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Egon Schiele
Artista plástico austríaco, Egon Leo Adolf Schiele, nasceu no dia 12 de junho de 1890 em Tulln, uma pequena cidade austríaca junto ao rio Danúbio, e morreu a 31 de outubro de 1918. Depois de perder o pai quando contava apenas 15 anos, Egon ficou ao cuidado do seu tio que, apesar de preocupado com a falta de interesse que o sobrinho denotava nos seus estudos, lhe reconhecia talento para as artes. Aos 16 anos de idade, Egon Schiele foi aceite na Academia de Belas-Artes de Viena. Em 1907 conheceu Gustav Klimt, que se tornou o seu mentor e, apesar de as suas carreiras terem seguido caminhos diferentes, a amizade manteve-se até à morte de Schiele. Mas considerando o ensino demasiado antiquado, acabou por abandonar o curso de Pintura, assim como muitos outros colegas o fizeram, formando com eles, em 1909, o grupo intitulado "Neukunstgruppe".
Livre das restrições académicas, o seu trabalho passou a centrar-se na exploração do ser. As suas associações com um artista de performance vienense, chamado Mime van Osen, marcaram o início de uma liberdade crescente no seu trabalho, retratando, não apenas o corpo humano, mas a sua sexualidade, de uma forma tão explícita que muitos consideraram ofensiva. Mudou-se para uma zona de subúrbio de Viena esperando encontrar um ambiente bucólico e um estúdio barato onde pudesse trabalhar. No entanto, a sua forma de vida pouco convencional não foi apreciada pelos residentes mais conservadores. Schiele chegou a ser preso por um dia, depois de ter sido falsamente acusado de desvio de um menor. Esta acusação foi retirada mas foi, no entanto, considerado culpado por "propagar arte pornográfica" pelas crianças. Este facto teve um efeito devastador no artista, levando-o a uma febril dedicação ao seu trabalho como forma de esquecer o sucedido.
Em 1915, Schiele casou com Edith Harms, uma vizinha que vivia em frente ao seu estúdio, mas alguns dias depois do casamento foi chamado para o exército. Não chegou a combater já que, na Áustria, a elite cultural era poupada a tais tarefas. Apesar da guerra, Schiele conseguiu manter o seu empenho artístico. Aliás, a sua produção artística resultou prodigiosa - o seu trabalho refletia a maturidade de um artista consciente do seu talento. Obteve um grande sucesso numa exposição que realizou, em Viena, em 1918.
Apesar do aparente hedonismo e erotismo da obra de Schiele, ele foi também um artista profundamente envolvido na trágica e complexa natureza humana. Nesse sentido, a sua obra é uma investigação expressionista em busca da realidade interior e do reconhecimento das mais puras sensações. Figuras masculinas e femininas eram compostas de linhas frágeis mas rígidas e com cores dissonantes numa intensidade de caracterização que poderia ser, ao mesmo tempo, dramática e fortemente erótica.
No final de 1918, uma epidemia de gripe que assolou o Mundo chegou a Viena, levando primeiro a sua mulher, grávida de seis meses, que morreu no dia 28 de outubro, e três dias depois o próprio artista, que contava apenas 28 anos de idade.
Livre das restrições académicas, o seu trabalho passou a centrar-se na exploração do ser. As suas associações com um artista de performance vienense, chamado Mime van Osen, marcaram o início de uma liberdade crescente no seu trabalho, retratando, não apenas o corpo humano, mas a sua sexualidade, de uma forma tão explícita que muitos consideraram ofensiva. Mudou-se para uma zona de subúrbio de Viena esperando encontrar um ambiente bucólico e um estúdio barato onde pudesse trabalhar. No entanto, a sua forma de vida pouco convencional não foi apreciada pelos residentes mais conservadores. Schiele chegou a ser preso por um dia, depois de ter sido falsamente acusado de desvio de um menor. Esta acusação foi retirada mas foi, no entanto, considerado culpado por "propagar arte pornográfica" pelas crianças. Este facto teve um efeito devastador no artista, levando-o a uma febril dedicação ao seu trabalho como forma de esquecer o sucedido.
Em 1915, Schiele casou com Edith Harms, uma vizinha que vivia em frente ao seu estúdio, mas alguns dias depois do casamento foi chamado para o exército. Não chegou a combater já que, na Áustria, a elite cultural era poupada a tais tarefas. Apesar da guerra, Schiele conseguiu manter o seu empenho artístico. Aliás, a sua produção artística resultou prodigiosa - o seu trabalho refletia a maturidade de um artista consciente do seu talento. Obteve um grande sucesso numa exposição que realizou, em Viena, em 1918.
No final de 1918, uma epidemia de gripe que assolou o Mundo chegou a Viena, levando primeiro a sua mulher, grávida de seis meses, que morreu no dia 28 de outubro, e três dias depois o próprio artista, que contava apenas 28 anos de idade.
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Como referenciar
Porto Editora – Egon Schiele na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 23:06:50]. Disponível em
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