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Tragicomédia
Subgénero dramático, cultivado principalmente do século XVI ao século XVIII, que se caracteriza pela união de características dos subgéneros da tragédia (assunto e personagens), com as da comédia (linguagem, incidentes e desfecho). As peças, que se enquadram neste subgénero, apresentam uma ação trágica com desfecho feliz, criando momentos romanescos, fantasiosos e dinâmicos. O tema das peças é bastante variado, podendo abranger assuntos de carácter heroico, religioso ou pastoril.
O termo tragicomédia foi empregue, pela primeira vez, por Plauto, na peça Anfitrião. A personagem Mercúrio anuncia no prólogo que vai ser apresentada uma tragicomédia, dado que nela interferem reis e deuses. No entanto, é a partir do Renascimento que a tragicomédia começa a desenvolver-se, destacando-se, como exemplos modelares, as obras Les Amours Tragiques de Pyrame et Thisbé (1621) de Théophile de Viau e Le Cid (1637) de Pierre Corneille. A tragicomédia estende-se pela Europa, ao longo dos séculos, estando representada em autores como Marcellino Verardi (Itália), Robert Garnier e Molière (França), Fernando de Rojas e Lope de Vega (Espanha), John Fletcher e Shakespeare (Inglaterra), Gil Vicente (Portugal). No século XIX, com o aparecimento do Romantismo, o estilo das tragicomédias cai em desuso, no entanto pode encontrar-se ainda algumas representações deste subgénero, como Cyrano de Bergerac (1897) de Edmond Rostand, Le Soulier de Satin (1929) de Paul Claudel e em Salvação do Mundo (1954) de José Régio.
O termo tragicomédia foi empregue, pela primeira vez, por Plauto, na peça Anfitrião. A personagem Mercúrio anuncia no prólogo que vai ser apresentada uma tragicomédia, dado que nela interferem reis e deuses. No entanto, é a partir do Renascimento que a tragicomédia começa a desenvolver-se, destacando-se, como exemplos modelares, as obras Les Amours Tragiques de Pyrame et Thisbé (1621) de Théophile de Viau e Le Cid (1637) de Pierre Corneille. A tragicomédia estende-se pela Europa, ao longo dos séculos, estando representada em autores como Marcellino Verardi (Itália), Robert Garnier e Molière (França), Fernando de Rojas e Lope de Vega (Espanha), John Fletcher e Shakespeare (Inglaterra), Gil Vicente (Portugal). No século XIX, com o aparecimento do Romantismo, o estilo das tragicomédias cai em desuso, no entanto pode encontrar-se ainda algumas representações deste subgénero, como Cyrano de Bergerac (1897) de Edmond Rostand, Le Soulier de Satin (1929) de Paul Claudel e em Salvação do Mundo (1954) de José Régio.
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Como referenciar
Porto Editora – Tragicomédia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-19 02:50:48]. Disponível em
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