2 min
Tristão da Silva
Fadista, cantor romântico e ator, Manuel Augusto Martins Tristão da Silva nasceu a 18 de junho de 1927, em Lisboa, e faleceu a 10 de janeiro de 1978, vítima de um acidente de viação.
Sinal da precocidade da sua carreira, ficou conhecido como «Miúdo do Auto do Pina». Aos nove anos, Tristão da Silva, na altura conhecido apenas como Manuel da Silva, já era artista contratado do Café Mondego. Antes, entretinha-se a aperfeiçoar os seus dotes fadistas, nas matinées das coletividades do seu bairro, o Auto do Pina.
Oriundo de uma família sem posses, começou a trabalhar muito cedo. Foi marçano e serralheiro antes de se tornar artista profissional e passar a atuar, como fadista tradicional, em retiros e restaurantes. Aos vinte anos, concorreu a um posto na Emissora Nacional. Foi várias vezes recusado até finalmente entrar para os quadros. Por essa altura, deu-se uma mudança significativa no seu estilo, decisiva para o enorme sucesso que veio a atingir. Tristão da Silva passou a dedicar-se ao fado-canção e à canção romântica. Gravou temas que se revelaram enormes sucessos populares, como "Nem às Paredes Confesso" (Artur Ribeiro/Max/Ferrer Trindade), "Aquela Janela virada para o Mar" (Frederico de Brito), "Amor de Mãe" (César Morgardo/Miguel Ramos), "Maria Morena" (Radamanto/Casimiro Ramos), "Ai se os meus olhos falassem" (Jerónimo Bragança/Nóbrega e Sousa) ou "Cara Bonita" (José Correia/Férrer Trindade).
Estes êxitos tornaram Tristão da Silva um dos artistas mais amados da época. Atuou na RTP, gravou em Madrid, fez uma digressão por África e pelo Brasil. Neste último país teve grande sucesso: integrou o elenco do musical Assunto é Mulher e recebeu o prémio Sassy, para a melhor atração internacional de music-hall, à frente de Sammy Davis Jr. Também chegou à América Latina. Esteve seis meses a atuar em Buenos Aires e fez uma digressão por países como Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru.
De regresso a Portugal, continuou a dedicar-se ao teatro de revista, tendo grande sucesso na peça Férias em Lisboa e, mais tarde, substituindo António Mourão em ...E Viva o Velho, onde cantava Ó Tempo volta pra Trás (Eduardo Damas/Manuel Paião). Passou por várias casas de fado, com destaque para Lisboa à Noite, da fadista Fernanda Maria. E continuou a viajar pelo estrangeiro, atuando em países como França, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Canadá e África do Sul.
Ao longo da sua profícua carreira gravou dezenas de discos, acompanhado muitas vezes pelo trio de guitarras de Jorge Fonte ou pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Destaca-se o CD duplo, editado pela Movieplay, que reúne os seus maiores sucessos.
A cidade de Lisboa homenageou-o atribuindo o seu nome a um jardim.
Sinal da precocidade da sua carreira, ficou conhecido como «Miúdo do Auto do Pina». Aos nove anos, Tristão da Silva, na altura conhecido apenas como Manuel da Silva, já era artista contratado do Café Mondego. Antes, entretinha-se a aperfeiçoar os seus dotes fadistas, nas matinées das coletividades do seu bairro, o Auto do Pina.
Oriundo de uma família sem posses, começou a trabalhar muito cedo. Foi marçano e serralheiro antes de se tornar artista profissional e passar a atuar, como fadista tradicional, em retiros e restaurantes. Aos vinte anos, concorreu a um posto na Emissora Nacional. Foi várias vezes recusado até finalmente entrar para os quadros. Por essa altura, deu-se uma mudança significativa no seu estilo, decisiva para o enorme sucesso que veio a atingir. Tristão da Silva passou a dedicar-se ao fado-canção e à canção romântica. Gravou temas que se revelaram enormes sucessos populares, como "Nem às Paredes Confesso" (Artur Ribeiro/Max/Ferrer Trindade), "Aquela Janela virada para o Mar" (Frederico de Brito), "Amor de Mãe" (César Morgardo/Miguel Ramos), "Maria Morena" (Radamanto/Casimiro Ramos), "Ai se os meus olhos falassem" (Jerónimo Bragança/Nóbrega e Sousa) ou "Cara Bonita" (José Correia/Férrer Trindade).
Estes êxitos tornaram Tristão da Silva um dos artistas mais amados da época. Atuou na RTP, gravou em Madrid, fez uma digressão por África e pelo Brasil. Neste último país teve grande sucesso: integrou o elenco do musical Assunto é Mulher e recebeu o prémio Sassy, para a melhor atração internacional de music-hall, à frente de Sammy Davis Jr. Também chegou à América Latina. Esteve seis meses a atuar em Buenos Aires e fez uma digressão por países como Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru.
De regresso a Portugal, continuou a dedicar-se ao teatro de revista, tendo grande sucesso na peça Férias em Lisboa e, mais tarde, substituindo António Mourão em ...E Viva o Velho, onde cantava Ó Tempo volta pra Trás (Eduardo Damas/Manuel Paião). Passou por várias casas de fado, com destaque para Lisboa à Noite, da fadista Fernanda Maria. E continuou a viajar pelo estrangeiro, atuando em países como França, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Canadá e África do Sul.
Ao longo da sua profícua carreira gravou dezenas de discos, acompanhado muitas vezes pelo trio de guitarras de Jorge Fonte ou pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Destaca-se o CD duplo, editado pela Movieplay, que reúne os seus maiores sucessos.
A cidade de Lisboa homenageou-o atribuindo o seu nome a um jardim.
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Como referenciar
Porto Editora – Tristão da Silva na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 07:35:07]. Disponível em
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