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clitoritomia
A clitoritomia, também designada por clitoridectomia ou "sunnah", nos países onde é praticada, é a forma mais branda da mutilação genital feminina e a mais frequente (cerca de 80% dos casos).
Este procedimento consiste na remoção, parcial ou total, do clítoris, órgão responsável pela sensação de prazer sexual da mulher.
Outras formas de mutilação genital feminina são a excisão, em que além do clítoris são também removidos os pequenos lábios, e a infibulação, forma mais grave, em que além da remoção do clítoris e dos pequenos lábios, é também retirada parte dos grandes lábios, sendo a entrada da vagina fechada, ficando apenas um pequeno orifício, que é rasgado no momento da primeira relação sexual.
Estima-se em cerca de 135 milhões o número de mulheres que sofreram alguma das formas de mutilação genital feminina, sendo esta prática aplicada a cerca de dois milhões de jovens raparigas todos os anos, com idades, normalmente, compreendidas entre os 4 e os 8 anos de idade.
Esta prática, cujas origens são anteriores ao surgimento do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, podendo remontar ao antigo Egito ou à Eritreia pré-monoteísta, não é preceito de nenhuma das grandes religiões, sendo praticada apenas por questões rituais, sobretudo em alguns países da África e do Médio Oriente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mutilação genital feminina é praticada em 29 países africanos, afetando 80% da população feminina do Egito, Somália, Mali, Etiópia, Eritreia, Guiné, Sudão, Gâmbia, Serra Leoa e Jibuti.
O grau de mutilação infligido varia com o país e a cultura, prevalecendo a clitoritomia na zona oeste de África e na Indonésia, enquanto a infibulação persiste, sobretudo, no leste africano (Jibuti, Sudão, Etiópia, Somália, Quénia, entre outros). Em países ocidentais, onde a prática está presente, sobretudo, no interior de comunidades de imigrantes, a tendência dominante é a de proibição de qualquer forma de mutilação genital feminina, a qual é já ilegal, por exemplo, nos Estados Unidos da América desde 1996.
O procedimento é, normalmente, levado a cabo em condições de assepsia e de higiene muito baixas, sendo executado por elementos femininos da mesma comunidade, com recurso a objetos cortantes não esterilizados, como lâminas de barbear e pedaços de vidro, e sem qualquer tipo de anestesia. Como resultado, algumas das consequências desta prática são a ocorrência de choques cardíacos, hemorragias, hematomas, problemas no decurso do parto, menstruações difíceis e infeções genitourinárias. Para além de sequelas físicas, podem ainda advir alterações de foro psíquico, como ansiedade, depressão, angústia, medo da relação sexual, entre outras. Quanto mais extensa for a mutilação, mais graves poderão ser as consequências para a saúde da mulher, podendo mesmo levar à morte.
Os justificativos apontados pelas culturas onde esta prática persiste são a diminuição do prazer sexual feminino, tornando a mulher mais dócil, submissa e fiel, assim como razões estéticas, de diminuição do tamanho da zona vulvar. São também mencionados factos associados à preservação da virgindade e aumento do prazer sexual masculino.
Este procedimento consiste na remoção, parcial ou total, do clítoris, órgão responsável pela sensação de prazer sexual da mulher.
Outras formas de mutilação genital feminina são a excisão, em que além do clítoris são também removidos os pequenos lábios, e a infibulação, forma mais grave, em que além da remoção do clítoris e dos pequenos lábios, é também retirada parte dos grandes lábios, sendo a entrada da vagina fechada, ficando apenas um pequeno orifício, que é rasgado no momento da primeira relação sexual.
Estima-se em cerca de 135 milhões o número de mulheres que sofreram alguma das formas de mutilação genital feminina, sendo esta prática aplicada a cerca de dois milhões de jovens raparigas todos os anos, com idades, normalmente, compreendidas entre os 4 e os 8 anos de idade.
Esta prática, cujas origens são anteriores ao surgimento do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, podendo remontar ao antigo Egito ou à Eritreia pré-monoteísta, não é preceito de nenhuma das grandes religiões, sendo praticada apenas por questões rituais, sobretudo em alguns países da África e do Médio Oriente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mutilação genital feminina é praticada em 29 países africanos, afetando 80% da população feminina do Egito, Somália, Mali, Etiópia, Eritreia, Guiné, Sudão, Gâmbia, Serra Leoa e Jibuti.
O grau de mutilação infligido varia com o país e a cultura, prevalecendo a clitoritomia na zona oeste de África e na Indonésia, enquanto a infibulação persiste, sobretudo, no leste africano (Jibuti, Sudão, Etiópia, Somália, Quénia, entre outros). Em países ocidentais, onde a prática está presente, sobretudo, no interior de comunidades de imigrantes, a tendência dominante é a de proibição de qualquer forma de mutilação genital feminina, a qual é já ilegal, por exemplo, nos Estados Unidos da América desde 1996.
O procedimento é, normalmente, levado a cabo em condições de assepsia e de higiene muito baixas, sendo executado por elementos femininos da mesma comunidade, com recurso a objetos cortantes não esterilizados, como lâminas de barbear e pedaços de vidro, e sem qualquer tipo de anestesia. Como resultado, algumas das consequências desta prática são a ocorrência de choques cardíacos, hemorragias, hematomas, problemas no decurso do parto, menstruações difíceis e infeções genitourinárias. Para além de sequelas físicas, podem ainda advir alterações de foro psíquico, como ansiedade, depressão, angústia, medo da relação sexual, entre outras. Quanto mais extensa for a mutilação, mais graves poderão ser as consequências para a saúde da mulher, podendo mesmo levar à morte.
Os justificativos apontados pelas culturas onde esta prática persiste são a diminuição do prazer sexual feminino, tornando a mulher mais dócil, submissa e fiel, assim como razões estéticas, de diminuição do tamanho da zona vulvar. São também mencionados factos associados à preservação da virgindade e aumento do prazer sexual masculino.
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Como referenciar
Porto Editora – clitoritomia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-08 10:30:28]. Disponível em
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