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Tia Suzana, Meu Amor
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Narrativa de memórias desencadeadas pela reflexão sobre a verdade do suicídio coletivo de um casal, ato supremo de rutura com um mundo inaceitável, e que levará o narrador à recordação do momento em que descobriu, guiado pela tia Suzana, o equilíbrio possível entre o eu e o mundo. A reflexão sobre a condição feminina num meio provinciano ("Se calhar, a província era uma espécie de Caiena só com mar e tubarões à volta de cada prisioneira. Mas elas andavam todas certinhas e convencidas de que aquilo era mesmo uma vida e um destino", p. 14), visão irónica sobre uma sociedade fechada e com pouca mobilidade entre "classes", reduzida aos "senhores" e ao "pessoal", "o povo"; a descrição de um universo social apenas agitado no momento das partilhas, e da sua consequente transmissão de ódios de geração em geração; consubstanciam a evocação de um mundo parado, em que o narrador se formou: "Eu apanhei ainda os restos deste mundo em que os senhores só davam ordens e ficavam por ali quietos, à mercê dos empurrões da vida" (p. 13). A este sistema imutável, contrapõe-se a tia Suzana que, transmitindo alguns ensinamentos adquiridos pela sua experiência, resumidos em algumas sentenças para uso estoico da vida ("...nem sempre a gente pode viver o que merece..."; "Quase ninguém vive aquilo para que foi feito..."), ensina ao narrador que a chave para mudar num mundo imutável é "mudar o nosso coração" (p. 39). A novela adquire, assim, a todos os títulos a categoria de novela de iniciação ou de aprendizagem: aprendizagem da relação com Deus, da morte, do respeito do corpo, da mulher.
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Como referenciar
Porto Editora – Tia Suzana, Meu Amor na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 18:37:38]. Disponível em

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