Alcochete
Aspetos Geográficos
O concelho de Alcochete, do distrito de Setúbal, ocupa uma área de 133 km2 e abrange três freguesias: Alcochete, Samouco e São Francisco.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 19 148 habitantes.
O natural ou habitante de Alcochete denomina-se alcochetano.
O concelho encontra-se limitado a norte por Benavente, do distrito de Santarém, a sul e a este por Palmela e a sudoeste pelo Montijo e Rio Tejo. Localiza-se na Região de Lisboa (NUT II) e Península de Setúbal (NUT III).
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média ronda os 29 °C. No inverno, as temperaturas são moderadas.
A sua morfologia é bastante plana, destacando-se somente o Açude Pequeno.
As terras deste concelho também fazem parte da Reserva Natural do Estuário do Sado, dado possuírem uma grande riqueza de vida animal e várias atividades económicas tradicionais, tais como pesca, atividade salineira, resinosa e corticeira. A Reserva Natural do Estuário do Sado abrange uma grande área de zona húmida, que inclui o rio, zonas de lodo e sapais. Outros recursos de interesse desta reserva são os vestígios arqueológicos e as dunas de Troia. História e Monumentos
As terras de Alcochete têm a sua história ligada à dominação árabe em Portugal, comprovada até pela própria toponímia.
Após a Reconquista Cristã, a povoação passou para o senhorio da Ordem de Sant'Iago, e é ao grão-mestre desta Ordem, infante D. Fernando, duque de Viseu, irmão de D. Afonso V, que Alcochete deve a sua reedificação.
Recebeu foral por D. Manuel, em 1515.
O modo de vida dos habitantes de Alcochete foi muito marcado pela extração e exportação do sal, existindo ainda várias salinas, e pelo comércio de lenhas, vendidas para fábricas e particulares da cidade de Lisboa.
Com o terramoto de 1755, ficaram destruídos vários monumentos e residências, tendo sido necessário um grande esforço de reedificação.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Capela de Nossa Senhora da Vida, construída no século XVI e alterada durante o século XVIII; a Igreja de São João Batista, matriz de Alcochete, do século XIV, de estilo gótico e que foi alterada no século XVII em estilo maneirista. Referência ainda para a Igreja da Misericórdia, do século XVI, de estilo maneirista, em cujo altar-mor se encaixam seis tábuas dispostas em duas filas sobrepostas com temas diversos, atribuídas ao mestre lisboeta Diogo Teixeira e ao seu colaborador António da Costa, que as terão realizado entre 1586 e 1588.
A Ermida de Santo António da Ussa, medieval, já em ruínas no século XIX, foi edificada para agradecer um milagre feito por Santo António a um seu devoto que havia sido atacado por uma ursa.
Alcochete, burgo aristocrático do século XV ao século XIX, foi berço de figuras ilustres como D. Manuel I (séc. XV e XVI) e o padre Cruz (séc. XIX e XX).
Tradições, Lendas e Curiosidades
Das manifestações populares e culturais são de destacar a festa do Círio dos Marítimos, que decorrem durante três dias, na Páscoa, a festa de S. João, a 24 de junho, e as festas do Barrete Verde e das Salinas, em agosto.
No artesanato, de salientar os trabalhos em casca de ostra e os pães de sal.
Como figura ilustre natural do concelho destaca-se o infante D. Fernando, duque de Viseu, irmão de D. Afonso V, que mandou reedificar Alcochete aquando da Reconquista.
Economia
No concelho predominam as atividades do setor terciário, seguidas do secundário, com as indústrias de embalagens metálicas, cortiça, metalomecânica e floricultura.
A agricultura ocupa uma superfície agrícola de cerca de 55% da área concelhia, predominando os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, pousio, culturas hortícolas intensivas, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Cerca de 293 ha do seu território encontram-se cobertos de floresta.
O concelho de Alcochete, do distrito de Setúbal, ocupa uma área de 133 km2 e abrange três freguesias: Alcochete, Samouco e São Francisco.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 19 148 habitantes.
O natural ou habitante de Alcochete denomina-se alcochetano.
O concelho encontra-se limitado a norte por Benavente, do distrito de Santarém, a sul e a este por Palmela e a sudoeste pelo Montijo e Rio Tejo. Localiza-se na Região de Lisboa (NUT II) e Península de Setúbal (NUT III).
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média ronda os 29 °C. No inverno, as temperaturas são moderadas.
A sua morfologia é bastante plana, destacando-se somente o Açude Pequeno.
As terras deste concelho também fazem parte da Reserva Natural do Estuário do Sado, dado possuírem uma grande riqueza de vida animal e várias atividades económicas tradicionais, tais como pesca, atividade salineira, resinosa e corticeira. A Reserva Natural do Estuário do Sado abrange uma grande área de zona húmida, que inclui o rio, zonas de lodo e sapais. Outros recursos de interesse desta reserva são os vestígios arqueológicos e as dunas de Troia. História e Monumentos
As terras de Alcochete têm a sua história ligada à dominação árabe em Portugal, comprovada até pela própria toponímia.
Após a Reconquista Cristã, a povoação passou para o senhorio da Ordem de Sant'Iago, e é ao grão-mestre desta Ordem, infante D. Fernando, duque de Viseu, irmão de D. Afonso V, que Alcochete deve a sua reedificação.
Recebeu foral por D. Manuel, em 1515.
O modo de vida dos habitantes de Alcochete foi muito marcado pela extração e exportação do sal, existindo ainda várias salinas, e pelo comércio de lenhas, vendidas para fábricas e particulares da cidade de Lisboa.
Com o terramoto de 1755, ficaram destruídos vários monumentos e residências, tendo sido necessário um grande esforço de reedificação.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Capela de Nossa Senhora da Vida, construída no século XVI e alterada durante o século XVIII; a Igreja de São João Batista, matriz de Alcochete, do século XIV, de estilo gótico e que foi alterada no século XVII em estilo maneirista. Referência ainda para a Igreja da Misericórdia, do século XVI, de estilo maneirista, em cujo altar-mor se encaixam seis tábuas dispostas em duas filas sobrepostas com temas diversos, atribuídas ao mestre lisboeta Diogo Teixeira e ao seu colaborador António da Costa, que as terão realizado entre 1586 e 1588.
A Ermida de Santo António da Ussa, medieval, já em ruínas no século XIX, foi edificada para agradecer um milagre feito por Santo António a um seu devoto que havia sido atacado por uma ursa.
Alcochete, burgo aristocrático do século XV ao século XIX, foi berço de figuras ilustres como D. Manuel I (séc. XV e XVI) e o padre Cruz (séc. XIX e XX).
Das manifestações populares e culturais são de destacar a festa do Círio dos Marítimos, que decorrem durante três dias, na Páscoa, a festa de S. João, a 24 de junho, e as festas do Barrete Verde e das Salinas, em agosto.
No artesanato, de salientar os trabalhos em casca de ostra e os pães de sal.
Como figura ilustre natural do concelho destaca-se o infante D. Fernando, duque de Viseu, irmão de D. Afonso V, que mandou reedificar Alcochete aquando da Reconquista.
Economia
No concelho predominam as atividades do setor terciário, seguidas do secundário, com as indústrias de embalagens metálicas, cortiça, metalomecânica e floricultura.
A agricultura ocupa uma superfície agrícola de cerca de 55% da área concelhia, predominando os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, pousio, culturas hortícolas intensivas, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Cerca de 293 ha do seu território encontram-se cobertos de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Alcochete na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-26 11:26:15]. Disponível em
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