Elvas
Aspetos Geográficos
O concelho de Elvas, do distrito de Portalegre, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Alto Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 631,3 km2 e abrange 11 freguesias: Ajuda Salvador e Santo Ildefonso, Alcáçova, Assunção, Barbacena, Caia e São Pedro, Santa Eulália, São Brás e São Lourenço, São Vicente e Ventosa, Terrugem, Vila Boim e Vila Fernando.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Arronches, a nordeste pelo de Campo Maior, a oeste pelo de Monforte, a sul pelo de Vila Viçosa (distrito de Évora), a sudoeste pelo de Borba (distrito de Évora) e a sudeste por Badajoz, em Espanha.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 20 753 habitantes.
O natural ou habitante de Elvas denomina-se elvense.
Possui um clima marcadamente mediterrânico, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no verão. A precipitação ronda os 500 mm entre os meses de outubro e março e os 170 mm no semestre mais seco.
O edificado estende-se na encosta de um monte, que é rodeado de extensas áreas planas. A nível de elevações, serão de referir os montes Gebarela (465 m), Perdigão (321 m), Enxara (225 m) e Freixial (223 m).
Como recursos hídricos, possui o rio Caia e a sua albufeira homónima, o rio Guadiana, a ribeira de Pereira, a ribeira Velha, a ribeira do Ceto e a ribeira do Caiola.
História e Monumentos
A fundação de Elvas é atribuída aos Romanos, existindo vestígios em vários pontos do concelho. No reinado de D. Afonso Henriques, mais precisamente em 1166, Elvas foi conquistada aos mouros pela primeira vez; reconquistada e perdida de novo, sendo integrada definitivamente em território português por D. Sancho II, em 1229.
O primeiro foral foi-lhe outorgado em 1229, por D. Sancho II, teve um novo foral em 1513, concedido por D. Manuel I, que marcou a elevação de Elvas à categoria de cidade.
A 14 de janeiro de 1659, as suas linhas de muralhas e os fortes de Santa Luzia e da Graça tiveram um papel defensivo importante no desfecho da Guerra da Restauração, na batalha das Linhas de Elvas.
O património arquitetónico e monumental é muito rico, tanto no aspeto militar como religioso. Assim, a nível militar e defensivo, destaca-se, desde logo, o Castelo de Elvas, com uma praça de armas com a forma de um polígono irregular, com o diâmetro máximo de 1000 metros. A entrada da alcáçova faz-se por três portas principais - a da Esquina, a de Olivença e a de S. Vicente. A torre de menagem foi reconstruída em 1488.
O forte de Nossa Senhora da Graça, ou de Lippe, fica situado a pouco mais de um quilómetro ao norte da praça-forte de Elvas, no vértice de um imponente monte rochoso. É uma verdadeira obra-prima da arquitetura militar europeia do século XVIII de uma impressionante beleza.
As muralhas e as obras anexas da Praça de Elvas exibem uma praça com a forma de um polígono irregular, com 12 frentes, sete baluartes e quatro meios-baluartes. A torre de menagem eleva-se sobre a encosta. Do sistema defensivo da praça-forte fazem parte os fortes de Santa Luzia e da Graça.
Ao nível do património religioso, destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, datada do século XVI e alterada no século XVIII, que seria a antiga Sé de Elvas. É de estilo manuelino, com alterações posteriores em estilo barroco. A Igreja de S. Pedro, datada do século XII e alterada nos séculos XVII e XVIII, é uma igreja românico-gótica, embora com alterações posteriores em estilo barroco. A Igreja das Dominicanas é uma igreja dos séculos XVI-XVII de estilo renascentista.
De salientar também o Santuário de Nosso Senhor Jesus da Piedade, edificado pelo Padre Manuel Antunes por devoção à Paixão de Cristo e gratidão por ter sido salvo da morte. Na Casa dos Milagres existem ex-votos. A igreja é notável pela riqueza de mármores e pelas telas de Volkemar Machado. Salienta-se, ainda, a Igreja de São Domingos, ou dos Domínicos, em Elvas, do século XIII e alterada no século XVIII.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São diversas as manifestações populares e culturais no concelho, como a Feira de maio, realizada no terceiro fim de semana de maio, a Feira de S. Mateus, a partir de 20 de setembro, a festa do Senhor Jesus da Boa-Fé e a Feira dos Hortelões, no primeiro fim de semana de setembro, as festas de S. Vicente, em agosto, e as festas de Barbacena, em setembro.
Como instalações culturais, merecem referência a Biblioteca Municipal e o Museu de Elvas.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguidas pelas do secundário, com as indústrias de descasque de arroz, de conservas de tomate e azeitonas.
Na agricultura predominam os cultivos de azeitona, cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival e prados e pastagens permanentes. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e bovinos.
Quase 18% (1588 ha) do seu território está coberto de floresta.
