Vittorio De Sica
Realizador e ator italiano, Vittorio De Sica nasceu a 7 de julho de 1902, em Sora, e faleceu a 13 de novembro de 1974, em Neuilly-sur-Seine, em França. Cresceu em Nápoles e trabalhou como empregado de escritório de forma a poder sustentar a sua família pobre.
Tinha apenas 15 anos quando se estreou como ator de cinema com o filme Il Processo Clémenceau (1917), um filme de aventura de Alfredo De Antoni. Em 1923, juntou-se a uma companhia de teatro onde fez imenso sucesso, tornando-se conhecido do público, e voltou ao cinema para participar no filme La Bellezza del Mondo (1926). Nos anos seguintes, continuou a aparecer em muitos filmes, na sua maioria comédias ligeiras. O último em que participou estreou após a sua morte: Ettore lo Fusto (1975).
Em 1940, atuou e experimentou o outro lado da câmara ao co-realizar o seu primeiro filme juntamente com Giuseppe Amato, Rose Scarlatte (Rosas de Sangue), baseado na peça de Aldo De Benedetti. Seguiu-se, no mesmo ano, a comédia Maddalena, zero in condotta e, no ano seguinte, a comédia Teresa Venerdi (Uma Rapariga às Direitas), onde protagonizou o papel principal.
Em 1944, mudou para um registo mais sério ao realizar o drama I Bambini ci Guardano, onde revelou uma grande sensibilidade e profundidade no contacto com os atores, especialmente com crianças. Em 1945, fez La Porta del Cielo (A Porta do Céu) e, no ano seguinte, realizou Sciuscià, um drama que lhe valeu a nomeação para o Melhor Argumento Original e o prémio honorário de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1948, realizou um dos seus mais conhecidos filmes, Ladri di Biciclette (Ladrão de Bicicletas), adaptação do romance de Luigi Bartolini, considerado um dos filmes mais realistas da história do cinema, um drama passado no pós-guerra sobre um homem e o seu filho que procuram a sua bicicleta roubada, imprescindível para o seu trabalho. Ganhou o Óscar de Melhor Argumento para Cesare Zavattini, o prémio honorário para o Melhor Filme Estrangeiro e o globo de ouro da mesma categoria, entre outros prémios.
Fez depois Umberto D. (1952), um filme sobre a solidão e a velhice, aclamado internacionalmente, e voltou à comédia com Villa Borghese (1953). Ainda em 1953, realizou o drama Stazione Termini (Estação Terminus), sobre uma mulher americana casada que se envolve romanticamente com um homem que conhece em Roma, com os atores Jennifer Jones e Montgomery Cliff nos principais papéis.
Em 1957, foi nomeado para o Óscar de Melhor Ator Secundário pela interpretação do Major Alessandro Rinaldi no filme A Farewell to Arms (O Adeus às Armas), de Charles Vidor.
Destaque ainda, das suas realizações, para Il Tetto (O Teto, 1956); La Ciociara (Duas Mulheres, 1960), baseado no romance de Alberto Moravia, passado durante a Segunda Guerra Mundial e protagonizado por Sophia Loren e Jean-Paul Belmondo; a comédia, em que também participou, Il Giudizio Universale (O Último Julgamento, 1961); Boccaccio'70, realizado com Federico Fellini e produzido por Carlo Ponti; Ieri, Oggi, Domani (Ontem, Hoje e Amanhã, 1963), onde trabalhou novamente com Sophia Loren e Marcello Mastroianni, uma comédia sobre três mulheres diferentes e as suas conquistas masculinas. Este último venceu o Óscar e o Bafta para Melhor Filme Estrangeiro.
Dos seus últimos filmes constam Il Giardino dei Finzi-Contini (O Jardim Onde Vivemos, 1970), uma adaptação do romance de Giorgio Bassani acerca do antissemitismo numa Itália sob o regime fascista, pelo qual De Sica ganhou o seu terceiro Óscar para o Melhor Filme Estrangeiro que foi também nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Adaptado; e o drama Una Breve Vacanza (Pausa Breve, 1973), sobre a vida infeliz de uma mulher que conhece o amor por breves instantes. O último filme que realizou foi Il Viaggio (1974), um drama com Richard Burton e Sophia Loren nos principais papéis.
