Ésquilo
Trágico grego, nasceu cerca de 525 a. C. de uma família nobre de Elêusis. Participou nas célebres batalhas de Maratona, Salamina e Plateias. Fez várias viagens à Sicília, tendo mesmo convivido com Dionísio de Siracusa.
Foi precisamente na Sicília que morreu em 456 a. C.
Conhecemos o título de cerca de 80 peças de Ésquilo, mas só chegaram até nós 7: Suplicantes, Persas, Sete contra Tebas, Prometeu Agrilhoado e a trilogia Oresteia (Agamémnon, Coéforas, Euménides). O grande mérito de Ésquilo é ser o verdadeiro criador da tragédia, que ele transformou de uma massa informe num género acabado e independente. As tragédias de Ésquilo caracterizam-se pela simplicidade e grandeza da ação, pela emoção trágica, e pela conceção dos caracteres. Ésquilo não é um filósofo como Eurípides, mas viveu numa época em que se sentia cada vez mais o desacordo entre a justiça ideal e as antigas lendas cheias da crueldade do destino e dos caprichos dos deuses. Tocado pelos problemas dolorosos da fatalidade, ele não pretendeu tirar a estas lendas o seu carácter sombrio; pelo contrário, acentuou-o, mas tentou interpretar essas narrações num sentido mais conforme com a justiça. O estilo de Ésquilo é singularmente ousado; os cantos dos coros e até os diálogos estão cheios de imagens brilhantes, terríveis e majestosas.
Conhecemos o título de cerca de 80 peças de Ésquilo, mas só chegaram até nós 7: Suplicantes, Persas, Sete contra Tebas, Prometeu Agrilhoado e a trilogia Oresteia (Agamémnon, Coéforas, Euménides). O grande mérito de Ésquilo é ser o verdadeiro criador da tragédia, que ele transformou de uma massa informe num género acabado e independente. As tragédias de Ésquilo caracterizam-se pela simplicidade e grandeza da ação, pela emoção trágica, e pela conceção dos caracteres. Ésquilo não é um filósofo como Eurípides, mas viveu numa época em que se sentia cada vez mais o desacordo entre a justiça ideal e as antigas lendas cheias da crueldade do destino e dos caprichos dos deuses. Tocado pelos problemas dolorosos da fatalidade, ele não pretendeu tirar a estas lendas o seu carácter sombrio; pelo contrário, acentuou-o, mas tentou interpretar essas narrações num sentido mais conforme com a justiça. O estilo de Ésquilo é singularmente ousado; os cantos dos coros e até os diálogos estão cheios de imagens brilhantes, terríveis e majestosas.
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Como referenciar
Porto Editora – Ésquilo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-16 20:41:48]. Disponível em
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