Terciário

Intervalo de tempo geológico compreendido entre -66,4 e -1,6 milhões de anos, é o primeiro dos dois períodos da era Cenozoica e está subdividido em cinco épocas: Paleocénico, Eocénico, Oligocénico, Miocénico e Pliocénico. O limite com o Neozoico está marcado pela desaparição das amonites e grandes répteis e pela aparição das numulites.
Durante a maior parte do Terciário a distribuição das massas continentais era, em grande parte, semelhante à atual. A imersão e emersão de pontes terrestres que uniam os continentes, principalmente entre a América do Norte e do Sul, Eurásia e África e Ásia e América do Norte afetaram profundamente a migração da fauna e flora marinhas e continentais mas, os principais acontecimentos geológicos deste período foram os que influenciaram a geografia dos continentes, nomeadamente a formação dos Andes, Montanhas Rochosas, Alpes, Himalaias e Atlas.
No início do Terciário as condições climatéricas eram mais quentes que as atuais, mas um abrupto arrefecimento global deu-se no final do Eocénico. Durante o Oligocénico e o Miocénico formou-se o gelo antártico que afetou grandemente as condições climatéricas e oceânicas. O miocénico e o pliocénico sofreram oscilações fracas entre períodos quentes e frios que se foram tornando mais pronunciadas até que, há 1,6 milhões de anos, um forte arrefecimento marcou o início do Quaternário.
O Terciário é o primeiro período da vida moderna, já que no início deste se deu a extinção dos dinossauros e de grande parte dos invertebrados marinhos. A fauna passou a ser dominada pelos mamíferos, que se diversificaram e aumentaram de tamanho, enquanto que a flora se tornou mais rica e variada. As angiospérmicas, predominantemente arbustos, tornaram-se os principais constituintes da vegetação, mas muitas ervas rasteiras também evoluíram, o que contribuiu para o desenvolvimento dos mamíferos herbívoros. Várias espécies de insetos evoluíram.