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Angola
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Geografia

País do Sul de África, oficialmente designado por República de Angola. Situado na costa ocidental, na transição entre a África Central e a África Austral, possui uma área de 1 246 700 km2.

Faz fronteira com a República Democrática do Congo, a norte e a leste; a Zâmbia, a leste, e a Namíbia, a sul; a oeste, o país é banhado pelo oceano Atlântico.

O enclave de Cabinda faz fronteira com a República do Congo, a norte, e a República Democrática do Congo, a leste e a sul, sendo banhado pelo oceano Atlântico, a oeste.

A maior cidade é Luanda, a capital, com 8 330 000 habitantes (2020), seguida do Huambo e Lubango.

A morfologia do solo caracteriza-se pela existência de planícies costeiras, às quais se seguem as montanhas intermédias e os planaltos interiores. Os principais rios são o Zaire e o Congo.

Clima

Banco Nacional de Angola em Luanda
Costa Atlântica de Benguela
Banco de Angola, em Luanda (foto tirada antes da independência do país)
Um aspeto de Uíge, em Angola (foto tirada antes da independência do país)
Bandeira de Angola
O rio Zaire, na província angolana com o mesmo nome (foto tirada antes da independência de Angola)
Um aspeto de Nova Lisboa, posteriormente Huambo, em Angola (foto tirada antes da independência do país)
Vale de irrigação, em Cunene, Angola (foto tirada antes da independência do país)
Edifício da administração do concelho, em Benguela, Angola (foto tirada antes da independência do país)
Um aspeto de Moçâmedes, posteriormente Namibe, Angola (foto tirada antes da independência do país)
A marginal de Luanda, Angola (foto tirada antes da independência do país)
Vista parcial de Luanda
Missão de Cachingues, em Bié, Angola (foto tirada antes da independência do país)

Dados a extensão e o relevo do território, Angola apresenta muitas variantes climáticas. Na faixa costeira e de Norte para Sul o clima é sucessivamente equatorial em Cabinda, tropical húmido, tropical seco e desértico quente em Moçâmedes. Nas regiões planálticas do centro do país, o clima tropical é moderado pelo efeito da altitude, pelo que as temperaturas são mais amenas.

Economia

As principais fontes de receita do país provêm da exploração do petróleo e dos diamantes. Outros recursos minerais significativos são o ferro, o manganésio, o cobre e os fosfatos.

O potencial hidroelétrico está entre os maiores de África. Entre as principais produções agrícolas estão as bananas, a mandioca, a cana-de-açúcar, o sisal, a batata-doce, o café e o tabaco. Os principais parceiros comerciais de Angola são os Estados Unidos da América, a China, Portugal e o Brasil.

População

A população de Angola é de 32 522 339 habitantes (2020), a taxa de natalidade é de 42,7 e a taxa de mortalidade é de 8,5. A esperança média de vida atinge os 61,3 anos.

A principal etnia é a Ovimbundo, que constitui mais de 1/4 da população total do país e que fala umbundo. Outros grandes grupos étnicos são o Mbundo, o Kongo, o Luimbé, o Humbé, o Nyaneka, o Tchokué, o Luéna, o Luchasi, o Lunda, o Nkhumbi e o Ngangela.

A nível religioso, predominam o Catolicismo, o Protestantismo e as religiões tribais. A maior parte das pessoas fala banto, mas muitas outras línguas e dialetos indígenas são também falados. A língua oficial é o português.

História

Os navegadores portugueses chegaram a Angola em 1483 e depressa iniciaram a colonização do território. Foram criados entrepostos comerciais na colónia, que mais tarde serviram, inclusivamente, para o comércio de escravos.

A pacificação do território pela potência colonizadora foi uma tarefa demorada e complexa. Até 1930, a resistência armada no interior do país continuou a lutar contra o regime colonial e, na década de cinquenta, os movimentos nacionalistas tiveram o seu início. Nos anos 60 e 70, os movimentos de libertação lutaram contra a presença de Portugal e, na sequência do 25 de abril de 1974, a independência foi alcançada a 11 de novembro de 1975.

Após a descolonização, o país precipitou-se numa guerra civil avassaladora (1975-1991). A rivalidade entre o Movimento Popular para a Libertação de Angola, o MPLA (o partido do governo nacional, formado pelos Mbundo), e a União Nacional para a Independência Total de Angola, a UNITA (o partido dos Ovimbundo), fez o país completar trinta anos de guerra ininterrupta.

Usufruindo de apoio cubano e soviético, o MPLA ganhou, em 1975, as primeiras eleições oficiais depois da independência e passou a controlar a capital e as zonas de exploração petrolífera, enquanto a UNITA, contando com os apoios norte-americano e sul-africano, ficou com o controlo das zonas oriental e meridional do país.

Em 1989, as tropas cubanas retiraram e, em 1991, MPLA e UNITA assinaram a paz sob o patrocínio de Portugal, dos EUA e da União Soviética. Eleições livres multipartidárias realizaram-se no ano seguinte, sob o olhar atento da comunidade internacional.

Após a vitória do MPLA, dirigido por José Eduardo dos Santos, a UNITA recusou-se a aceitar o resultado das eleições, alegando fraude. A luta iniciou-se novamente com hostilidades, sobretudo na capital. O progressivo desanuviamento da situação (com nítida desconfiança, porém, entre as partes) veio permitir, a prazo, a pacificação do país.

Depois de complexas e arrastadas negociações que envolviam, entre outros problemas, a definição do estatuto de Jonas Savimbi, líder da UNITA, deu-se, em abril de 1997, a tomada de posse do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, integrando representantes dos dois maiores partidos.

 

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Porto Editora – Angola na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-03-19 02:00:03]. Disponível em
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