Varsóvia
Aspetos Geográficos
Varsóvia é a capital da Polónia e da província do mesmo nome. É a maior cidade do país e localiza-se no seu centro geográfico, nas margens do rio Vístula. A sua população total ronda 1,702,139 habitantes (2024).
O natural ou habitante de Varsóvia denomina-se varsoviano.
História e Monumentos
As origens da cidade remontam à Idade Média e por isso a cidade velha ou Stare Miasto é um burgo muralhado (reconstruído meticulosamente) que data da Idade Média e da época renascentista. Mas o crescimento da cidade inicia-se verdadeiramente no século XIV, em redor do castelo dos Duques de Masóvia, sendo elevada a capital do reino nos finais do século XVI, após o incêndio de Cracóvia. Foi ocupada pelos Suecos e pelos Russos diversas vezes e fez parte do Império Napoleónico como capital do grão-ducado de Varsóvia. Em 1939, Varsóvia reunia 1 290 000 habitantes, dos quais 35% eram judeus. Destes, em 1940, os alemães encerraram 450 mil num gueto murado, onde permaneciam até serem enviados para os campos de extermínio. Os sobreviventes do referido gueto foram transferidos e este foi arrasado após a revolta judaica em 1943. No verão que se seguiu, a cidade foi alvo de destruição sistemática, após uma revolta chefiada pela Resistência Polaca, quando o Exército Vermelho se encontrava às portas da cidade. Em 1945, os alemães ocuparam a cidade. Posteriormente, e após uma luta com os alemães, que durou 63 dias, estes foram derrotados, embora com muitas vítimas polacas (a maior parte daqueles que ficaram na cidade). Quando Varsóvia foi libertada pelos russos, dois em cada três dos habitantes que nela viviam antes da guerra ou tinham morrido ou tinham sido deportados. A sua reconstrução procedeu-se no entanto de forma minuciosa, com as ajudas de outros países.
A capital possui muitas igrejas entre as quais podemos destacar a Catedral de S. João, construída no século XIV em estilo gótico; a Igreja de Santa Cruz, reconstruída no século XVI; os monumentos dedicados às figuras ilustres de Segismundo III Vasa, Nicolás Copérnico, ao poeta Adam Mickiewiez, aos heróis do gueto de Varsóvia e aos heróis da Resistência polaca durante a Segunda Grande Guerra. Merecem também destaque especial o moderno Palácio da Cultura e Ciência; o Paço Real, que foi reaberto nos anos 80; os palácios das famílias nobres Radziwill e Potocki; os conventos e a Residência Real de verão, construída em 1680, para o soberano polaco Estanislau II (último rei da Polónia) e que se situa no Parque Lazienki. A sul da Praça do Mercado ficam a Torre Barbacana e as ruínas do forte medieval. O centro histórico da cidade foi classificado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1980.
Aspetos Turísticos e Curiosidades
Após a sua quase integral reconstrução, a cidade aumentou o seu espaço e tornou-se numa cidade moderna. A parte antiga situa-se à volta da medieval Praça do Mercado. Esta praça localiza-se perto do rio e apresenta-se rodeada de casas renascentistas e barrocas. Na cidade velha, as ruas são sinuosas e estreitas, agora pedonais, são salpicadas de numerosos bares e cafés que a animam. Ao longo da estrada que conduz a Cracóvia, existem edifícios dos séculos XVII e XVIII, que testemunham a sua importância renovada após a sua elevação a capital. Fora dos limites do núcleo histórico, estende-se a cidade moderna. As ruas largas, uma autoestrada e outras artérias ligam esta área de Varsóvia aos modernos bairros suburbanos, de grandes prédios e instalações fabris. A norte, oeste e a sul existem três extensas avenidas ladeadas de árvores, edifícios modernos, apartamentos, centros comerciais e parques. O Parque de Lazienki é o mais famoso e situa-se numa ilha a sul. É de destacar a realização anual da Feira Nacional do Livro, o Concurso Internacional de Piano de Frédéric Chopin, que se realiza de cinco em cinco anos, e o Concurso Internacional de Violino de Henri Wieniawski.
Varsóvia possui numerosas galerias de arte e cerca de 30 museus. É de destacar o Museu Nacional, que encerra uma coleção de antigas pinturas africanas e de arte polaca, dos séculos XIV ao XX.
Economia
A inauguração da linha-férrea Viena-Varsóvia, em 1845, estimulou o desenvolvimento da indústria na cidade. Atualmente, concentra 90% das indústrias existentes na Polónia, contando com indústrias do aço, automóveis, cimento, tratores, material eletrónico, imprensa, têxtil, produtos químicos, alimentar, derivados de tabaco e do mobiliário. Constitui assim um nó ferroviário e de estradas que a ligam a quase todas as regiões do país e a outras importantes cidades da Europa. Possui diversos estabelecimentos de ensino superior, onde se destaca a Universidade de Varsóvia e mais de 35 estabelecimentos de investigação.
