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Venceslau de Lima
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Cientista, professor e político português, Venceslau de Sousa Pereira Lima natural do Porto, onde nasceu em 1858, veio a falecer em 1919, em Paris.
Iniciou os seus estudos universitários no estrangeiro, mas veio a licenciar-se em Coimbra, com uma tese de licenciatura subordinada ao tema Carvões Naturais, que provocou grande brado na academia do Mondego. Aí se viria a doutorar na área das Ciências Naturais, em 1882. Foi professor, posteriormente, na Academia Politécnica do Porto, começando a lecionar Mineralogia, e onde foi regente, ao longo de trinta anos, da cadeira de Geologia. No concurso de admissão ao referido instituto portuense apresentou um trabalho intitulado A Função Clorofilina. Foi autor de diversos trabalhos notáveis na área da paleontologia vegetal, sendo o pioneiro em Portugal dos estudos paleobotânicos. Nesta linha de investigação, escreveu Notícia sobre as Camadas da Série Permo-Carbónica do Buçaco, o Dicranophyllum (sobre uma nova espécie de Eurypterus) e uma memória sobre O Sábio Oswaldo Heer e a Flora Fóssil Portuguesa, títulos que o guindaram à galeria dos mais célebres e brilhantes cientistas e intelectuais do seu tempo. Como reconhecimento pelo seu valor como pedagogo e investigador na área das Ciências Naturais, foi também diretor dos Serviços Geológicos nacionais em 1908. Foi também incumbido por sucessivos governos, durante muitos anos, de dirigir o estudo da flora fóssil nacional.
No campo da política, que conciliou com a científica, foi governador civil dos distritos de Vila Real, Coimbra e Porto, para além de deputado pelos círculos do Norte de Portugal e Par do Reino, em 1901, pelo seu partido, o Regenerador. Várias vezes ministro dos Negócios Estrangeiros (a primeira em 1903, o governo de Hintze Ribeiro), foi presidente do Conselho de Ministros no atribulado ano de 1909, cargo que acumulou com o de ministro do Reino. Desempenhou também o cargo de presidente da Câmara Municipal do Porto. Na pasta dos Estrangeiros, foi Venceslau de Lima que preparou o tratado de arbitragem com a Inglaterra. Como político, demonstrou ser aguerrido e um feroz opositor, como no caso da ditadura de João Franco.
Sem nunca esquecer a sua vida científica e o devido apoio à investigação e suas instituições, esforçou-se por reformar a Academia Politécnica do Porto. Já em 1886 era vogal do Conselho Superior de Instrução Pública, de que foi relator da sua reforma, levada a cabo pelo ministro Barjona de Freitas.
Figura pública prestigiada, foi diretor da Escola Médico-Cirúrgica do Porto e provedor da Santa Casa da Misericórdia da mesma cidade. Era também um reputado viticultor, tendo sido o presidente da Comissão Anti-filoxérica do Norte. Agraciado com inúmeras condecorações nacionais e estrangeiras, pertenceu à Academia das Ciências de Lisboa.
Não somente um notável cientista, Venceslau de Lima distinguiu-se como um grande orador, de clareza e verbo fluentes, um homem de grande cultura, era dotado de notável lucidez política e espírito pragmático, bem como de uma proverbial simpatia. Respeitado e admirado, manteve a sua firme defesa da Monarquia, mesmo com o advento da República, em 1910, facto que o conduziu ao exílio em França, onde viria a falecer.
Várias são as obras deste político brilhante e cientista notável, destacando-se os seus trabalhos sobre flora antiga e geologia, atrás já referidos.
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Porto Editora – Venceslau de Lima na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 11:43:28]. Disponível em
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