo Clube Fenianos Portuenses, onde ficou em 1998 e 1999. Contudo, por não ter apoio da Câmara Municipal do Porto nem do Ministério da Cultura, o TEP propôs à Câmara de Gaia passar a sua sede para aquele concelho. A mudança ocorreu em 1999 e, em julho desse ano, o TEP passou a apresentar os seus espetáculos no Auditório Municipal de Gaia. No verão de 2003, por ocasião do 50.º aniversário de representações, o TEP foi consecutivamente distinguido, com medalhas de ouro, pelas câmaras do Gaia e do Porto. Para assinalar os 50 anos, o TEP repôs "Antígona", na versão encenada por António Pedro. Ao longo do seu historial, passaram pelo TEP encenadores como Rogério Paulo, Ruy de Carvalho, Paulo Renato, Carlos Avilez, Mário Viegas e Norberto Barroca, este último diretor da companhia por ocasião do cinquentenário, juntamente com Júlio Gago. O TEP foi a primeira companhia de teatro portuguesa a atingir os 50 anos de atividade.
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Porto Editora – Teatro Experimental do Porto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-13 02:45:08]. Disponível em
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