1 min
António Fonseca
Poeta, escritor e ensaísta angolano, António Fonseca nasceu a 9 de julho de 1956, na região do Ambriz, Angola.
Licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto e fez um mestrado em estudos especializados de Políticas Culturais e Ação Artística Internacional pela Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Universidade de Bourgogne, em França.
Frequentou o curso de "Formação Internacional Cultura" na área de Conceção, Decisão e Gestão Culturais.
Com esta especialização, procurou orientar a sua atividade profissional nesta área, tendo vindo a desempenhar cargos de direção em empresas e instituições vocacionadas para a atividade cultural, tais como o Instituto Nacional do Livro e do Disco e na Empresa Nacional do Disco e Publicações.
Faz animação radiofónica, sendo, desde há mais de vinte anos, o responsável pelo programa de rádio "Antologia" cujo objetivo nuclear é o de impedir o desaparecimento e a morte da tradição oral, nomeadamente a literatura.
É cofundador da Brigada Jovem de Literatura de Luanda (BJLL) e da União de Escritores Angolanos (UEA).
Poeta da denominada "Geração das Incertezas", a sua poesia, como a de outros nomes desta novíssima geração, pauta-se pela presença sistemática de um "eu lírico" desiludido e angustiado com a realidade de penúria social vivida no seu país. Vivenciando a fome, a miséria, a corrupção e a repressão, este sujeito poético, que aprendeu a confiar nos ideais e nos valores da revolução veiculados pelas gerações anteriores, olha, agora, o futuro como um túnel apagado e abafado onde não consegue respirar: "As árvores sem seiva/nem folhas/e flores/serão/só/silêncio.(...)".
Este túnel, espaço e tempo psicológicos da melancolia e da frustração, metaforiza-se, no texto poético, através das águas marinhas que, numa posição dual, surgem simultaneamente como o espaço sepulcral da morte dos ideais e o espaço de vida capaz de revelar os cultos africanos.
A sua poesia, como a grande parte dos textos poéticos angolanos seus contemporâneos, surge como o espaço privilegiado e possível da atitude crítica e do larvar da imaginação.
São de António Fonseca as seguintes obras: Raízes (1982); Sobre os Kikongos de Angola (1985) - ensaio; Poemas de Raíz e Voz (1985) - poesia; Crónica de um tempo de silêncio (1988) - contos; e Contribuição ao estudo da literatura oral angolana (1996) - ensaio.
Licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto e fez um mestrado em estudos especializados de Políticas Culturais e Ação Artística Internacional pela Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Universidade de Bourgogne, em França.
Frequentou o curso de "Formação Internacional Cultura" na área de Conceção, Decisão e Gestão Culturais.
Com esta especialização, procurou orientar a sua atividade profissional nesta área, tendo vindo a desempenhar cargos de direção em empresas e instituições vocacionadas para a atividade cultural, tais como o Instituto Nacional do Livro e do Disco e na Empresa Nacional do Disco e Publicações.
Faz animação radiofónica, sendo, desde há mais de vinte anos, o responsável pelo programa de rádio "Antologia" cujo objetivo nuclear é o de impedir o desaparecimento e a morte da tradição oral, nomeadamente a literatura.
É cofundador da Brigada Jovem de Literatura de Luanda (BJLL) e da União de Escritores Angolanos (UEA).
Poeta da denominada "Geração das Incertezas", a sua poesia, como a de outros nomes desta novíssima geração, pauta-se pela presença sistemática de um "eu lírico" desiludido e angustiado com a realidade de penúria social vivida no seu país. Vivenciando a fome, a miséria, a corrupção e a repressão, este sujeito poético, que aprendeu a confiar nos ideais e nos valores da revolução veiculados pelas gerações anteriores, olha, agora, o futuro como um túnel apagado e abafado onde não consegue respirar: "As árvores sem seiva/nem folhas/e flores/serão/só/silêncio.(...)".
Este túnel, espaço e tempo psicológicos da melancolia e da frustração, metaforiza-se, no texto poético, através das águas marinhas que, numa posição dual, surgem simultaneamente como o espaço sepulcral da morte dos ideais e o espaço de vida capaz de revelar os cultos africanos.
A sua poesia, como a grande parte dos textos poéticos angolanos seus contemporâneos, surge como o espaço privilegiado e possível da atitude crítica e do larvar da imaginação.
São de António Fonseca as seguintes obras: Raízes (1982); Sobre os Kikongos de Angola (1985) - ensaio; Poemas de Raíz e Voz (1985) - poesia; Crónica de um tempo de silêncio (1988) - contos; e Contribuição ao estudo da literatura oral angolana (1996) - ensaio.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – António Fonseca na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 15:40:32]. Disponível em
Outros artigos
-
DireitoA palavra direito deriva etimologicamente de ius rectum, que significa "aquilo que é justo", o Direi...
-
AngolaGeografia País do Sul de África, oficialmente designado por República de Angola. Situado na costa oc...
-
Alberto MartinsAdvogado, professor e deputado português, Alberto de Sousa Martins nasceu a 25 de abril de 1945, em
-
Alberto de MonsarazPoeta, político e jornalista, Alberto de Monsaraz nasceu no dia 28 de fevereiro de 1889, em Lisboa.
-
Alcide de GasperiPolítico italiano nascido em 1881 e falecido em 1954. Hostil aos fascistas, foi preso em 1927 e cond
-
Madeleine AlbrightPolítica norte-americana, Madeleine Albright nasceu a 15 de maio de 1937, na antiga Checoslováquia (
-
Alberto FujimoriPolítico peruano, nasceu em 1938, em Lima, filho de imigrantes japoneses. Por causa das suas feições
-
Alberto João JardimO político social-democrata Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim nasceu em 1943, no Funchal. Licenc
-
Luís da Silva Mouzinho de AlbuquerqueMilitar e estadista português nascido em 1792 e falecido em 1846. Ingressando no Exército, chegou a
-
Mary McAleeseAdvogada e professora universitária irlandesa, nascida em 1951, foi eleita para a presidência da Rep
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – António Fonseca na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 15:40:32]. Disponível em