Cantiga de amor
A par das cantigas de amigo e das cantigas de escárnio e maldizer, a cantiga de amor é um dos três grandes géneros em que se divide a lírica galego-portuguesa. Fortemente influenciada pelo lirismo provençal, na cantiga de amor, o trovador, fazendo eco de um ideal de amor cortês, exprime o seu amor não correspondido por uma dama equiparada a um suserano a quem o amante deve um serviço de amor consubstanciado em atitudes de louvor, fidelidade, abnegação.
No entanto, deve considerar-se que a cantiga de amor diverge da "cansó" provençal por uma maior idealização da dama e por uma quase redução do amor cortês a um jogo retórico que retoma convencionalmente as fórmulas provençais de expressão dos sentimentos opostos vividos pelo trovador, suspenso na expectativa de satisfação de um desejo nunca consumado.
Formalmente, a cantiga de amor apresenta um maior investimento que as cantigas de amigo na variação dos esquemas métricos, rítmicos e retóricos, numa predominância das cantigas de mestria sobre as de refrão, no recurso à "atá-fiinda", ao dobre e mordobre, explorando ao máximo as possibilidades combinatórias dos motivos amorosos continuamente reiterados.
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