Wisc
A Wechsler Intelligence Scale for Children foi publicada em 1949 e revista em 1974 (Wisc-R).
É um instrumento psicométrico e auxiliar no diagnóstico clínico. A forma revista apresenta itens principalmente orientados para interesses infantis e as figuras incluem sujeitos de ambos os sexos e de diferentes raças.
É aplicada individualmente e tem, como limite total de tempo de administração, aproximadamente 1 hora, podendo variar. Aplica-se em crianças dos 6 anos e 4 meses aos 16 anos e 11 meses.
A escala Wechsler de inteligência para crianças pretende classificar a inteligência em duas sub-escalas: a verbal e a de realização.
Tem como indicações de aplicação a medida de inteligência geral, a avaliação do nível intelectual através da escala verbal, em crianças cegas ou com problemas de visão, a avaliação do nível intelectual através da escala de realização, em crianças que apresentam atraso da fala ou outra dificuldade que interfira nos resultados dos subtestes verbais.
Consideram-se três tipos de QI (quociente de inteligência) neste teste: o QI geral, o QI verbal e o QI de realização.
O QI geral advém da cotação que abrange os dois outros QIs. O QI verbal baseia-se em subtestes verbais onde se faz um apelo ao domínio cognitivo, afetivo e também instrumental. Apela a criança ao uso da verbalização e ao raciocínio verbal. O QI de realização baseia-se em subtestes de realização onde se apela à psicomotricidade, à destreza manual e à orientação das coisas no espaço.
Ambas as sub-escalas ou subtestes são compostas por vários testes que a criança terá de fazer.
Subtestes verbais:
·Informação - Remete para o conhecimento sócio-cultural do sujeito e para a adaptação escolar. É composto por várias perguntas que vão aumentando de grau de dificuldade, por exemplo, "Qual é o dia de Camões?".
·Semelhanças - Remete para a capacidade de abstração e generalizações. É composto por analogias em que ao sujeito é pedido que acabe a frase que ficou a meio. Por exemplo: "O gato e o rato são...".
·Aritmética - Verifica-se a capacidade de contar e remete para a lateralidade e espacialidade. Vê também a adaptação escolar do sujeito.
·Vocabulário - Apela às capacidades de verbalização e de conceptualização e à função simbólica. É composto por uma lista de palavras onde é pedido ao sujeito para dizer do que se trata.
·Compreensão - Remete para a capacidade de socialização e de integração no meio cultural onde o sujeito vive. Percebe-se as normas morais e o raciocínio moral. Por exemplo: "Se estiveres a brincar e te cortares num dedo o que é que fazes primeiro?" ou "Porque é que se deve cumprir uma promessa?".
Sub-testes de realização:
·Figuras incompletas - Remete para a própria identidade do sujeito
·Sequências - Remete para a temporalidade e consiste em arranjar sequências lógicas para histórias desordenadas.
·Cubos - Remete para a capacidade de análise e de síntese e consiste em reproduzir alguns desenhos com a ajuda de cubos.
·Reconstituição - Remete para a espacialidade e consiste em reconstituir puzzles.
·Código - Faz uso da memória visual e consiste em reproduzir um código dado, numa lista.
-
função simbólicaNa teoria de Piaget, o acesso ao nível pré-operatório, que surge entre os 18 meses e os dois anos, é...
-
relações objetaisEm termos psicanalíticos, as relações objetais referem-se às relações emocionais entre sujeito e obj
-
neuroseEstima-se que o termo neurose tenha sido introduzido em 1777 pelo médico escocês William Cullen, mas
-
ostracismoMedida preventiva de origem ateniense, decretada pela Assembleia do Povo ou Eclésia, que condenava a
-
pai (psicologia)Segundo a psicologia, o pai tem um papel significativo pela sua multiplicidade de funções, referênci
-
outroEm termos antropológicos e étnicos, a questão do "outro" está radicada nas diferenças culturais e na
-
programação neurolinguísticaA programação neurolinguística, ou PNL, foi desenvolvida na década de 70 nos Estados Unidos da Améri
-
pânicoQuando se fala de pânico fala-se de ataque ou perturbação de pânico. Assim, estes termos designam um
-
negaçãoA negação, também conhecida como denegação, é um mecanismo de defesa, apresentando-se como um proces
-
objeto transitivoEste termo foi inicialmente criado por Donald Winnicott em 1953, para denominar um objeto concreto s