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O DICIONÁRIO DAS PALAVRAS PERDIDAS
Em 1901, descobriu-se que a palavra “escrava” estava em falta no dicionário de inglês de Oxford. Segundo todos os relatos, esta foi a única palavra a perder-se na primeira edição. Ninguém sabe como aconteceu, e isso é suficiente para criar uma história, embora existam outras que me fizeram escrever O Dicionário das Palavras Perdidas.
As mulheres estão, em grande parte, ausentes da história do dicionário de inglês de Oxford, e também da dos dicionários de português ou de francês. Desempenhar funções de editora ou lexicógrafa era praticamente impossível para as mulheres; também não lhes era facilitada a participação nos livros usados como referência para definir o significado das palavras. Não consegui deixar de pensar se isto não teria importância. Se as palavras podem significar coisas diferentes para homens e para mulheres. E, também, se teríamos perdido algo valioso nos nossos esforços para definir as palavras que falamos.
N’O Dicionário das Palavras Perdidas fundi a ficção com os ossos da história. Começa com uma menina chamada Esme, sentada debaixo da mesa do Scriptorium em que todas as palavras inglesas estão a ser definidas. Imagino o impacto que estas palavras poderão ter tido nela, e a influência que Esme terá tido nelas até se tornar uma mulher.
O Português é a língua materna da minha mãe e ver a minha história traduzida para o idioma de infância dela dá-me o maior prazer. Espero que gostem da história de Esme.
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Pip