Arnaldo Santos
Escritor e poeta angolano, Arnaldo Moreira dos Santos nasceu a 14 de março de 1935, em Luanda, na Ingombota.
Fez a escola primária e os estudos secundários nesta cidade, findos os quais, começou a sua atividade profissional na Função Pública.
Mantendo, desde sempre, uma íntima relação com a cultura, integrou, nos anos 50, a plêiade "Grupo de Cultura".
Amante do jornalismo, Arnaldo Santos foi chefe de redação da revista novembro e colaborador e diretor do Jornal de Angola. Na década de 60, colaborou na revista Cultura, na ABC e na revista dos Estudantes da Casa do Império chmada Mensagem.
Depois da independência, dirigiu o INALD (Instituto Nacional do Livro e do Disco) e o IAC (Instituto Angolano do Cinema).
Viveu a infância e a adolescência no conhecido bairro do Quinaxixi, espaço de germinação de muita da sua criação literária. Assim, cinco anos depois da publicação do seu primeiro livro de poemas Fuga, edita, em 1965, o seu primeiro livro de contos, simbolicamente "batizado" com o nome de Quinaxixe.
Em 1968, editou um livro de crónicas, Tempo de Munhungo, que ganhou o Prémio Mota Veiga, atribuído em Luanda nos anos 60 e 70.
Depois de um período sem editar, publica em 1977, já depois da Independência do seu país do jogo colonial português, o livro de poesia Poemas no Tempo e outro em prosa Kinaxixi e outras prosas.
Nove anos depois, retoma a criação narrativa e lança outro livro de contos, intitulado Na Mbanga do Miranda. No ano seguinte, em 1987, novos textos poéticos são publicados sob o título Nova Memória da Terra e dos Homens.
Os seus poemas dos anos 50 e 60, juntamente com os de outros poetas angolanos, fazem parte da antologia 50 Poetas Africanos, compilada por Manuel Ferreira, enquanto tipificadores da poética do movimento da "Cultura"(II).
Narrativas curtas, os contos de Arnaldo Santos refletem uma preocupação própria e singular no que respeita ao tratamento da linguagem, caracterizada por um grande preciosismo e rigor na escolha dos elementos e recursos que a enformam. Misturando alguns termos do vocabulário do Kimbundo (uma entre muitas das línguas nativas faladas), associados a uma performance correta da língua portuguesa, as suas personagens, rigorosamente selecionadas, apresentam uma grande densidade psicológica que se articula no espaço urbano da cidade de Luanda. Elegendo esta cidade como o espaço nuclear da sua criação, o autor, contudo, transfere, por vezes, a ação da sua narrativa para outros espaços emblemáticos, nomeadamente Benguela e de que é exemplo a sua novela A Boneca de Quilengues, publicada em 1991.
Então, fruto de outra situação espacial, as personagens desta novela constituem-se através de uma linguagem que recorre, agora, a uma simbiose da língua portuguesa e de termos do vocabulário umbundu.
Autor de poesia, contos e novelas, Arnaldo Santos edita, em 1999, o seu primeiro grande romance, A Casa Velha das Margens, há muito reclamado pelos meios literários angolanos. Não sendo um romance histórico, por ele perpassam personagens e acontecimentos que nos remetem para a realidade socio-cultural da Angola do séc. XIX.
Membro fundador da UEA (União dos Escritores Angolanos), Arnaldo Santos é um autor consagrado no meio literário.
Fez a escola primária e os estudos secundários nesta cidade, findos os quais, começou a sua atividade profissional na Função Pública.
Mantendo, desde sempre, uma íntima relação com a cultura, integrou, nos anos 50, a plêiade "Grupo de Cultura".
Amante do jornalismo, Arnaldo Santos foi chefe de redação da revista novembro e colaborador e diretor do Jornal de Angola. Na década de 60, colaborou na revista Cultura, na ABC e na revista dos Estudantes da Casa do Império chmada Mensagem.
Depois da independência, dirigiu o INALD (Instituto Nacional do Livro e do Disco) e o IAC (Instituto Angolano do Cinema).
Viveu a infância e a adolescência no conhecido bairro do Quinaxixi, espaço de germinação de muita da sua criação literária. Assim, cinco anos depois da publicação do seu primeiro livro de poemas Fuga, edita, em 1965, o seu primeiro livro de contos, simbolicamente "batizado" com o nome de Quinaxixe.
Em 1968, editou um livro de crónicas, Tempo de Munhungo, que ganhou o Prémio Mota Veiga, atribuído em Luanda nos anos 60 e 70.
Depois de um período sem editar, publica em 1977, já depois da Independência do seu país do jogo colonial português, o livro de poesia Poemas no Tempo e outro em prosa Kinaxixi e outras prosas.
Nove anos depois, retoma a criação narrativa e lança outro livro de contos, intitulado Na Mbanga do Miranda. No ano seguinte, em 1987, novos textos poéticos são publicados sob o título Nova Memória da Terra e dos Homens.
Os seus poemas dos anos 50 e 60, juntamente com os de outros poetas angolanos, fazem parte da antologia 50 Poetas Africanos, compilada por Manuel Ferreira, enquanto tipificadores da poética do movimento da "Cultura"(II).
Narrativas curtas, os contos de Arnaldo Santos refletem uma preocupação própria e singular no que respeita ao tratamento da linguagem, caracterizada por um grande preciosismo e rigor na escolha dos elementos e recursos que a enformam. Misturando alguns termos do vocabulário do Kimbundo (uma entre muitas das línguas nativas faladas), associados a uma performance correta da língua portuguesa, as suas personagens, rigorosamente selecionadas, apresentam uma grande densidade psicológica que se articula no espaço urbano da cidade de Luanda. Elegendo esta cidade como o espaço nuclear da sua criação, o autor, contudo, transfere, por vezes, a ação da sua narrativa para outros espaços emblemáticos, nomeadamente Benguela e de que é exemplo a sua novela A Boneca de Quilengues, publicada em 1991.
Então, fruto de outra situação espacial, as personagens desta novela constituem-se através de uma linguagem que recorre, agora, a uma simbiose da língua portuguesa e de termos do vocabulário umbundu.
Autor de poesia, contos e novelas, Arnaldo Santos edita, em 1999, o seu primeiro grande romance, A Casa Velha das Margens, há muito reclamado pelos meios literários angolanos. Não sendo um romance histórico, por ele perpassam personagens e acontecimentos que nos remetem para a realidade socio-cultural da Angola do séc. XIX.
Membro fundador da UEA (União dos Escritores Angolanos), Arnaldo Santos é um autor consagrado no meio literário.
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Como referenciar
Porto Editora – Arnaldo Santos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-08 03:58:43]. Disponível em
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