Afonso Lopes Vieira
Poeta e ficcionista português, nasceu a 26 de janeiro de 1878, em Leiria, e morreu a 25 de janeiro de 1946, em Lisboa. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, chegou a praticar a advocacia. Foi, entre 1900 e 1919, redator da Câmara dos Deputados, e, a partir de 1916, dedicou-se exclusivamente à literatura e à ação cultural. Retirou-se na sua casa de São Pedro de Muel onde recebia vários amigos, também escritores, e viajou por Espanha, França, Itália, Bélgica, Norte de África e Brasil, tendo decidido "reaportuguesar Portugal, tornando-se europeu".
Levou a cabo inúmeras tentativas de reabilitação junto do grande público (inclusivamente infantil) de um património nacional, nomeadamente clássico e medieval, esquecido, seja pela tradução (Romance de Amadis) ou divulgação de obras de autores basilares da cultura nacional (edição de Os Lusíadas; a promoção de uma Campanha Vicentina). Integrado no grupo da "Renascença Portuguesa", colaborou em publicações como A Águia, Nação Portuguesa ou Contemporânea. A sua poesia, próxima do saudosismo, inscreve-se num filão tradicional que, fazendo a transição entre a poesia neorromântica de fim-de-século e correntes nacionalistas e sebastianistas do início do século XX, recuperam métricas, formas e temas tanto inspirados na literatura clássica como nos romanceiros ou na literatura popular. Com uma faceta de anarquista, que inspirará, por exemplo, a obra ficcional Marques (História de um Perseguido), as inúmeras ações de renascimento cultural de Portugal que promoveu mantiveram-se num plano da consciência individual, sem aderirem a programas com ideais em parte coincidentes, como o integralismo, representando, antes, no início do século, a persistência de um neorromantismo que fora encetado com o neogarrettismo de Alberto de Oliveira. Destacam-se na sua produção: Para quê, Náufragos: Versos Lusitanos, O Encoberto, Bartolomeu Marinheiro, Arte Portuguesa, Ilhas de Bruma e Onde a Terra Acaba e o Mar Começa.
Levou a cabo inúmeras tentativas de reabilitação junto do grande público (inclusivamente infantil) de um património nacional, nomeadamente clássico e medieval, esquecido, seja pela tradução (Romance de Amadis) ou divulgação de obras de autores basilares da cultura nacional (edição de Os Lusíadas; a promoção de uma Campanha Vicentina). Integrado no grupo da "Renascença Portuguesa", colaborou em publicações como A Águia, Nação Portuguesa ou Contemporânea. A sua poesia, próxima do saudosismo, inscreve-se num filão tradicional que, fazendo a transição entre a poesia neorromântica de fim-de-século e correntes nacionalistas e sebastianistas do início do século XX, recuperam métricas, formas e temas tanto inspirados na literatura clássica como nos romanceiros ou na literatura popular. Com uma faceta de anarquista, que inspirará, por exemplo, a obra ficcional Marques (História de um Perseguido), as inúmeras ações de renascimento cultural de Portugal que promoveu mantiveram-se num plano da consciência individual, sem aderirem a programas com ideais em parte coincidentes, como o integralismo, representando, antes, no início do século, a persistência de um neorromantismo que fora encetado com o neogarrettismo de Alberto de Oliveira. Destacam-se na sua produção: Para quê, Náufragos: Versos Lusitanos, O Encoberto, Bartolomeu Marinheiro, Arte Portuguesa, Ilhas de Bruma e Onde a Terra Acaba e o Mar Começa.
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Como referenciar
Afonso Lopes Vieira na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$afonso-lopes-vieira [visualizado em 2025-06-23 16:44:23].
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