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Turandot
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Estreada no Scala de Milão a 25 de abril de 1926, a ópera em três atos foi composta pelo italiano Giacomo Puccini, a partir do libretto de Giuseppe Adami e Renato Simoni, baseada na peça de teatro homónima, datada de 1762, e da autoria de Carlo Gozzi.
A ópera permaneceu inacabada até à data da morte de Puccini que, embora tivesse trabalhado nela com grande celeridade e entusiasmo, se deteve perante dificuldades no dueto final entre a princesa e o seu pretendente. Tendo à sua disposição quatro versões do libretto, acabou por falecer, deixando apenas esboços brevíssimos da ária.
Com a sua morte, Toscanini sugeriu que o jovem e prometedor compositor Franco Alfano talvez devesse completar a música do dueto. Não obstante, o maestro Toscanini ficou tão desapontado com o resultado que, na estreia, terminou a atuação no ponto em que Puccini a tinha deixado. Mesmo assim, procedendo a várias escamoteações na música de Alfano e alguns acrescentos da sua própria autoria, baseada nas notas de Puccini, o maestro apresentou uma versão, que passou a ser aceite como definitiva.
A ação do drama lírico decorre na China imperial, em torno da Cidade Proibida. No primeiro ato, um mandarim lê um édito, afirmando que quem pretender desposar a princesa Turandot, representada por uma soprano, deve decifrar três enigmas, pagando com a vida se porventura falhar nas respostas. O seu mais recente pretendente, o príncipe da Pérsia, deverá ser executado ao despontar da lua. A multidão, vendo o condenado passar a caminho do cadafalso, tenta pedir a clemência de Turandot que, impassível, dá continuidade à execução pública. Um membro da assistência, recém-chegado à cidade, o príncipe Calaf, papel desempenhado por um tenor, deixa-se encantar pela beleza da princesa, decidindo tomá-la por esposa.
No dia seguinte, no segundo ato, Calaf dirige-se ao palácio para responder aos enigmas da princesa, que confessa odiar os homens e recusar entregar-se a qualquer um deles depois de um antepassado ter sido brutalmente assassinado por um príncipe sedento de conquista.
Turandot faz a primeira pergunta: "O que é que nasce cada noite e morre cada dia?"; ao que Calaf responde, corretamente, "A esperança". Inalterada, a princesa prossegue: "O que é que tremeluz, vermelho e quente como uma chama, mas não é fogo?". Depois de uma pausa, o principe diz "O sangue". Abalada, a princesa Turandot desfere o terceiro enigma: "O que é que é como o fogo, mas não queima?". Após um constrangedor silêncio, o jovem Calaf grita, triunfante: "Turandot!".
Enquanto a multidão brada de alegria e reconhecimento, a princesa implora a seu pai que não a entregue às mãos de um estranho, mas sem sucesso. Por sua vez, Calaf propõe um enigma a Turandot. Se ela conseguir descobrir o seu nome antes do dealbar do dia, ele perderá o direito à sua própria vida.
No terceiro ato, Calaf ouve uma proclamação que ordena que, sob pena de castigo corporal ou morte, ninguém na cidade de Pequim deverá dormir até que se saiba o nome do desconhecido. Calaf é então ameaçado pela população, que procura extrair o seu nome.
Após uma série de acontecimentos sangrentos, Calaf toma Turandot nos seus braços e beija-a à força. Descobrindo a paixão física pela primeira vez, a princesa chora. Calaf, agora seguro da sua vitória, revela-lhe o seu nome.
Ao nascer do dia, o povo saúda o imperador. Aproximando-se do seu trono, Turandot anuncia que o nome do estranho é "Amor".
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Como referenciar
Porto Editora – Turandot na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-11 00:15:20]. Disponível em

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