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Tó Zé Simões
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Autor de banda desenhada, como argumentista, António José Simões Pinheiro nasceu em Lisboa, a 15 de agosto de 1965.
Publicou artigos sobre BD no efémero Jornal Júnior.
Começou cedo, como argumentista de BD, escrevendo para Fanzines diversos, onde publicou pequenas histórias, realizadas em parceria com Luís Louro (no desenho), com quem trabalhou durante cerca de uma década, em diversas bandas desenhadas. Desses tempos dos Fanzines, realce para Protótipo (1985), Hyena (1986), Camello (1986), Shock (1989, de que também foi um dos editores) e Banda (1989 e 1990).
A sua primeira história publicada na imprensa regular foi "Estupiditia II", que saiu no Mundo de Aventuras, em 1 de abril de 1985, a que se seguiram outras duas histórias, nesse ano e no mesmo periódico. Por essa altura, também participou na V série da histórica revista O Mosquito, onde a dupla Louro e Simões publicou três histórias, entre 1985 e 1986. E se foi no Mundo de Aventuras que a obra destes conhecidos autores da BD portuguesa começou a estar acessível ao grande público, seria nas páginas da secção Tabloide do "Sábado Popular", suplemento do desaparecido Diário Popular, que se estreou a 12 de outubro de 1985 o seu trabalho de maior fôlego, a bem divertida série Jim del Monaco. Pouco tempo depois, a série surgiria já na revista O Mosquito, tornando-se um dos raros casos de herói de sucesso das últimas décadas na BD portuguesa.
Jim del Monaco é uma personagem inspirada no Jim das Selvas e em Tarzan, bem como na visão paternalista que estas séries transmitiam em relação a esse continente fabuloso que é a África.
Em consequência da recetividade tida nos periódicos, surge logo o primeiro álbum, editado em abril de 1986, ainda numa versão a preto e branco, sob a chancela da Futura, editora que na época apresentava grande produção, nomeadamente na divulgação dos autores portugueses e dos grandes clássicos de além Atlântico.
Os primeiros álbuns editados pela Futura entre 1986 e 1989, a preto e branco (quatro no total), são marcados por curtas histórias, sempre com o protagonismo no fleumático Jim, a boneca "carente" Gina, que é a eterna conquistadora de Jim, com poses a recordar a célebre personagem da BD inglesa, Jane, e o sempre desenrascado Tião, cuja truculência verbal rematava as mais rocambolescas situações. No fundo, trata-se de uma paródia ao modo como os colonizadores europeus encaravam os seus territórios africanos, num ambiente entre os anos 30 e 40.
Depois dos primeiros álbuns a preto e branco, a série foi editada pela ASA, que apresentou três novos títulos, para além de ter reeditado os iniciais, todos a cores, entre 1991 e 1994.
Em paralelo, os mesmos autores iniciaram uma nova série, Roques & Folque, de que saíram três álbuns pela ASA (entre 1989 e 1992), tendo surgido também n'"O Janeirinho", suplemento de O Primeiro de janeiro (em 1990) a primeira dessas histórias, O Império das Almas, no ano seguinte ao da edição em álbum. A segunda história teve direito a um álbum duplo, A Herança dos Templários (I e II), em que os protagonistas enveredam por uma aventura cheia de misticismo, entre Lisboa e Tomar. Após este título, a parceria com Luís Louro seria interrompida por manifesta impossibilidade de Tó Zé Simões se poder dedicar aos quadradinhos.
Quando Luís Louro esteve presente na exposição "Perdidos no Oceano", na representação de Portugal enquanto país convidado no 25. º Festival Internacional de Angoulême, em janeiro de 1998, a ASA apresentou um livrinho trilingue (português, francês e inglês) que contou com um texto de Tó Zé Simões, que assinou como António Simões.
Janeiro de 1998 marcou ainda uma nova colaboração com Luís Louro, na efémera revista Ego (I série), na qual apresentaram curtas histórias de três páginas, com um toque de fino humor. Tó Zé Simões colaborou nas primeiras três histórias, ao nível do argumento, histórias que reapareceram em 2000, através da Meribérica/Liber, que compilou essas histórias da Ego (e outras que se lhe seguiram na Seleções BD) num único álbum, precisamente Cogito Ego Sum.
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Como referenciar
Porto Editora – Tó Zé Simões na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-10 02:43:04]. Disponível em

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