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África do Sul
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Geografia

País de África. Situado no extremo meridional do continente africano, possui uma área de 1 219 912 km2. Encontra-se limitado pela Namíbia, a noroeste, pelo Botswana e pelo Zimbabwe, a norte, por Moçambique e pela Suazilândia, a nordeste, pelo oceano Índico, a leste e a sul, e pelo oceano Atlântico, a oeste. As cidades mais importantes são a Cidade do Cabo, a capital legislativa, com 2 984 100 habitantes (2004), Joanesburgo (1 975 500 hab.) (2004), Durban (2 531 300 hab.) (2004), Pretória, a capital executiva (1 473 800 hab.) (2004), e Port Elizabeth (775 800 hab.) (2004). Bloemfontein é a capital judicial.
Kruger Park (Transval)
Aldeamento em Kruger Park (Transval)
Cidade de Nelspruit (Transval)
Monumento a Paul Kruger na Praça da Igreja em Pretória, África do Sul
Igreja em Pretória
Gauteng, uma cidade do interior da África do Sul
Bandeira da África do Sul

Clima

Tem um clima subtropical que, nas áreas mais a sudoeste, é mesmo de tipo mediterrânico.

População

A população da África do Sul é de 44 187 637 habitantes (est. 2006) e a densidade populacional de 36,35 hab./km2. A taxa de natalidade regista um valor de 18,27%o e a taxa de mortalidade de 22%o. A esperança média de vida é de 42,73 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,684 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0, 678 (2001). Estima-se que em 2025 a população diminua para 35 109 000 habitantes, como consequência da expansão da epidemia de SIDA. Os negros correspondem a 76% da população total, os brancos representam 13% e as restantes etnias são 11%. As principais línguas oficiais são o afrikaans e o inglês. A população negra é composta por quatro grandes grupos étnicos e todos eles falam as línguas bantas que provêm do subgrupo Benue-Congo, da família da língua do Níger-Congo. O grupo Nguni inclui vários indivíduos Xhosa, Zulo, Swasi e Ndebele que, juntos, somam mais de metade da população negra. O grupo Sotho-Tswana inclui um grande número de pessoas Sotho, Pedi e Tswana. Os Tsonga e os Venda constituem outros dois fortes grupos linguísticos. Os brancos do país falam afrikaans ou inglês e descendem, na maior parte, de colonos holandeses e alemães ou de emigrantes britânicos. Os maiores grupos religiosos incluem-se no cristianismo: a Igreja Negra Independente, a Igreja Afrikaans Independente, o Catolicismo Romano, os Metodistas, o Anglicanismo e o Luteranismo; também se professam as crenças tradicionais, o Hinduísmo e o Islamismo.

Economia

A África do Sul tem uma economia de mercado que se baseia nos serviços, na indústria, na exploração mineira e na agricultura. As principais riquezas do país encontram-se nos recursos minerais, como o carvão, o amianto, o cobre, o manganésio, o ouro, a cromite, o urânio, a platina, o ferro, os diamantes e o gás natural. No entanto, a exploração mineira é liderada pela extração do ouro. A nível agrícola, a terra cultivada representa 1/10 da área total do país, que assim se constitui em grande exportador de produtos alimentares. Os principais parceiros comerciais da África do Sul são os Estados Unidos da América, a Itália, o Japão, a Alemanha e o Reino Unido.

História

Os primeiros navegadores europeus, portugueses sobretudo, chegaram à África do Sul no século XV. Diogo Cão alcançou a costa sul-africana em 1485 e em 1488 foi a vez de Bartolomeu Dias. A História do país, propriamente dita, começa no século XVII com a ocupação permanente da região do Cabo pelos europeus. Em 1909, a união das colónias britânicas de Cabo, Natal, Transval e Orange River origina a nação da África do Sul.

De 1948 a 1993-1994, a estrutura política e social é baseada no apartheid, o sistema legalizado de discriminação racial que manteve o domínio da minoria branca nos campos político e económico. Em 1983, é adotada uma nova Constituição que garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tem direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra é o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase cinquenta anos foi considerado ilegal.

Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o Governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras anti-apartheid.

Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época na África do Sul.

Em 1993, o Governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que garantam a transição para um sistema político não discriminatório. É criado um comité executivo intermediário, com maioria negra, para supervisionar as primeiras eleições multipartidárias e multirraciais, e é criado, também, um organismo que fica encarregado de elaborar uma Constituição que garanta o fim do apartheid.

Em abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o novo Parlamento. O ANC vence e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade nacional, torna-se o primeiro Presidente sul-africano negro. Em 2004, ano em que Thabo Mbeki completa cinco anos como sucessor de Nelson Mandela, o Presidente da República da África do Sul promete acabar com toda a violência de carácter político que ainda possa existir no país.

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Como referenciar
Porto Editora – África do Sul na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-27 07:53:17]. Disponível em
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