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Berta Cardoso
Fadista e atriz, Berta dos Santos Cardoso nasceu a 21 de outubro de 1911, em Lisboa, e faleceu a 12 de junho de 1997, na mesma cidade. Pertenceu à 'geração de ouro' do fado, sendo uma das mais destacadas artistas das décadas de 30 e 40 do século XX, tendo êxito em Portugal e no Brasil.
Os seus pais eram da Figueira da Foz, mas Berta Cardoso nasceu em Lisboa, junto ao Largo do Carmo, e ali viveu com os seus quatro irmãos. Quando tinha nove anos, o pai morreu e ela foi entregue, por ordem do tribunal, a uma instituição de solidariedade social.
Aos 16 anos, o seu irmão Américo, que era guitarrista, levou-a ao Salão Artístico de Fado, no Parque Mayer. Berta Cardoso cantou acompanhada pelo grande guitarrista Armandinho e agradou tanto que foi desde logo contratada. Foi o início de uma longa carreira, que passou por casas como o Solar da Alegria, o Solar do Marceneiro, o Luso, O Faia, a Parreirinha de Alfama ou o Retiro da Severa. Do seu reportório, muito emitido na rádio, destacam-se temas como "A Cruz de Guerra", "Cinta Vermelha", "Tia Macheta", "Fado da Loucura" ou "Noite de São João". O seu poeta popular de eleição era Linhares Barbosa.
Berta Cardoso construiu uma profícua carreira de atriz e de fadista no teatro de revista. E também no cinema, nomeadamente no filme O Feitiço do Império (1939), de António Lopes Ribeiro, ao lado de Ribeirinho, António Silva, entre outros.
Em 1932, vai pela primeira vez ao Brasil e ali participa em três espetáculos: Zás, Trás, Paz, O Ricócó, A Nau Catrineta e Viva ao Jazz. No ano seguinte, parte para Angola, a bordo do paquete Niassa, integrada no Grupo Artístico de Fados.
Já em Portugal, participou em inúmeras peças de Teatro de Revista. Entre outras, Olaré, quem brinca!, Arre, burro!, Pega-me ao colo!, Manda-me Ventarolas, Viva a Loucura, Isto é Porto, Lisboa é Coisa Boa ou o espetáculo O Fado em todos os tempos - três épocas - de 1850 a 1938. Contracenou com grandes atores da época, como Vasco Santana, António Silva, Beatriz Costa ou Mirita Casimiro.
Voltou por duas vezes ao Brasil, sempre com sucesso, e chegou a ter convites para digressões na América do Norte, mas sempre pôs a família (teve dois filhos) à frente da carreira. A tal ponto que chegou mesmo a tirar o curso de enfermeira-parteira caso a carreira de fadista/atriz não resultasse. Nunca exerceu no entanto essa profissão. Berta Cardoso pôs termo à sua carreia de atriz em 1960 e à de fadista doze anos mais tarde.
Os seus pais eram da Figueira da Foz, mas Berta Cardoso nasceu em Lisboa, junto ao Largo do Carmo, e ali viveu com os seus quatro irmãos. Quando tinha nove anos, o pai morreu e ela foi entregue, por ordem do tribunal, a uma instituição de solidariedade social.
Aos 16 anos, o seu irmão Américo, que era guitarrista, levou-a ao Salão Artístico de Fado, no Parque Mayer. Berta Cardoso cantou acompanhada pelo grande guitarrista Armandinho e agradou tanto que foi desde logo contratada. Foi o início de uma longa carreira, que passou por casas como o Solar da Alegria, o Solar do Marceneiro, o Luso, O Faia, a Parreirinha de Alfama ou o Retiro da Severa. Do seu reportório, muito emitido na rádio, destacam-se temas como "A Cruz de Guerra", "Cinta Vermelha", "Tia Macheta", "Fado da Loucura" ou "Noite de São João". O seu poeta popular de eleição era Linhares Barbosa.
Berta Cardoso construiu uma profícua carreira de atriz e de fadista no teatro de revista. E também no cinema, nomeadamente no filme O Feitiço do Império (1939), de António Lopes Ribeiro, ao lado de Ribeirinho, António Silva, entre outros.
Em 1932, vai pela primeira vez ao Brasil e ali participa em três espetáculos: Zás, Trás, Paz, O Ricócó, A Nau Catrineta e Viva ao Jazz. No ano seguinte, parte para Angola, a bordo do paquete Niassa, integrada no Grupo Artístico de Fados.
Já em Portugal, participou em inúmeras peças de Teatro de Revista. Entre outras, Olaré, quem brinca!, Arre, burro!, Pega-me ao colo!, Manda-me Ventarolas, Viva a Loucura, Isto é Porto, Lisboa é Coisa Boa ou o espetáculo O Fado em todos os tempos - três épocas - de 1850 a 1938. Contracenou com grandes atores da época, como Vasco Santana, António Silva, Beatriz Costa ou Mirita Casimiro.
Voltou por duas vezes ao Brasil, sempre com sucesso, e chegou a ter convites para digressões na América do Norte, mas sempre pôs a família (teve dois filhos) à frente da carreira. A tal ponto que chegou mesmo a tirar o curso de enfermeira-parteira caso a carreira de fadista/atriz não resultasse. Nunca exerceu no entanto essa profissão. Berta Cardoso pôs termo à sua carreia de atriz em 1960 e à de fadista doze anos mais tarde.
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Como referenciar
Porto Editora – Berta Cardoso na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-15 22:18:14]. Disponível em
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