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Alan Bates
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Ator inglês, Alan Arthur Bates nasceu na pequena vila de Allestree, a 17 de fevereiro de 1934, e morreu a 27 de dezembro de 2003.

Desde criança que sonhava ser ator mas o ensejo só viria a proporcionar-se aos 17 anos quando ganhou uma bolsa de estudos para a prestigiada Royal Academy of Dramatic Arts de Londres.
Em 1955, terminou o serviço militar na Força Aérea e decidiu profissionalizar-se como ator.

No ano seguinte, estreou-se nos palcos londrinos, integrando o elenco da English Stage Company. Rapidamente tornou-se num dos atores teatrais mais promissores da Grã-Bretanha, especializando-se em papéis de forte intensidade dramática em peças de Harold Pinter e de John Osborne. A sua estreia cinematográfica fez-se em The Entertainer (O Comediante, 1960) de Tony Richardson que já havia dirigido Bates em algumas peças exibidas no West End. Seguiram-se papéis de maior envergadura em A Kind of Loving (Um Amor Diferente dos Outros, 1962) e The Running Man (Um Homem em Fuga, 1963). Mas o filme que viria a popularizar Bates junto do público foi sem dúvida Zorba the Greek (Zorba, o Grego, 1964), onde fez uma deliciosa parceria com Anthony Quinn.

O papel do jovem escritor Basil consagrou-o definitivamente e catapultou-o para uma carreira de glória em Hollywood, abrilhantada quatro anos mais tarde com a sua nomeação para o Óscar de Melhor Ator pela sua prestação em The Fixer (O Homem de Kiev, 1968) onde deu vida a Yakov, um humilde camponês judeu na Rússia czarista que é acusado do macabro assassinato duma criança. Apesar de ter perdido o galardão para Cliff Robertson, Bates continuou a ser requisitado para as grandes produções, demonstrando toda a sua versatilidade. O caso mais flagrante foi Women in Love (Mulheres Apaixonadas, 1969) onde celebrizou, ao lado de Oliver Reed, um momento único da história do cinema: uma cena de luta livre sem roupas.

Em seguida, protagonizou a adaptação cinematográfica da peça de Tchekhov The Three Sisters (As Três Irmãs, 1970) e conquistou a Broadway com a peça Butley (1971), de Harold Pinter, onde incorporou um professor com problemas sexuais. Depois duma longa temporada de trabalhos televisivos e teatrais, regressou ao cinema com um enérgico papel em The Shout (O Grito, 1978), seguido de The Rose (A Rosa, 1978). Na década de 80, interpretou sobretudo Shakespeare nos palcos londrinos. No Hamlet (1990), realizado por Franco Zeffirelli, ofuscou estrelas como Mel Gibson e Glenn Close no seu retrato do maquiavélico Cláudio.

Nesse mesmo ano, a vida pessoal de Bates foi afetada pela trágica morte do seu filho Tristan, vítima dum ataque de asma. Em sua homenagem, fundou a companhia Tristan Bates Theatre, uma das mais importantes do panorama teatral contemporâneo britânico. Desde então, as suas participações cinematográficas diminuíram em quantidade, mas não em qualidade, como atestam os seus desempenhos em Grotesque (Grotesco, 1995), Gosford Park (2001), The Mothman Prophecies (A Profecia das Sombras, 2002) e The Sum of All Fears (A Soma de Todos os Medos, 2002).

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Como referenciar
Alan Bates na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$alan-bates [visualizado em 2025-06-23 12:47:17].
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