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Creta
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Ilha do Mediterrâneo oriental que é uma região administrativa da Grécia. Tem uma área de 8 261 km2. Possui um solo montanhoso que chega a atingir os 2456 metros de altitude. Tem uma população de cerca de 540 000 habitantes.
Habitada desde tempos recuados, encontraram-se vestígios que datam do paleolítico. No fim do terceiro milénio surge na ilha uma importante civilização da época do Minoico Médio, que apresentava já uma organização eficaz baseada na aristocracia. Concorreu para o seu sucesso a situação estratégica da ilha, pois recebeu influências diretas do Egito e do Próximo Oriente, visível nomeadamente na arte. Pôde desenvolver-se graças ao poderio marítimo. Em termos artísticos, o seu período mais brilhante ocorreu entre o século VIII e o fim do século VII a. C. As duas cidades que se destacam na ilha confirmam o seu poderio - Cnossos e Phaistos - entre outras cidades também importantes como Palaicrasto, Gurnia e Zacro. O comércio de produtos como o vinho, o azeite, as cerâmicas, os tecidos e a joalharia impôs-se no Mediterrâneo quer nos territórios vizinhos quer em locais mais afastados, como foi o caso da Sicília. A ligação dos cretenses com o povo helénico ocorre quando os aqueus aí se instalam.
Organiza-se um império, cujo ponto fulcral é o palácio de Cnossos, mas que é destruído no século XIV a. C., iniciando-se um período de decadência. São invadidos pelos dórios. A situação geográfica da ilha foi motivo para que se visse envolvida em grandes conflitos que se prolongariam até ao século XIX. No século IV a. C. as cidades da ilha guerrearam entre si. No ano 67 a. C. depois de entrarem em conflito com os romanos, estes conquistam a ilha comandados por Quinto Cecílio Metelo.
Povoação do litoral em Creta
Quando o Império Romano se dividiu em 395, Creta assumiu um papel importantíssimo pelo lugar central que ocupava e por estar incluída no Império Romano do Oriente, tendo sido um importante posto bizantino. Posteriormente foi conquistada pelos muçulmanos em 827. Bizâncio conseguiu novamente a posse da ilha desenvolvendo-a como potência marítima, mas durante a quarta cruzada é vendida aos venezianos. Estes teriam que defender a ilha das investidas dos turcos otomanos durante o século XV. Aqui se instalam em 1645 e acabam por conquistá-la totalmente em 1715, introduzindo o islamismo. É só a partir do pacto de Khalepa, ratificado em 1878, que Creta se encaminharia para a autonomia. Uma série de conflitos têm lugar, mercê da disputa do território entre turcos e gregos. Assim, em 1896 a Grécia apoiava uma sublevação armada na ilha. As potências intervêm ordenando que a Grécia respeite a autonomia dos cretenses e os turcos seriam obrigados a retirar. O governo foi entregue ao príncipe Jorge da Grécia que encontra um território com grande dificuldades financeiras. Tenta anexar a ilha mantendo conversações com os países que a protegem. Entra em conflito com o chefe da oposição Venizelos. Em 1905 e 1908 os cretenses revoltam-se com o intuito de se unirem à Grécia, libertando-se definitivamente dos turcos, o que só ocorre no fim das guerras balcânicas em 1913.
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Como referenciar
Porto Editora – Creta na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-13 22:53:21]. Disponível em