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William Wyler
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Realizador alemão, naturalizado norte-americano, William Wyler nasceu a 1 de julho de 1902, em Mulhouse, numa época em que a Alsácia estava sob o domínio alemão, e faleceu em Los Angeles, a 27 de julho de 1981. Ainda criança, mudou-se com os pais para Paris, onde foi um virtuoso estudante de violino. Em 1923, Carl Leammle, presidente dos Estúdios Universal e também seu primo em segundo grau, convidou-o para trabalhar consigo. Depois de alguns meses no departamento de Publicidade, rapidamente chegou a assistente de realização. Estreou-se na realização com a curta-metragem Crook Buster (1925). Depois de alguns filmes de baixo orçamento, começou a colecionar êxitos como Hell's Heroes (1929), A House Divided (A Casa Desfeita, 1931) e Counsellor-at-Law (1933), um drama judicial que permitiu a John Barrymore uma excelente interpretação. Em 1935, o produtor Samuel Goldwyn convenceu-o a juntar-se à MGM, permitindo-lhe trabalhar com os profissionais mais competentes da época. A argumentista Lilian Hellman e o diretor de fotografia Gregg Toland tornaram-se os colaboradores preferidos de Wyler, que iniciou este novo rumo da sua carreira com Dodsworth (Veneno Europeu, 1936), um drama que lhe permitiu a primeira nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. Com Bette Davis, assinou três dos filmes mais emblemáticos da carreira da atriz: Jezebel (Jezebel, a Insubmissa, 1938), The Letter (A Carta, 1940) e The Little Foxes (Raposa Matreira, 1941). O seu primeiro Óscar surgiu com Mrs. Miniver (A Família Miniver, 1942), um filme de guerra destinado a enaltecer o espírito patriótico americano, em pleno conflito bélico. Wyler fez um curto interregno na sua carreira por ter sido incorporado no exército americano, tendo sido mesmo ferido durante os combates em solo italiano. Quando regressou, fê-lo pela porta grande: mais um Óscar por The Best Years of Our Lives (Os Melhores Anos da Nossa Vida, 1946), um clássico drama sobre a integração social dos veteranos de guerra. Apesar de ter estado na "lista negra" do Senador McCarthy, no período da chamada "caça às bruxas", o seu prestígio profissional não saiu abalado. Continuou a somar sucessos como Roman Holiday (Férias em Roma, 1953) e Friendly Persuasion (Sublime Tentação, 1956). Ficou associado ao grande êxito Ben-Hur (1959), que foi um campeão de bilheteiras e um vencedor recordista de onze Óscares, um dos quais para Wyler. Na sua fase final, ainda assinou títulos emblemáticos como The Collector (O Obcecado, 1965) e Funny Girl (Uma Rapariga Endiabrada, 1968). O seu último filme foi o drama racial The Liberation of L. B. Jones (O Preço do Silêncio, 1970).
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Como referenciar
Porto Editora – William Wyler na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-26 12:19:52]. Disponível em

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