Elefantina
Também conhecida como ilha Elefantina ou Abu (elefante), tem a extensão de um quilómetro e meio e situa-se a sul do Cairo e no rio Nilo, defronte à cidade de Assuão. O nome provém de algumas rochas com forma de elefante, animal do qual também têm a cor. Localizada num sítio privilegiado devido aos depósitos de minérios da zona e a constituir uma barreira natural logo a sul da primeira catarata, foi ponto de partida das expedições efetuadas para controlo comercial (sobretudo do ouro) à Núbia, além de capital do primeiro nomo do Alto Egito. Foi povoada desde o I Período Dinástico (foram encontradas estatuetas votivas, por meio de escavações, relativas a este período). Os templos e a zona urbana situavam-se sobretudo na zona mais a sul da ilha, sendo os deuses venerados localmente Anukis, Khnum e Satis ou Satet (tendo o templo desta deusa sido construído por ordem do faraó Tutmósis III). Remanescem também restos do templo dedicado a Khnum (casado com Satet), cuja edificação se iniciou no tempo de Nectanebo II e foi continuada pelos soberanos ptolemeus e na época romana. Heqaib, um nomarca deificado de Elefantina, teve igualmente um templo, do qual restam algumas capelas em torno de um pátio e um relicário. Este nomarca e outros personagens nobres e relevantes estão sepultados nos túmulos escavados na rocha na margem esquerda do rio (Qubet el-Hawa). Sabe-se que no século XIX ainda estava de pé o templo de Amenófis III.
Pode observar-se igualmente nesta ilha o conhecido nilómetro, instrumento que mede o caudal do rio.
As escavações levadas a cabo em Elefantina descobriram igualmente o "Papiro de Elefantina" (XIII Dinastia), o "Calendário de Elefantina" (XVIII Dinastia) e carneiros mumificados que datam da época greco-romana. A importância deste centro pode ainda ser atestada pelo facto do faraó Djoser se ter dirigido ao templo de Khnum para implorar ao deus o término da fome que grassava pelo Egito por volta do segundo milénio a. C., visita esta que inspirou a composição, já no período dos Ptolemeus, da chamada "Estela da Fome", que se encontra em Sehel.
Pode observar-se igualmente nesta ilha o conhecido nilómetro, instrumento que mede o caudal do rio.
As escavações levadas a cabo em Elefantina descobriram igualmente o "Papiro de Elefantina" (XIII Dinastia), o "Calendário de Elefantina" (XVIII Dinastia) e carneiros mumificados que datam da época greco-romana. A importância deste centro pode ainda ser atestada pelo facto do faraó Djoser se ter dirigido ao templo de Khnum para implorar ao deus o término da fome que grassava pelo Egito por volta do segundo milénio a. C., visita esta que inspirou a composição, já no período dos Ptolemeus, da chamada "Estela da Fome", que se encontra em Sehel.
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Como referenciar
Elefantina na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$elefantina [visualizado em 2025-06-24 20:36:17].
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