Urbano VI
Papa italiano, chamado Bartolomeu Prignano, era arcebispo de Bari e chanceler pontifício.
A eleição deste papa rodeou-se de uma extrema confusão, uma vez que não houve inicialmente consenso entre os cardeais, sendo pressionados pelo povo de Roma a eleger um italiano. Dom Pedro de Luna sugeriu então o nome de Prignano; contudo, ao ser anunciado o nome publicamente, uns acreditaram que era outro cardeal italiano, pertencente ao Colégio, e outros confundiram o nome com o de um francês. Acabaram por levar em ombros o cardeal Tebaldeschi até à basílica de São Pedro, aproveitando os restantes cardeais por se refugiar em Sant'Angelo ou fora da cidade.
Mas Prignano reclamou o título que lhe tinha sido dado, e foi unanimemente reconhecido, depois de esclarecido o enredo.
O seu papado ocorreu de 8 de abril de 1378 a 15 de outubro de 1389. Desde muito cedo este papa começou a granjear ódios, sobretudo entre os cardeais, em relação aos quais nutria um preconceito e suspeição que o levavam a tomar as atitudes mais provocatórias e insultuosas. Também a sua vontade de supremacia absoluta, inclusivamente temporal, provocou muitas reticências no seu reconhecimento. Assim, foi na casa do cardeal João de Lagranje, que se tinha deslocado a Roma para prestar obediência ao papa e que por ele tinha sido insultado, que se realizaram as primeiras reuniões contra Urbano, onde se fundamentou a sua falta de legitimidade pela pressão exercida pelo povo, que tinha limitado a liberdade de eleição.
Neste estado de coisas, a maioria dos cardeais deslocou-se para Anagni, em agosto de 1378 declararam a eleição inválida (mesmo depois de Urbano lhes ter prometido todas as benesses desejadas, o que aconteceu demasiado tarde) e em setembro do mesmo ano elegeu-se Clemente VII. Urbano continuou a declarar-se único e legítimo pontífice, iniciando-se assim um cisma.
Urbano, contudo, continuou a virar-se contra os seus apoiantes, imiscuindo-se na política do rei de Nápoles, Carlos Durazzo. Então, este engendrou o plano, com alguns cardeais, de prender o papa e destitui-lo, criando um conselho de regência. Mas Urbano descobriu o plano, prendeu os cardeais e outros intervenientes em 1385 e torturou-os. Nocera, onde se encontrava o papa, foi cercada, mas este conseguiu fugir para Génova, onde faleceu.
A eleição deste papa rodeou-se de uma extrema confusão, uma vez que não houve inicialmente consenso entre os cardeais, sendo pressionados pelo povo de Roma a eleger um italiano. Dom Pedro de Luna sugeriu então o nome de Prignano; contudo, ao ser anunciado o nome publicamente, uns acreditaram que era outro cardeal italiano, pertencente ao Colégio, e outros confundiram o nome com o de um francês. Acabaram por levar em ombros o cardeal Tebaldeschi até à basílica de São Pedro, aproveitando os restantes cardeais por se refugiar em Sant'Angelo ou fora da cidade.
Mas Prignano reclamou o título que lhe tinha sido dado, e foi unanimemente reconhecido, depois de esclarecido o enredo.
O seu papado ocorreu de 8 de abril de 1378 a 15 de outubro de 1389. Desde muito cedo este papa começou a granjear ódios, sobretudo entre os cardeais, em relação aos quais nutria um preconceito e suspeição que o levavam a tomar as atitudes mais provocatórias e insultuosas. Também a sua vontade de supremacia absoluta, inclusivamente temporal, provocou muitas reticências no seu reconhecimento. Assim, foi na casa do cardeal João de Lagranje, que se tinha deslocado a Roma para prestar obediência ao papa e que por ele tinha sido insultado, que se realizaram as primeiras reuniões contra Urbano, onde se fundamentou a sua falta de legitimidade pela pressão exercida pelo povo, que tinha limitado a liberdade de eleição.
Neste estado de coisas, a maioria dos cardeais deslocou-se para Anagni, em agosto de 1378 declararam a eleição inválida (mesmo depois de Urbano lhes ter prometido todas as benesses desejadas, o que aconteceu demasiado tarde) e em setembro do mesmo ano elegeu-se Clemente VII. Urbano continuou a declarar-se único e legítimo pontífice, iniciando-se assim um cisma.
Urbano, contudo, continuou a virar-se contra os seus apoiantes, imiscuindo-se na política do rei de Nápoles, Carlos Durazzo. Então, este engendrou o plano, com alguns cardeais, de prender o papa e destitui-lo, criando um conselho de regência. Mas Urbano descobriu o plano, prendeu os cardeais e outros intervenientes em 1385 e torturou-os. Nocera, onde se encontrava o papa, foi cercada, mas este conseguiu fugir para Génova, onde faleceu.
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Como referenciar
Porto Editora – Urbano VI na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-12 15:34:34]. Disponível em
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