Coptas
Como coptas, termo que derivou da palavra grega utilizada para designar o Egito, conhecem-se os Cristãos ortodoxos do Egito, movimento eclesial e cultural surgido pela intervenção de São Marcos no ano I d. C. A partir do Concílio de Calcedónia, em 451, a Igreja Copta tornou-se independente. O seu papa e Patriarca da Santa Sé de São Marcos é o patriarca de Alexandria. Estes primeiros Cristãos de Alexandria eram de proveniência judaica, juntando-se-lhes um grande número de Egípcios. Uma das principais linhas doutrinais da Igreja Copta é a de que Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana, unidas sem confusão em uma "natureza da Palavra encarnada", pelo que entraram em conflito com o Credo do Concílio de Calcedónia (451), que declarou a presença de Cristo em duas naturezas.
O Evangelho de São João, datado do século II d. C. e escrito em copta, assim como alguns escritos do Novo Testamento encontrados em Bahnasa, atestam a grande adesão que esta Igreja teve no Egito. A língua copta descende do antigo egípcio e escreve-se com um alfabeto próprio com bases no grego e no demótico. Esta foi a língua com que se escreveram os manuscritos achados em Nag Hammadi. Logo nos primeiros anos da sua existência (por volta do ano 190) empreendeu a tarefa de criar uma escola, chamada a Escola Catequética de Alexandria, onde lecionaram figuras tão importantes como Orígenes, Atenágoras e Dídimo. Avançada para o seu tempo, tinha métodos tácteis para que os invisuais pudessem lá estudar, e nesta escola ensinava-se não só Teologia como outras ciências consideradas fundamentais à formação do indivíduo, entre as quais a Matemática. Mesmo depois da conquista islâmica do Egito, em 641 d. C., os Coptas foram respeitados e tiveram liberdade para a prática da religião, mas até ao final do século XII aumentou o número de seguidores da doutrina de Maomé em detrimento dos Cristãos coptas. Sujeitos enquanto minoria a algumas desvantagens como um imposto chamado jizya (que existiu até 1855), passaram a partir desta altura a ganhar mais direitos, como, por exemplo, o de servir no exército egípcio.
O Evangelho de São João, datado do século II d. C. e escrito em copta, assim como alguns escritos do Novo Testamento encontrados em Bahnasa, atestam a grande adesão que esta Igreja teve no Egito. A língua copta descende do antigo egípcio e escreve-se com um alfabeto próprio com bases no grego e no demótico. Esta foi a língua com que se escreveram os manuscritos achados em Nag Hammadi. Logo nos primeiros anos da sua existência (por volta do ano 190) empreendeu a tarefa de criar uma escola, chamada a Escola Catequética de Alexandria, onde lecionaram figuras tão importantes como Orígenes, Atenágoras e Dídimo. Avançada para o seu tempo, tinha métodos tácteis para que os invisuais pudessem lá estudar, e nesta escola ensinava-se não só Teologia como outras ciências consideradas fundamentais à formação do indivíduo, entre as quais a Matemática. Mesmo depois da conquista islâmica do Egito, em 641 d. C., os Coptas foram respeitados e tiveram liberdade para a prática da religião, mas até ao final do século XII aumentou o número de seguidores da doutrina de Maomé em detrimento dos Cristãos coptas. Sujeitos enquanto minoria a algumas desvantagens como um imposto chamado jizya (que existiu até 1855), passaram a partir desta altura a ganhar mais direitos, como, por exemplo, o de servir no exército egípcio.
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Porto Editora – Coptas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-19 12:03:18]. Disponível em
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