O concelho de Elvas, do distrito de Portalegre, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Alto Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 631,3 km2 e abrange 11 freguesias: Ajuda Salvador e Santo Ildefonso, Alcáçova, Assunção, Barbacena, Caia e São Pedro, Santa Eulália, São Brás e São Lourenço, São Vicente e Ventosa, Terrugem, Vila Boim e Vila Fernando.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Arronches, a nordeste pelo de Campo Maior, a oeste pelo de Monforte, a sul pelo de Vila Viçosa (distrito de Évora), a sudoeste pelo de Borba (distrito de Évora) e a sudeste por Badajoz, em Espanha.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 20 753 habitantes.
O natural ou habitante de Elvas denomina-se elvense.
Possui um clima marcadamente mediterrânico, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no verão. A precipitação ronda os 500 mm entre os meses de outubro e março e os 170 mm no semestre mais seco.
O edificado estende-se na encosta de um monte, que é rodeado de extensas áreas planas. A nível de elevações, serão de referir os montes Gebarela (465 m), Perdigão (321 m), Enxara (225 m) e Freixial (223 m).
Como recursos hídricos, possui o rio Caia e a sua albufeira homónima, o rio Guadiana, a ribeira de Pereira, a ribeira Velha, a ribeira do Ceto e a ribeira do Caiola.
História e Monumentos
A fundação de Elvas é atribuída aos Romanos, existindo vestígios em vários pontos do concelho. No reinado de D. Afonso Henriques, mais precisamente em 1166, Elvas foi conquistada aos mouros pela primeira vez; reconquistada e perdida de novo, sendo integrada definitivamente em território português por D. Sancho II, em 1229.
O primeiro foral foi-lhe outorgado em 1229, por D. Sancho II, teve um novo foral em 1513, concedido por D. Manuel I, que marcou a elevação de Elvas à categoria de cidade.
A 14 de janeiro de 1659, as suas linhas de muralhas e os fortes de Santa Luzia e da Graça tiveram um papel defensivo importante no desfecho da Guerra da Restauração, na batalha das Linhas de Elvas.
O património arquitetónico e monumental é muito rico, tanto no aspeto militar como religioso. Assim, a nível militar e defensivo, destaca-se, desde logo, o Castelo de Elvas, com uma praça de armas com a forma de um polígono irregular, com o diâmetro máximo de 1000 metros. A entrada da alcáçova faz-se por três portas principais - a da Esquina, a de Olivença e a de S. Vicente. A torre de menagem foi reconstruída em 1488.
O forte de Nossa Senhora da Graça, ou de Lippe, fica situado a pouco mais de um quilómetro ao norte da praça-forte de Elvas, no vértice de um imponente monte rochoso. É uma verdadeira obra-prima da arquitetura militar europeia do século XVIII de uma impressionante beleza.
As muralhas e as obras anexas da Praça de Elvas exibem uma praça com a forma de um polígono irregular, com 12 frentes, sete baluartes e quatro meios-baluartes. A torre de menagem eleva-se sobre a encosta. Do sistema defensivo da praça-forte fazem parte os fortes de Santa Luzia e da Graça.
Ao nível do património religioso, destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, datada do século XVI e alterada no século XVIII, que seria a antiga Sé de Elvas. É de estilo manuelino, com alterações posteriores em estilo barroco. A Igreja de S. Pedro, datada do século XII e alterada nos séculos XVII e XVIII, é uma igreja românico-gótica, embora com alterações posteriores em estilo barroco. A Igreja das Dominicanas é uma igreja dos séculos XVI-XVII de estilo renascentista.
De salientar também o Santuário de Nosso Senhor Jesus da Piedade, edificado pelo Padre Manuel Antunes por devoção à Paixão de Cristo e gratidão por ter sido salvo da morte. Na Casa dos Milagres existem ex-votos. A igreja é notável pela riqueza de mármores e pelas telas de Volkemar Machado. Salienta-se, ainda, a Igreja de São Domingos, ou dos Domínicos, em Elvas, do século XIII e alterada no século XVIII.
São diversas as manifestações populares e culturais no concelho, como a Feira de maio, realizada no terceiro fim de semana de maio, a Feira de S. Mateus, a partir de 20 de setembro, a festa do Senhor Jesus da Boa-Fé e a Feira dos Hortelões, no primeiro fim de semana de setembro, as festas de S. Vicente, em agosto, e as festas de Barbacena, em setembro.
Como instalações culturais, merecem referência a Biblioteca Municipal e o Museu de Elvas.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguidas pelas do secundário, com as indústrias de descasque de arroz, de conservas de tomate e azeitonas.
Na agricultura predominam os cultivos de azeitona, cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival e prados e pastagens permanentes. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e bovinos.
Quase 18% (1588 ha) do seu território está coberto de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Elvas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 15:58:23]. Disponível em
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