Xangai
Xangai, cidade do Leste da China, considerada, junto com Tóquio e Nova Iorque, uma das maiores cidades do mundo e o principal porto de aglomeração urbana da China. Localizada à saída de uma fértil e populosa região, Xangai tem 13 278 500 habitantes (2004) e constitui o mais poderoso núcleo industrial e comercial do país. O seu desenvolvimento mercantil e financeiro iniciou-se quando, no fim da guerra do Ópio (Tratado de Nanquim, 1842), teve de se abrir ao tráfico comercial com os países ocidentais. Em breve adquiriu o monopólio de metade do comércio internacional da China, atingindo um grande desenvolvimento urbano e demográfico.
Antes da última Grande Guerra Mundial, era o maior centro comercial da Ásia Oriental, com 4 300 630 habitantes, e constituíam-na uma parte chinesa e outra europeia, gozando esta do direito de extraterritorialidade, com um regime jurídico próprio.
Este aspeto peculiar da cidade nasceu dos excessos praticados pelos rebeldes taipingues durante o período de domínio que exerceram sobre ela, de setembro de 1853 a fevereiro de 1855. Xangai foi então internacionalizada, e o serviço da alfândega marítima passou para mãos estrangeiras, regime que se tornou extensivo, em 1858, a todos os portos incluídos no contrato que se celebrou. Depois de criada esta situação, uma nova tentativa de conquista da cidade, levada a efeito, em 1860-1861, pelos mesmos rebeldes, foi repelida por voluntários e por forças da Marinha inglesa e francesa. Assim se transformou Xangai, com carácter efetivo e permanente, numa colónia cosmopolita, em cuja administração intervinham as potências signatárias do Tratado, por intermédio dos seus representantes consulares. Esta posição especial permitiu-lhe observar a neutralidade durante a guerra sino-japonesa de 1894-1895 e a revolta dos boxers de 1900. O mesmo não sucedeu, porém, no decurso das guerras civis que se seguiram à proclamação da República, em que a cidade sofreu muito, sobretudo em 1925 e 1926, quando uma sangrenta vaga de xenofobia a assolou, o que foi pretexto para o desembarque de forças expedicionárias estrangeiras, que, nos arredores, se empenharam em vigorosos combates.
Na década de 1930, Xangai tornou-se um dos maiores portos marítimos da Ásia, com opulentos bancos e edifícios de escritórios ladeando o porto nas margens do rio Huangpu.
Em 1945, após a rendição japonesa, a cidade foi ocupada por forças americanas, a pedido de Chiang Kai-shek, a fim de impedir que essa ocupação fosse levada a efeito por Mao Tsé-Tung e as suas hostes comunistas, há muito já em armas. O que nesse momento se evitou veio a verificar-se em 1949, depois da definitiva derrota das forças nacionalistas e a sua retirada para a ilha Formosa. A partir desse ano, pois, dada a profunda reorganização do país, as condições de vida da cidade mudaram totalmente, passando a fazer a partir daí parte integrante da República Popular Chinesa.
Refira-se ainda que a sua área comercial está urbanizada com numerosos arranha-céus construídos na década de 20, quando a cidade era um grande centro de negócios internacionais. Atualmente, a sua riqueza baseia-se mais na produção industrial do que nas trocas comerciais com o exterior.
As principais indústrias são as de construção de maquinaria, de mecânica (bicicletas), de têxteis (seda, juta, lã, algodão), de eletrónica, da borracha, do couro e alimentares. Conta também com instalações siderúgicas, metalúrgicas e químicas (fertilizantes, fibras, plástico, tintas, tinturas) e com estaleiros navais. Tem universidades, escolas superiores e institutos de investigação.
Antes da última Grande Guerra Mundial, era o maior centro comercial da Ásia Oriental, com 4 300 630 habitantes, e constituíam-na uma parte chinesa e outra europeia, gozando esta do direito de extraterritorialidade, com um regime jurídico próprio.
Este aspeto peculiar da cidade nasceu dos excessos praticados pelos rebeldes taipingues durante o período de domínio que exerceram sobre ela, de setembro de 1853 a fevereiro de 1855. Xangai foi então internacionalizada, e o serviço da alfândega marítima passou para mãos estrangeiras, regime que se tornou extensivo, em 1858, a todos os portos incluídos no contrato que se celebrou. Depois de criada esta situação, uma nova tentativa de conquista da cidade, levada a efeito, em 1860-1861, pelos mesmos rebeldes, foi repelida por voluntários e por forças da Marinha inglesa e francesa. Assim se transformou Xangai, com carácter efetivo e permanente, numa colónia cosmopolita, em cuja administração intervinham as potências signatárias do Tratado, por intermédio dos seus representantes consulares. Esta posição especial permitiu-lhe observar a neutralidade durante a guerra sino-japonesa de 1894-1895 e a revolta dos boxers de 1900. O mesmo não sucedeu, porém, no decurso das guerras civis que se seguiram à proclamação da República, em que a cidade sofreu muito, sobretudo em 1925 e 1926, quando uma sangrenta vaga de xenofobia a assolou, o que foi pretexto para o desembarque de forças expedicionárias estrangeiras, que, nos arredores, se empenharam em vigorosos combates.
Em 1945, após a rendição japonesa, a cidade foi ocupada por forças americanas, a pedido de Chiang Kai-shek, a fim de impedir que essa ocupação fosse levada a efeito por Mao Tsé-Tung e as suas hostes comunistas, há muito já em armas. O que nesse momento se evitou veio a verificar-se em 1949, depois da definitiva derrota das forças nacionalistas e a sua retirada para a ilha Formosa. A partir desse ano, pois, dada a profunda reorganização do país, as condições de vida da cidade mudaram totalmente, passando a fazer a partir daí parte integrante da República Popular Chinesa.
Refira-se ainda que a sua área comercial está urbanizada com numerosos arranha-céus construídos na década de 20, quando a cidade era um grande centro de negócios internacionais. Atualmente, a sua riqueza baseia-se mais na produção industrial do que nas trocas comerciais com o exterior.
As principais indústrias são as de construção de maquinaria, de mecânica (bicicletas), de têxteis (seda, juta, lã, algodão), de eletrónica, da borracha, do couro e alimentares. Conta também com instalações siderúgicas, metalúrgicas e químicas (fertilizantes, fibras, plástico, tintas, tinturas) e com estaleiros navais. Tem universidades, escolas superiores e institutos de investigação.
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Porto Editora – Xangai na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-20 11:07:13]. Disponível em
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