Afonso Dhlakama
Militar e político moçambicano nascido a 1 de janeiro de 1953, em Mangunda, na província de Sofala, em Moçambique.
Durante a Guerra Colonial, em Moçambique, Dhlakama foi soldado do exército português. Em 1974, após a Revolução do 25 de abril em Portugal e, consequentemente, o fim da guerra colonial, o jovem soldado ingressou no partido FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). No entanto, pouco tempo depois abandonou o partido para se tornar, em 1976, um dos fundadores do movimento armado RNM (Resistência Nacional de Moçambique), apoiado pela Rodésia (atual Zimbabwe) e pela África do Sul. Em 1980 viria a ser eleito presidente deste movimento de oposição ao regime, designado mais tarde RENAMO. A guerra civil em Moçambique, que envolvia a FRELIMO (no Governo), e a RENAMO (na oposição), durou 16 anos, durante os quais Dhlakama se manteve a combater nas matas.
Em 1984 a RENAMO assinou um acordo de cessar-fogo com o governo mas, no ano seguinte, a guerrilha foi retomada.
Depois de, em 1990, o governo moçambicano ter adotado uma Constituição que instaurava o multipartidarismo, Dhlakama assinou um acordo de paz com o presidente do país, Joaquim Chissano (líder da FRELIMO), a 4 de outubro de 1992, em Roma, na Itália.
Em outubro de 1994, Dhlakama concorreu às primeiras eleições presidenciais de Moçambique, mas só obteve 33,7 % dos votos, contra 53,3 de Chissano. Nas eleições legislativas, a RENAMO também perdeu ao somar 37,7 % dos votos, contra os 44,3 da FRELIMO.
Em 1998 reuniu com Chissano para debater a situação no país.
Em dezembro de 1999 voltaram a realizar-se eleições presidenciais e de novo Dhlakama perdeu para Chissano. Desta vez a margem foi menor já que o líder da RENAMO somou 47,71 % e o da FRELIMO 52,29%.
Contudo, os perdedores contestaram a validade das eleições e, cerca de um ano depois, em novembro de 2000, houve violentas manifestações por todo o país, fomentadas pela RENAMO.
Dhlakama e Chissano reuniram antes do final do ano, mas logo no início de 2001, o líder da RENAMO reafirmou que não reconhecia o seu homólogo da FRELIMO como presidente da República de Moçambique. Acusou mesmo o governo de organizar massacres no norte do país. Entretanto, nunca deixou de pedir a recontagem dos votos das eleições legislativas e presidenciais de 1999.
A vitória da FRELIMO foi reforçada nas eleições seguintes, a 19 de novembro de 2003, quando a RENAMO perdeu novamente para a FRELIMO. Afonso Dhlakama solicitou, mais uma vez, ao Conselho Constitucional Moçambicano, a impugnação dos resultados, alegando irregularidades no processo eleitoral autárquico.
Durante a Guerra Colonial, em Moçambique, Dhlakama foi soldado do exército português. Em 1974, após a Revolução do 25 de abril em Portugal e, consequentemente, o fim da guerra colonial, o jovem soldado ingressou no partido FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). No entanto, pouco tempo depois abandonou o partido para se tornar, em 1976, um dos fundadores do movimento armado RNM (Resistência Nacional de Moçambique), apoiado pela Rodésia (atual Zimbabwe) e pela África do Sul. Em 1980 viria a ser eleito presidente deste movimento de oposição ao regime, designado mais tarde RENAMO. A guerra civil em Moçambique, que envolvia a FRELIMO (no Governo), e a RENAMO (na oposição), durou 16 anos, durante os quais Dhlakama se manteve a combater nas matas.
Em 1984 a RENAMO assinou um acordo de cessar-fogo com o governo mas, no ano seguinte, a guerrilha foi retomada.
Depois de, em 1990, o governo moçambicano ter adotado uma Constituição que instaurava o multipartidarismo, Dhlakama assinou um acordo de paz com o presidente do país, Joaquim Chissano (líder da FRELIMO), a 4 de outubro de 1992, em Roma, na Itália.
Em outubro de 1994, Dhlakama concorreu às primeiras eleições presidenciais de Moçambique, mas só obteve 33,7 % dos votos, contra 53,3 de Chissano. Nas eleições legislativas, a RENAMO também perdeu ao somar 37,7 % dos votos, contra os 44,3 da FRELIMO.
Em 1998 reuniu com Chissano para debater a situação no país.
Em dezembro de 1999 voltaram a realizar-se eleições presidenciais e de novo Dhlakama perdeu para Chissano. Desta vez a margem foi menor já que o líder da RENAMO somou 47,71 % e o da FRELIMO 52,29%.
Contudo, os perdedores contestaram a validade das eleições e, cerca de um ano depois, em novembro de 2000, houve violentas manifestações por todo o país, fomentadas pela RENAMO.
Dhlakama e Chissano reuniram antes do final do ano, mas logo no início de 2001, o líder da RENAMO reafirmou que não reconhecia o seu homólogo da FRELIMO como presidente da República de Moçambique. Acusou mesmo o governo de organizar massacres no norte do país. Entretanto, nunca deixou de pedir a recontagem dos votos das eleições legislativas e presidenciais de 1999.
A vitória da FRELIMO foi reforçada nas eleições seguintes, a 19 de novembro de 2003, quando a RENAMO perdeu novamente para a FRELIMO. Afonso Dhlakama solicitou, mais uma vez, ao Conselho Constitucional Moçambicano, a impugnação dos resultados, alegando irregularidades no processo eleitoral autárquico.
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Porto Editora – Afonso Dhlakama na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-12 07:43:08]. Disponível em
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