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Amazonas
O estado do Amazonas fica na região Norte do Brasil. Faz fronteira, a norte com a Venezuela e o estado de Roraima, a noroeste com a Colômbia, a leste com o Pará, a sudeste com o estado de Mato Grosso, a sul com o estado de Rondonia e a sudeste com o estado do Acre e o Peru. A capital é Manaus. Tem 1 570 745 km2 de área e é o maior estado do Brasil, ao mesmo tempo que é o menos densamente povoado com 2,1 hab./Km2. Tem uma população de 3 311 026 habitantes, segundo o censo de 2006 e uma esperança de vida de 70,7 anos.
O relevo é de baixa altitude devido às planícies fluviais dos rios Amazonas e Araguaia e respetivas depressões. No extremo norte, na fronteira com a Venezuela, fica o planalto norte-amazónico com os picos mais altos do Brasil: o Pico da Neblina (3014 m) e o Pico de 31 de março (2992 m). É no estado do Amazonas que se localiza a maior bacia hidrográfica do planeta e 7100 km desta, pertence ao território brasileiro. O Amazonas, o Solimões e o Negro, afluente do Amazonas, nascem na Cordilheira dos Andes. Outros rios, que vão desaguar no Amazonas, como o Juruá, o Purus, o Icá e o Japurá representam o mais importante meio de comunicação na região, apesar de nem sempre ser possível a navegação devido às quedas de água ou às cheias. Já o rio Amazonas é navegável por navios de grande calado até Iquitos, no Peru. O Amazonas é o segundo rio mais extenso da Terra com 5825 km e na zona mais baixa, onde é muito largo, inúmeras ilhas dividem-no em braços chamados de paranás. Na sua foz, tem lugar um fenómeno natural invulgar, a pororoca, que é uma onda enorme e destruidora resultante do encontro turbulento das águas do rio com o mar. A floresta amazónica ocupa 92% da superfície do estado e representa 61% do território brasileiro. Abrange oito estados para além da Amazónia, a saber, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso. A construção da Via Trans-Amazónica, as queimadas para criar pastagens ou a exploração clandestina das madeiras exóticas são exemplos de agressões à floresta que comprometem o equilíbrio ecológico da região. O clima é equatorial com uma temperatura média de 28ºC. A concentração de humidade no ar é de cerca de 80 %, dando origem a grandes chuvas e às cheias dos rios.
O estado do Amazonas já era habitado pelos índios, quando os Portugueses aí chegaram no século XVI. Os Yanomani constituem o grupo mais importante, localizado na zona norte e que ainda hoje conservam muito dos traços da sua cultura. Hoje sabe-se que ainda existem tribos no Vale do Javari que nunca foram contactadas pelo homem branco. O rio Amazonas foi navegado pela primeira vez pelo espanhol Francisco de Orellana de 1539 a 1542. Duas expedições, uma em 1650, pelo bandeirante Raposo Tavares que navegou o Amazonas para leste e outra por volta de 1700, ajudaram a estabelecer os limites da ocupação portuguesa na região. A presença das missões jesuíticas levara à criação de cidades, como Santarém. A exploração das chamadas drogas do sertão, cravinho, cacau e baunilha, formavam a base do comércio da região, mas sem nunca movimentar gentes ou recursos avultados. Os produtos amazónicos não podiam competir com o açúcar e o ouro explorados noutras regiões do Brasil e a Amazónia manteve uma situação marginal durante muito tempo.
A verdadeira exploração económica do Amazonas teve lugar na segunda metade do século XIX com a descoberta do látex natural extraído da árvore-da-borracha. Um fluxo de riqueza sem par inundou a região. Foram erguidos palacetes, em Manaus, hoje em dia uma atração turística. A par disso, o ecoturismo é uma das vertentes económicas mais promissoras para a região. Hoje, o estado do Amazonas conta com um Polo Industrial e uma Zona Franca em Manaus, onde o seu porto desempenha um papel fulcral na economia do país. A economia da região baseia-se na exploração da borracha, recursos naturais da floresta e o cultivo da mandioca, da juta e do guaraná. No entanto, as atividades à margem da lei, como o abate de árvores da floresta, continuam a alimentar um comércio ilegal difícil de combater.
O relevo é de baixa altitude devido às planícies fluviais dos rios Amazonas e Araguaia e respetivas depressões. No extremo norte, na fronteira com a Venezuela, fica o planalto norte-amazónico com os picos mais altos do Brasil: o Pico da Neblina (3014 m) e o Pico de 31 de março (2992 m). É no estado do Amazonas que se localiza a maior bacia hidrográfica do planeta e 7100 km desta, pertence ao território brasileiro. O Amazonas, o Solimões e o Negro, afluente do Amazonas, nascem na Cordilheira dos Andes. Outros rios, que vão desaguar no Amazonas, como o Juruá, o Purus, o Icá e o Japurá representam o mais importante meio de comunicação na região, apesar de nem sempre ser possível a navegação devido às quedas de água ou às cheias. Já o rio Amazonas é navegável por navios de grande calado até Iquitos, no Peru. O Amazonas é o segundo rio mais extenso da Terra com 5825 km e na zona mais baixa, onde é muito largo, inúmeras ilhas dividem-no em braços chamados de paranás. Na sua foz, tem lugar um fenómeno natural invulgar, a pororoca, que é uma onda enorme e destruidora resultante do encontro turbulento das águas do rio com o mar. A floresta amazónica ocupa 92% da superfície do estado e representa 61% do território brasileiro. Abrange oito estados para além da Amazónia, a saber, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso. A construção da Via Trans-Amazónica, as queimadas para criar pastagens ou a exploração clandestina das madeiras exóticas são exemplos de agressões à floresta que comprometem o equilíbrio ecológico da região. O clima é equatorial com uma temperatura média de 28ºC. A concentração de humidade no ar é de cerca de 80 %, dando origem a grandes chuvas e às cheias dos rios.
O estado do Amazonas já era habitado pelos índios, quando os Portugueses aí chegaram no século XVI. Os Yanomani constituem o grupo mais importante, localizado na zona norte e que ainda hoje conservam muito dos traços da sua cultura. Hoje sabe-se que ainda existem tribos no Vale do Javari que nunca foram contactadas pelo homem branco. O rio Amazonas foi navegado pela primeira vez pelo espanhol Francisco de Orellana de 1539 a 1542. Duas expedições, uma em 1650, pelo bandeirante Raposo Tavares que navegou o Amazonas para leste e outra por volta de 1700, ajudaram a estabelecer os limites da ocupação portuguesa na região. A presença das missões jesuíticas levara à criação de cidades, como Santarém. A exploração das chamadas drogas do sertão, cravinho, cacau e baunilha, formavam a base do comércio da região, mas sem nunca movimentar gentes ou recursos avultados. Os produtos amazónicos não podiam competir com o açúcar e o ouro explorados noutras regiões do Brasil e a Amazónia manteve uma situação marginal durante muito tempo.
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Como referenciar
Porto Editora – Amazonas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 22:49:46]. Disponível em
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