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D. Carlota Joaquina
Membro da monarquia, filha de D. Carlos IV, rei de Espanha, e de D. Maria Luísa de Parma, nasceu em abril de 1775, em Aranjuez, Espanha, e morreu em janeiro de 1830, em Queluz. Em maio de 1785, com dez anos de idade, contraiu matrimónio com o filho de D. Maria I, rainha de Portugal, o príncipe D. João que, em 1788, por morte do seu irmão primogénito D. José, foi declarado príncipe herdeiro, vindo mais tarde a ser regente do reino, por interdição de sua mãe (1792), e rei de Portugal (1816). Deste casamento houve nove filhos, entre eles os futuros reis de Portugal D. Pedro e D. Miguel e a princesa D. Isabel Maria, que foi regente do reino.
D. Carlota Joaquina era conhecida pelo seu temperamento violento e conflituoso, não ficando a ele imune sequer o seu marido.
D. João e D. Carlota Joaquina viveram em estado de permanente desavença desde 1793. Em 1805, D. João VI, já regente do reino, sofreu um ataque de melancolia, fruto do desgosto que sentia pela loucura de sua mãe, os excessos de sua mulher e a grave situação internacional de Portugal, colocado entre as exigências da França e Espanha, por um lado, e as da Inglaterra, por outro. D. Carlota Joaquina e alguns fidalgos conluiram para declarar D. João incapaz e colocar a rainha no posto de regente. Como represália, D. João limita-se a afastar da Corte alguns fidalgos e a separar-se de D. Carlota, dando-lhe para residência o palácio de Queluz, indo ele para Mafra. Em 1807, na sequência da primeira invasão francesa, embarcou, juntamente com a restante família real para o Brasil, onde continuou separada do marido. Ambiciosa, chegou a alimentar a hipótese de vir a reinar nas colónias espanholas na América do Sul, pois o seu pai fora obrigado por Napoleão a abdicar do trono espanhol. Mas os seus ensejos não tiveram concretização. Regressou à metrópole em 1821, onde a situação não lhe era favorável. Recusou-se a jurar a Constituição saída da Revolução de 1820, catalisando a ofensiva contrarrevolucionária, instigando o seu filho D. Miguel. Teve um papel fundamental na preparação da Vila-Francada (1823), golpe que falhou. Reincidiu com o golpe da Abrilada (1824). A sua determinação acabaria por vingar, embora por pouco tempo, pois D. Miguel, após a morte de D. João VI, tornou-se rei absoluto.
D. João e D. Carlota Joaquina viveram em estado de permanente desavença desde 1793. Em 1805, D. João VI, já regente do reino, sofreu um ataque de melancolia, fruto do desgosto que sentia pela loucura de sua mãe, os excessos de sua mulher e a grave situação internacional de Portugal, colocado entre as exigências da França e Espanha, por um lado, e as da Inglaterra, por outro. D. Carlota Joaquina e alguns fidalgos conluiram para declarar D. João incapaz e colocar a rainha no posto de regente. Como represália, D. João limita-se a afastar da Corte alguns fidalgos e a separar-se de D. Carlota, dando-lhe para residência o palácio de Queluz, indo ele para Mafra. Em 1807, na sequência da primeira invasão francesa, embarcou, juntamente com a restante família real para o Brasil, onde continuou separada do marido. Ambiciosa, chegou a alimentar a hipótese de vir a reinar nas colónias espanholas na América do Sul, pois o seu pai fora obrigado por Napoleão a abdicar do trono espanhol. Mas os seus ensejos não tiveram concretização. Regressou à metrópole em 1821, onde a situação não lhe era favorável. Recusou-se a jurar a Constituição saída da Revolução de 1820, catalisando a ofensiva contrarrevolucionária, instigando o seu filho D. Miguel. Teve um papel fundamental na preparação da Vila-Francada (1823), golpe que falhou. Reincidiu com o golpe da Abrilada (1824). A sua determinação acabaria por vingar, embora por pouco tempo, pois D. Miguel, após a morte de D. João VI, tornou-se rei absoluto.
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Como referenciar
Porto Editora – D. Carlota Joaquina na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-03 11:27:20]. Disponível em
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