Antiguidade
Também designada muitas vezes por Idade Antiga ou Mundo Antigo, constitui uma das divisões cronológicas tradicionais da historiografia. O seu início mantém-se indefinido, estando o seu fim relacionado com a queda do Império Romano do Ocidente e a fundação dos reinos germânicos no seu território a partir de 476. Designa também, muitas vezes, o mundo greco-romano, designado de Antiguidade Clássica.
Ao contrário desta última designação, redutora e limitada em termos de civilizações, o termo Antiguidade traduz um conceito muito mais global e com um arco cronológico a remontar ao Neolítico, à sedentarização do Homem, à sua fixação em aglomerados urbanos (as primeiras cidades) e à prática da agricultura, bem como de um comércio cada vez mais complexo e em difusão rápida. O seu início, nesta perspetiva, remontaria às primeiras civilizações do Crescente Fértil, região que se estendia desde o vale do Rio Nilo, no Egito, passando por Israel, Líbano e Turquia, até à Mesopotâmia e à Pérsia (atual Irão). Aqui, neste autêntico "berço" de civilizações da Humanidade, começou a Antiguidade.
Com fases de apogeu e muitas delas de declínio anteriores ao esplendor das civilizações grega (séculos VII a IV a. C.) e romana (séculos II a. C. a III d. C), desfilam no palco da História deste período povos como os Egípcios, os Sumérios, os Acádios, os Medos, os Hititas, os Partos, os Arameus, os Assírios, os povos de Israel e do Líbano, os Fenícios e Cartagineses, os Persas, entre muitos outros que deixaram marcas indeléveis da sua presença e da sua cultura na referida região. Também na Europa grandes povos existiram e floresceram neste período: os Celtas, os Germanos, os Citas. Quase todas estas civilizações foram dominadas pelos Romanos ou com eles travaram conflitos. Na Ásia, surgem as civilizações chinesa e indiana, bem como a da Indochina, a do Japão e a da Coreia, ao passo que na América do Sul e Central surgem os povos pré-colombianos - Incas, Maias, Astecas, Olmecas, entre outros -, para além dos casos da Oceânia e da África sub-sahariana (ou Negra).
O problema dos limites cronológicos da Antiguidade permanece imutável, tornando-se ainda maior se se perspetivar a Antiguidade num sentido mais restrito. Neste caso, designaria a História primitiva de todos os povos, conhecendo o seu fim no momento em que, face a grandes catástrofes ou acontecimentos surpreendentes, o rumo civilizacional de um deles sofreria uma transformação irreversível (na maior parte das vezes em termos culturais ou intelectuais e morais até). Por exemplo, povos como os Celtas ou os Germanos apresentam, como fim da sua Antiguidade, o período em que se cristianizaram; os Árabes, Persas e Turcos, o momento em que se islamizaram; para os Judeus, será a escravidão na Babilónia ou no Egito o momento a considerar; para Astecas, Maias e Incas, contará a chegada e o domínio dos europeus, como acontece com povos africanos, asiáticos e do Pacífico, entre outros exemplos. Assim, aparecem designações a subdividir a Antiguidade de forma a compartimentá-la clara e inteligivelmente em termos históricos: Antiguidade pré-clássica, clássica, pré-colombiana, entre outras. A diferenciação entre a Antiguidade e o período posterior - a Idade Média - não tem sentido senão num contexto histórico-geográfico de cariz mediterrânico ou europeu, na medida em que não pode ser aplicada ao resto de África e às civilizações asiáticas fora do Médio Oriente, bem como à Oceânia e à América.
A arqueologia, com as suas várias especializações por civilizações (a egiptologia, por exemplo) ou outras variantes temáticas, é o ramo da História que se ocupa dos vestígios civilizacionais da Antiguidade, no que concerne à guerra, à religião, à economia, à política, às artes, ao urbanismo e à família, por exemplo.
Ao contrário desta última designação, redutora e limitada em termos de civilizações, o termo Antiguidade traduz um conceito muito mais global e com um arco cronológico a remontar ao Neolítico, à sedentarização do Homem, à sua fixação em aglomerados urbanos (as primeiras cidades) e à prática da agricultura, bem como de um comércio cada vez mais complexo e em difusão rápida. O seu início, nesta perspetiva, remontaria às primeiras civilizações do Crescente Fértil, região que se estendia desde o vale do Rio Nilo, no Egito, passando por Israel, Líbano e Turquia, até à Mesopotâmia e à Pérsia (atual Irão). Aqui, neste autêntico "berço" de civilizações da Humanidade, começou a Antiguidade.
Com fases de apogeu e muitas delas de declínio anteriores ao esplendor das civilizações grega (séculos VII a IV a. C.) e romana (séculos II a. C. a III d. C), desfilam no palco da História deste período povos como os Egípcios, os Sumérios, os Acádios, os Medos, os Hititas, os Partos, os Arameus, os Assírios, os povos de Israel e do Líbano, os Fenícios e Cartagineses, os Persas, entre muitos outros que deixaram marcas indeléveis da sua presença e da sua cultura na referida região. Também na Europa grandes povos existiram e floresceram neste período: os Celtas, os Germanos, os Citas. Quase todas estas civilizações foram dominadas pelos Romanos ou com eles travaram conflitos. Na Ásia, surgem as civilizações chinesa e indiana, bem como a da Indochina, a do Japão e a da Coreia, ao passo que na América do Sul e Central surgem os povos pré-colombianos - Incas, Maias, Astecas, Olmecas, entre outros -, para além dos casos da Oceânia e da África sub-sahariana (ou Negra).
A arqueologia, com as suas várias especializações por civilizações (a egiptologia, por exemplo) ou outras variantes temáticas, é o ramo da História que se ocupa dos vestígios civilizacionais da Antiguidade, no que concerne à guerra, à religião, à economia, à política, às artes, ao urbanismo e à família, por exemplo.
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Como referenciar
Porto Editora – Antiguidade na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 12:36:18]. Disponível em
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