Telmo Pais
Personagem da peça Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, Telmo Pais, o velho criado, aio de D. João de Portugal, conselheiro e confidente privilegiado, define-se pela lealdade e fidelidade. Não quer magoar nem pretende a desgraça da família de D. Madalena e Manuel. Mas como verdadeiro crente no mito sebastianista, acredita que D. João de Portugal há de regressar. No fim da peça, acaba por trair um pouco a lealdade de escudeiro pelo amor que o une à filha daquele casal, Maria de Noronha. Representa o papel de coro da tragédia grega, com os seus diálogos, os seus agoiros ou os seus apartes.
Ao longo da obra, verifica-se uma alteração da visão de Telmo sobre Manuel de Sousa Coutinho: no primeiro ato, reconhecia nele algumas qualidades, mas não o admirava; depois, o incêndio no palácio (o "generoso crime" que leva Telmo a admirar agora Manuel de Sousa) pôs em destaque o patriotismo, a defesa da honra, a lealdade e a luta pela liberdade contra os tiranos espanhóis. Telmo lamenta mesmo não o ter admirado sempre como ele merecia...
Personagem sebastianista por excelência, o monólogo de Telmo (na cena IV do Ato Terceiro) é marcado por sentimentos de profunda angústia, associada a uma atitude de perplexidade face aos confusos sentimentos provocados pela notícia de que o amo desaparecido está vivo e à descoberta interior de que também ele, afinal, não desejava que tal acontecesse, contrariamente ao que sempre julgara. Daí, a angústia, a perplexidade e os remorsos, porque reconhece agora que o seu amor a esse amo fora suplantado pelo amor a uma «outra filha».
Ao longo da obra, verifica-se uma alteração da visão de Telmo sobre Manuel de Sousa Coutinho: no primeiro ato, reconhecia nele algumas qualidades, mas não o admirava; depois, o incêndio no palácio (o "generoso crime" que leva Telmo a admirar agora Manuel de Sousa) pôs em destaque o patriotismo, a defesa da honra, a lealdade e a luta pela liberdade contra os tiranos espanhóis. Telmo lamenta mesmo não o ter admirado sempre como ele merecia...
Personagem sebastianista por excelência, o monólogo de Telmo (na cena IV do Ato Terceiro) é marcado por sentimentos de profunda angústia, associada a uma atitude de perplexidade face aos confusos sentimentos provocados pela notícia de que o amo desaparecido está vivo e à descoberta interior de que também ele, afinal, não desejava que tal acontecesse, contrariamente ao que sempre julgara. Daí, a angústia, a perplexidade e os remorsos, porque reconhece agora que o seu amor a esse amo fora suplantado pelo amor a uma «outra filha».
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Como referenciar
Porto Editora – Telmo Pais na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-24 14:00:07]. Disponível em
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