Escola Austríaca
A partir da década de 70 do século XIX, numa altura em que a teoria económica se dividia fundamentalmente em duas correntes fundamentais, classicismo e socialismo, surgiu uma nova corrente de pensamento, denominada de marginalismo ou teoria marginalista, que rompeu com muitos dos pressupostos das análises anteriores e contribuiu de forma decisiva para a evolução do pensamento económico como um todo.
Embora as bases da teoria marginalista tenham sido criadas por dois autores não austríacos (Hermann Heinrich Gossen, na Alemanha, e William Stanley Jevons, na Inglaterra), foi na Áustria que esta corrente se desenvolveu mais ativamente a partir dos autores que, em conjunto, criaram a que ficou conhecida como Escola Austríaca de Economia.
Os precursores da Escola Austríaca foram três professores da Universidade de Viena - Carl Menger, Friedrich von Wieser e Eugen von Böhm-Bawerk -, tendo posteriormente o seu trabalho sido seguido por outros autores, dos quais o mais relevante terá sido Friedrich August von Hayek.
Como foi referido, a pesquisa dos autores da Escola Austríaca enquadrou-se na corrente marginalista, pelo que preconizou que a análise económica devia partir da análise das necessidades humanas e das leis que determinam a utilização dos recursos necessários para as satisfazer. Neste contexto, a Escola Austríaca rompeu com a abordagem objetiva das escolas clássica e socialista, dedicando-se ao estudo das características subjetivas das necessidades individuais e da atividade económica necessária à sua satisfação.
Menger, Wieser e Böhm-Bawerk partiram, assim, do estudo das escalas de preferência dos indivíduos e das limitações naturais à satisfação dessas necessidades.
Embora o indivíduo, à imagem do que era preconizado pela Escola Clássica, continue a ser para a Escola Austríaca o sujeito económico central, esta inseriu várias alterações concretas: a introdução da subjetividade ao nível da formação dos preços; o estabelecimento de novas ideias acerca da produção e do papel do Estado, contributos atribuídos a Menger e Wieser; o estudo da teoria do juro e a introdução da variável tempo, contributos atribuídos a Böhm-Bawerk, etc.
Paralelamente, a análise da Escola Austríaca rompeu também com o raciocínio de Marx, na medida em que o valor das coisas passou a ser compreendido como ligado ao conceito de utilidade e não ao de trabalho necessário para as produzir.
As principais obras dos precursores da Escola Austríaca, Menger, Wieser e Böhm-Bawerk, foram respetivamente: Grundsatze der Volkwirtschaftslehre (Fundamentos de Economia Política), 1871; Ursprung und Hauptgesetze des Wirtschaftlichen Werthes (A Origem e as Leis Principais do Valor Económico), 1884; Grundzüge der Theorie des Wirtschaftlichen Werthes (Esboço da Teoria do Valor das Mercadorias), 1886.
Embora as bases da teoria marginalista tenham sido criadas por dois autores não austríacos (Hermann Heinrich Gossen, na Alemanha, e William Stanley Jevons, na Inglaterra), foi na Áustria que esta corrente se desenvolveu mais ativamente a partir dos autores que, em conjunto, criaram a que ficou conhecida como Escola Austríaca de Economia.
Os precursores da Escola Austríaca foram três professores da Universidade de Viena - Carl Menger, Friedrich von Wieser e Eugen von Böhm-Bawerk -, tendo posteriormente o seu trabalho sido seguido por outros autores, dos quais o mais relevante terá sido Friedrich August von Hayek.
Como foi referido, a pesquisa dos autores da Escola Austríaca enquadrou-se na corrente marginalista, pelo que preconizou que a análise económica devia partir da análise das necessidades humanas e das leis que determinam a utilização dos recursos necessários para as satisfazer. Neste contexto, a Escola Austríaca rompeu com a abordagem objetiva das escolas clássica e socialista, dedicando-se ao estudo das características subjetivas das necessidades individuais e da atividade económica necessária à sua satisfação.
Menger, Wieser e Böhm-Bawerk partiram, assim, do estudo das escalas de preferência dos indivíduos e das limitações naturais à satisfação dessas necessidades.
Embora o indivíduo, à imagem do que era preconizado pela Escola Clássica, continue a ser para a Escola Austríaca o sujeito económico central, esta inseriu várias alterações concretas: a introdução da subjetividade ao nível da formação dos preços; o estabelecimento de novas ideias acerca da produção e do papel do Estado, contributos atribuídos a Menger e Wieser; o estudo da teoria do juro e a introdução da variável tempo, contributos atribuídos a Böhm-Bawerk, etc.
Paralelamente, a análise da Escola Austríaca rompeu também com o raciocínio de Marx, na medida em que o valor das coisas passou a ser compreendido como ligado ao conceito de utilidade e não ao de trabalho necessário para as produzir.
As principais obras dos precursores da Escola Austríaca, Menger, Wieser e Böhm-Bawerk, foram respetivamente: Grundsatze der Volkwirtschaftslehre (Fundamentos de Economia Política), 1871; Ursprung und Hauptgesetze des Wirtschaftlichen Werthes (A Origem e as Leis Principais do Valor Económico), 1884; Grundzüge der Theorie des Wirtschaftlichen Werthes (Esboço da Teoria do Valor das Mercadorias), 1886.
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Como referenciar
Escola Austríaca na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$escola-austriaca [visualizado em 2025-07-19 02:55:55].
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