Varsóvia é a capital da Polónia e da província do mesmo nome. É a maior cidade do país e localiza-se no seu centro geográfico, nas margens do rio Vístula. A sua população total ronda 1,702,139 habitantes (2024).
O natural ou habitante de Varsóvia denomina-se varsoviano.
História e Monumentos
As origens da cidade remontam à Idade Média e por isso a cidade velha ou Stare Miasto é um burgo muralhado (reconstruído meticulosamente) que data da Idade Média e da época renascentista. Mas o crescimento da cidade inicia-se verdadeiramente no século XIV, em redor do castelo dos Duques de Masóvia, sendo elevada a capital do reino nos finais do século XVI, após o incêndio de Cracóvia. Foi ocupada pelos Suecos e pelos Russos diversas vezes e fez parte do Império Napoleónico como capital do grão-ducado de Varsóvia. Em 1939, Varsóvia reunia 1 290 000 habitantes, dos quais 35% eram judeus. Destes, em 1940, os alemães encerraram 450 mil num gueto murado, onde permaneciam até serem enviados para os campos de extermínio. Os sobreviventes do referido gueto foram transferidos e este foi arrasado após a revolta judaica em 1943. No verão que se seguiu, a cidade foi alvo de destruição sistemática, após uma revolta chefiada pela Resistência Polaca, quando o Exército Vermelho se encontrava às portas da cidade. Em 1945, os alemães ocuparam a cidade. Posteriormente, e após uma luta com os alemães, que durou 63 dias, estes foram derrotados, embora com muitas vítimas polacas (a maior parte daqueles que ficaram na cidade). Quando Varsóvia foi libertada pelos russos, dois em cada três dos habitantes que nela viviam antes da guerra ou tinham morrido ou tinham sido deportados. A sua reconstrução procedeu-se no entanto de forma minuciosa, com as ajudas de outros países.
A capital possui muitas igrejas entre as quais podemos destacar a Catedral de S. João, construída no século XIV em estilo gótico; a Igreja de Santa Cruz, reconstruída no século XVI; os monumentos dedicados às figuras ilustres de Segismundo III Vasa, Nicolás Copérnico, ao poeta Adam Mickiewiez, aos heróis do gueto de Varsóvia e aos heróis da Resistência polaca durante a Segunda Grande Guerra. Merecem também destaque especial o moderno Palácio da Cultura e Ciência; o Paço Real, que foi reaberto nos anos 80; os palácios das famílias nobres Radziwill e Potocki; os conventos e a Residência Real de verão, construída em 1680, para o soberano polaco Estanislau II (último rei da Polónia) e que se situa no Parque Lazienki. A sul da Praça do Mercado ficam a Torre Barbacana e as ruínas do forte medieval. O centro histórico da cidade foi classificado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1980.
Após a sua quase integral reconstrução, a cidade aumentou o seu espaço e tornou-se numa cidade moderna. A parte antiga situa-se à volta da medieval Praça do Mercado. Esta praça localiza-se perto do rio e apresenta-se rodeada de casas renascentistas e barrocas. Na cidade velha, as ruas são sinuosas e estreitas, agora pedonais, são salpicadas de numerosos bares e cafés que a animam. Ao longo da estrada que conduz a Cracóvia, existem edifícios dos séculos XVII e XVIII, que testemunham a sua importância renovada após a sua elevação a capital. Fora dos limites do núcleo histórico, estende-se a cidade moderna. As ruas largas, uma autoestrada e outras artérias ligam esta área de Varsóvia aos modernos bairros suburbanos, de grandes prédios e instalações fabris. A norte, oeste e a sul existem três extensas avenidas ladeadas de árvores, edifícios modernos, apartamentos, centros comerciais e parques. O Parque de Lazienki é o mais famoso e situa-se numa ilha a sul. É de destacar a realização anual da Feira Nacional do Livro, o Concurso Internacional de Piano de Frédéric Chopin, que se realiza de cinco em cinco anos, e o Concurso Internacional de Violino de Henri Wieniawski.
Varsóvia possui numerosas galerias de arte e cerca de 30 museus. É de destacar o Museu Nacional, que encerra uma coleção de antigas pinturas africanas e de arte polaca, dos séculos XIV ao XX.
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A inauguração da linha-férrea Viena-Varsóvia, em 1845, estimulou o desenvolvimento da indústria na cidade. Atualmente, concentra 90% das indústrias existentes na Polónia, contando com indústrias do aço, automóveis, cimento, tratores, material eletrónico, imprensa, têxtil, produtos químicos, alimentar, derivados de tabaco e do mobiliário. Constitui assim um nó ferroviário e de estradas que a ligam a quase todas as regiões do país e a outras importantes cidades da Europa. Possui diversos estabelecimentos de ensino superior, onde se destaca a Universidade de Varsóvia e mais de 35 estabelecimentos de investigação.
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Como referenciar
Porto Editora – Varsóvia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-14 18:08:01]. Disponível em
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