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Antonio Vivaldi
Compositor e violinista italiano do final da época barroca, Antonio Lucio Vivaldi marcou decisivamente o concerto e o estilo da música instrumental. Nasceu em 1678, em Veneza, Itália, e morreu em 1741, em Viena, Áustria.
Estudou música com o seu pai, Giovanni Battista, que foi violinista na Orquestra da Basílica de São Marcos, em Veneza. Em 1703 foi ordenado sacerdote mas deixou a carreira religiosa, alegando problemas de saúde, e dedicou-se em exclusivo à música. No mesmo ano, já considerado um excelente músico, foi professor no Ospedalle della Pietà, um dos orfanatos de Veneza.
Por essa altura, ostentava o título de Maestro di Violino. Deixou o orfanato em 1709 e regressou em 1711 para mais cinco anos de ligação à instituição. Adquiriu o estatuto de Maestro de Concerti. Mesmo depois de deixar Veneza, manteve a ligação com o Pietá, produzindo cerca de dois concertos por mês, que enviava por correio. Tornou-se Maestro di Cappella, em 1735, e continuou a produzir obras para o orfanato. A sua reputação começou a aumentar por altura da edição dos seus primeiros trabalhos, as Sonatas para Trios de Cordas (provavelmente em 1703), as Sonatas de Violino (1709) e, muito particularmente, a compilação de 12 concertos, intitulado L'estro armonico op. 3 (1711). Esta obra foi aclamada um pouco por todo lado, especialmente nos meios intelectuais de Amesterdão e na Europa do Norte. O advento da sua obra levou alguns músicos a procurá-lo em Veneza e algumas comissões estudaram os trabalhos entretanto divulgados. De entre as pessoas a quem o seu trabalho despertou atenção, destaca-se Bach. O compositor alemão transcreveu algumas das suas peças para piano/cravo, influenciando decisivamente alguns músicos alemães.
A partir daí, compôs mais dois conjuntos de sonatas e sete concertos, como La Stravaganza op. 4 (1712), Il cimento dell'armonia e dell'inventione (1725), que incluía As Quatro Estações e La Cetra (1727). Foi um compositor inovador, introduzindo uma nova dinâmica nos andamentos das peças, sendo de destacar o esquema de três andamentos com ritmos alternados. Compôs mais de 550 concertos, de entre esses 350 para instrumentos a solo (230 de violino). Além destas peças, produziu ainda algumas composições de música de câmara. Vivaldi ficou também conhecido por produzir miscelâneas de som harmónico, combinando instrumentos até então pouco utilizados em conjunto.
A década de 1720 foi o apogeu da sua carreira musical. Entre 1725 e 1729, foram publicadas cinco novas coleções de concertos, Opus 8-12. Na década de 1730, a sua carreira entrou gradualmente em declínio. Em 1740 viajou para Viena, mas adoeceu e não viveu o suficiente para assistir à produção da sua ópera L'Oracolo in Messenia, em 1742.
Vivaldi foi um pioneiro do poema sinfónico, forma que adquiriu a exemplaridade artística com as Quatro Estações. Compôs 90 sonatas, grande parte delas para instrumentos de cordas, 50 composições sacras para voz, 50 óperas, das quais apenas 16 sobreviveram completas, e 40 cantatas. Alguns dos seus concertos têm títulos pitorescos ou alusivos. Quatro deles, o ciclo de concertos para violino com o título de As Quatro Estações (Opus 8, n.º 1-4), marcam um estilo inovador em que cada concerto descreve uma estação do ano, começando pela primavera. A representação que Vivaldi fez dos sons da Natureza inaugurou uma tradição a que também pertence a Sinfonia Pastoral de Ludwig van Beethoven.
Vivaldi foi sempre visto como um compositor dinâmico, inovador e é muitas vezes classificado como o mestre da música barroca. A influência que deixou sobre os seus contemporâneos e os seus seguidores é uma marca da sua enorme vitalidade e do seu talento inesgotável. O próprio Vivaldi terá inclusive dito que era capaz de levar menos tempo a compor um concerto do que o copista a colocar as pautas em ordem para os músicos.
Estudou música com o seu pai, Giovanni Battista, que foi violinista na Orquestra da Basílica de São Marcos, em Veneza. Em 1703 foi ordenado sacerdote mas deixou a carreira religiosa, alegando problemas de saúde, e dedicou-se em exclusivo à música. No mesmo ano, já considerado um excelente músico, foi professor no Ospedalle della Pietà, um dos orfanatos de Veneza.
Por essa altura, ostentava o título de Maestro di Violino. Deixou o orfanato em 1709 e regressou em 1711 para mais cinco anos de ligação à instituição. Adquiriu o estatuto de Maestro de Concerti. Mesmo depois de deixar Veneza, manteve a ligação com o Pietá, produzindo cerca de dois concertos por mês, que enviava por correio. Tornou-se Maestro di Cappella, em 1735, e continuou a produzir obras para o orfanato. A sua reputação começou a aumentar por altura da edição dos seus primeiros trabalhos, as Sonatas para Trios de Cordas (provavelmente em 1703), as Sonatas de Violino (1709) e, muito particularmente, a compilação de 12 concertos, intitulado L'estro armonico op. 3 (1711). Esta obra foi aclamada um pouco por todo lado, especialmente nos meios intelectuais de Amesterdão e na Europa do Norte. O advento da sua obra levou alguns músicos a procurá-lo em Veneza e algumas comissões estudaram os trabalhos entretanto divulgados. De entre as pessoas a quem o seu trabalho despertou atenção, destaca-se Bach. O compositor alemão transcreveu algumas das suas peças para piano/cravo, influenciando decisivamente alguns músicos alemães.
A década de 1720 foi o apogeu da sua carreira musical. Entre 1725 e 1729, foram publicadas cinco novas coleções de concertos, Opus 8-12. Na década de 1730, a sua carreira entrou gradualmente em declínio. Em 1740 viajou para Viena, mas adoeceu e não viveu o suficiente para assistir à produção da sua ópera L'Oracolo in Messenia, em 1742.
Vivaldi foi um pioneiro do poema sinfónico, forma que adquiriu a exemplaridade artística com as Quatro Estações. Compôs 90 sonatas, grande parte delas para instrumentos de cordas, 50 composições sacras para voz, 50 óperas, das quais apenas 16 sobreviveram completas, e 40 cantatas. Alguns dos seus concertos têm títulos pitorescos ou alusivos. Quatro deles, o ciclo de concertos para violino com o título de As Quatro Estações (Opus 8, n.º 1-4), marcam um estilo inovador em que cada concerto descreve uma estação do ano, começando pela primavera. A representação que Vivaldi fez dos sons da Natureza inaugurou uma tradição a que também pertence a Sinfonia Pastoral de Ludwig van Beethoven.
Vivaldi foi sempre visto como um compositor dinâmico, inovador e é muitas vezes classificado como o mestre da música barroca. A influência que deixou sobre os seus contemporâneos e os seus seguidores é uma marca da sua enorme vitalidade e do seu talento inesgotável. O próprio Vivaldi terá inclusive dito que era capaz de levar menos tempo a compor um concerto do que o copista a colocar as pautas em ordem para os músicos.
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Como referenciar
Porto Editora – Antonio Vivaldi na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 12:48:36]. Disponível em
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