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Honduras
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Geografia
País da América Central. As Honduras são banhadas pelo mar das Caraíbas, a norte, e pelo oceano Pacífico, a sul, fazendo fronteira com a Nicarágua, a sul e a leste, El Salvador, a sudoeste, e a Guatemala, a oeste. O país abrange uma área de 112 090 km2. As principais cidades são Tegucigalpa, a capital, com uma população de 279 000 habitantes (2004), San Pedro Sula (470 500 hab.), La Ceiba (122 800 hab.), El Progresso (97 200 hab.) e Choluteca (76 300 hab.).
Com mais de 3/4 do território caracterizados pela presença de sistemas montanhosos, as Honduras têm as suas áreas planas situadas na costa e nos vales dos rios que percorrem o país. Distinguem-se quatro regiões geográficas: as terras baixas do Leste (que compreendem também a zona conhecida por Costa do Mosquito); a costa nortenha, com um relevo montanhoso; as terras altas do Centro, onde se situa o ponto mais alto do país (2800 m); e as terras baixas da costa do Pacífico, localizadas junto ao golfo de Fonseca.
Ruínas maias, Copan
Bandeira das Honduras
Clima
O clima das Honduras é tipicamente tropical, com temperaturas e níveis de pluviosidade elevados, embora os valores sejam influenciados pelas características topográficas.
Economia
As Honduras estão muito dependentes da exportação da banana, do café, do açúcar, do camarão e da madeira. Não surpreende, portanto, que o setor primário seja de primordial importância para a economia. O tecido industrial é composto por pequenas empresas transformadoras de produtos alimentares, bebidas, têxteis, químicos, madeira e papel. Apesar de possuir recursos minerais (antimónio, ferro, mercúrio e cobre) em quantidades consideráveis, estes não são devidamente explorados, com exceção do ouro e da prata. Os principais parceiros comerciais das Honduras são os Estados Unidos da América, a Alemanha, o Japão e a Espanha.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 0,8.
População
A população era, em 2006, de 7 326 496 habitantes, o que correspondia a uma densidade populacional de 62,23 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 28,24%o e 5,28%o. A esperança média de vida é de 69,33 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,667 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,656 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 9 345 000 habitantes. Na composição étnica das Honduras, os mestiços representam 90% da população, seguindo-se-lhes os ameríndios (7%) e os negros e brancos com (2%). Os católicos correspondem a 92% da população. A língua oficial é o castelhano.
História
Quando Cristóvão Colombo chegou às Honduras em 1502, encontrou um território marcado pela presença da civilização maia, e só em 1539, após um período de guerra contra os índios, é que os Espanhóis conseguiram assegurar o controlo da colónia que, a partir de 1570, passou a estar sob a administração geral da Guatemala (também colónia espanhola). Com a descoberta de vastas reservas de prata, as Honduras começaram a ser alvo de ataques perpetrados por piratas e pelos Ingleses, empurrando os Espanhóis para o interior, situação constante até ao século XVIII, durante a qual a Espanha empreendeu uma recuperação territorial culminada em 1779.
Tornando-se independente da Espanha em 1821, as Honduras lideraram a União das Províncias da América Central até 1838, ano em que se retiraram daquela federação, proclamando a total independência das Honduras a 5 de novembro desse ano. Três anos mais tarde, o conservador Francisco Ferrera foi eleito presidente da República. Os conservadores mantiveram-se no Poder até 1876, aquando da eleição do liberal Marco Aurelio Soto, que abriu caminho à promulgação de uma nova Constituição em que os princípios liberais estavam presentes.
Com a viragem do século veio a influência da Nicarágua sobre a vida política hondurenha, da qual foi ponto alto a eleição de Miguel Dávila para presidente das Honduras, o que provocou uma conjuntura de instabilidade que permaneceu até 1932, ano em que foi eleito o general Tiburcio Carías Andino, o qual, apesar da acentuada crise económica existente causada pelos excedentes de exportação (que provocou uma explosão nos níveis de desemprego) e das constantes tentativas de golpe de Estado, se manteve no Poder até 1949. Até 1963, as Honduras viveram um período de estabilidade que permitiu desenvolver as suas estruturas socioeconómicas, período esse interrompido pelo golpe de Estado militar que conduziu ao Poder o coronel Osvaldo López Arellano. Seis anos depois, as Honduras e El Salvador entraram em guerra por causa de um jogo de futebol (que as Honduras tinham ganho), terminando os combates cinco dias depois do seu início com a vitória militar de El Salvador que, no entanto, se retirou do território hondurenho. O coronel Arellano manteve-se no Poder até 1975, sendo substituído pelo coronel Juan Alberto Melgar Castro, que iniciou um programa de recuperação económica com resultados positivos. No entanto, em 1978, o general Policarpo Paz García liderou um golpe de Estado sangrento que derrubou Melgar Castro, embora afirmando continuar as políticas do seu antecessor. Em 1979, a América Central passou a viver um período de forte instabilidade provocada pelas guerras civis na Nicarágua e em El Salvador. E se, numa primeira fase, as Honduras não se envolveram em tais conflitos, a verdade é que, após a eleição do liberal Roberto Suazo Córdova, com a sua política de aproximação aos Estados Unidos, o envolvimento hondurenho foi gradualmente aumentando, permitindo que as guerrilhas daqueles países estabelecessem bases no seu território, junto às respetivas fronteiras. Consequentemente, a instabilidade externa contagiou o quotidiano nas Honduras, que passou a sofrer represálias por parte dos governos da Nicarágua e de El Salvador.
Nos finais da década de 80, o país, já com José Azcona Hoyo como presidente, abraçou um movimento pacifista levado a cabo pelos países da América Central, apesar de continuar a permitir a utilização do seu território por parte dos Contra da Nicarágua e das forças americanas que os apoiavam. Carlos Roberto Reina tornou-se presidente a 27 de janeiro de 1994, sucedendo a Rafael Leonardo Callejas, eleito em 1990. Desde então, Carlos Reina tem orientado a sua política (através de medidas preventivas dos direitos humanos) na busca de estabilidade social que lhe permita avançar com programas económicos que desenvolvam o país, como, por exemplo, a reestruturação da administração estatal sobre as florestas e a definição do papel do setor privado neste campo.
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Como referenciar
Porto Editora – Honduras na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-03-19 02:29:18]. Disponível em
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