Tinha apenas 15 anos quando se estreou como ator de cinema com o filme Il Processo Clémenceau (1917), um filme de aventura de Alfredo De Antoni. Em 1923, juntou-se a uma companhia de teatro onde fez imenso sucesso, tornando-se conhecido do público, e voltou ao cinema para participar no filme La Bellezza del Mondo (1926). Nos anos seguintes, continuou a aparecer em muitos filmes, na sua maioria comédias ligeiras. O último em que participou estreou após a sua morte: Ettore lo Fusto (1975).
Em 1940, atuou e experimentou o outro lado da câmara ao co-realizar o seu primeiro filme juntamente com Giuseppe Amato, Rose Scarlatte (Rosas de Sangue), baseado na peça de Aldo De Benedetti. Seguiu-se, no mesmo ano, a comédia Maddalena, zero in condotta e, no ano seguinte, a comédia Teresa Venerdi (Uma Rapariga às Direitas), onde protagonizou o papel principal.
Em 1944, mudou para um registo mais sério ao realizar o drama I Bambini ci Guardano, onde revelou uma grande sensibilidade e profundidade no contacto com os atores, especialmente com crianças. Em 1945, fez La Porta del Cielo (A Porta do Céu) e, no ano seguinte, realizou Sciuscià, um drama que lhe valeu a nomeação para o Melhor Argumento Original e o prémio honorário de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1948, realizou um dos seus mais conhecidos filmes, Ladri di Biciclette (Ladrão de Bicicletas), adaptação do romance de Luigi Bartolini, considerado um dos filmes mais realistas da história do cinema, um drama passado no pós-guerra sobre um homem e o seu filho que procuram a sua bicicleta roubada, imprescindível para o seu trabalho. Ganhou o Óscar de Melhor Argumento para Cesare Zavattini, o prémio honorário para o Melhor Filme Estrangeiro e o globo de ouro da mesma categoria, entre outros prémios.
Fez depois Umberto D. (1952), um filme sobre a solidão e a velhice, aclamado internacionalmente, e voltou à comédia com Villa Borghese (1953). Ainda em 1953, realizou o drama Stazione Termini (Estação Terminus), sobre uma mulher americana casada que se envolve romanticamente com um homem que conhece em Roma, com os atores Jennifer Jones e Montgomery Cliff nos principais papéis.
Em 1957, foi nomeado para o Óscar de Melhor Ator Secundário pela interpretação do Major Alessandro Rinaldi no filme A Farewell to Arms (O Adeus às Armas), de Charles Vidor.
Destaque ainda, das suas realizações, para Il Tetto (O Teto, 1956); La Ciociara (Duas Mulheres, 1960), baseado no romance de Alberto Moravia, passado durante a Segunda Guerra Mundial e protagonizado por Sophia Loren e Jean-Paul Belmondo; a comédia, em que também participou, Il Giudizio Universale (O Último Julgamento, 1961); Boccaccio'70, realizado com Federico Fellini e produzido por Carlo Ponti; Ieri, Oggi, Domani (Ontem, Hoje e Amanhã, 1963), onde trabalhou novamente com Sophia Loren e Marcello Mastroianni, uma comédia sobre três mulheres diferentes e as suas conquistas masculinas. Este último venceu o Óscar e o Bafta para Melhor Filme Estrangeiro.
Dos seus últimos filmes constam Il Giardino dei Finzi-Contini (O Jardim Onde Vivemos, 1970), uma adaptação do romance de Giorgio Bassani acerca do antissemitismo numa Itália sob o regime fascista, pelo qual De Sica ganhou o seu terceiro Óscar para o Melhor Filme Estrangeiro que foi também nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Adaptado; e o drama Una Breve Vacanza (Pausa Breve, 1973), sobre a vida infeliz de uma mulher que conhece o amor por breves instantes. O último filme que realizou foi Il Viaggio (1974), um drama com Richard Burton e Sophia Loren nos principais papéis.
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Porto Editora – Vittorio De Sica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-16 11:18:07]. Disponível em
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