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Faraó
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Título derivado de per-aa que significava, à letra, "casa grande", e que em grego se transformou em "faraó". Inicialmente indicava tanto a residência dos governantes do Antigo Egito como o Estado em si, e passou a ser aplicado a alguns dos reis a partir do Império Novo (XVIII Dinastia), segundo afirmam alguns egiptólogos. A terminologia que se adotou no século XX tornou contudo habitual a aplicação deste termo a todos os governantes egípcios desde a época pré-dinástica. Com a unificação do Egito por Narmer (por vezes identificado com Menés) tornou-se um dos atributos dos faraós, que passaram a ser chamados nysout-bity ou "rei do Alto e Baixo Egiptos", a coroa branca e vermelha que simboliza ambas as regiões do Egito. Durante o Império Antigo tornou-se usual a adoção de um conjunto de cinco nomes para formar a titulatura real (o nome de Hórus, o nome de Nebti, o nome de Hórus de Ouro, o prenome ou nome de trono e o nome de nascimento). O nome de Hórus passou a partir da IV Dinastia a ser substituído pelos dois últimos nomes supra mencionados encerrados no chenu, uma cartela ovalóide que representa o universo do faraó.
Os faraós, a partir do século V a. C., legitimaram a sua ascensão ao trono pela descendência divina, afirmando-se filhos de Rè, o deus solar do panteão egípcio e o mais importante do mesmo. Assim, o seu poder, vontades e decisões tornavam-se incontestáveis, uma vez que eram provenientes de uma divindade. Por esta razão houve entre os monarcas egípcios um hábito constante de realizar casamentos endógenos (com irmãs/irmãos, tias/tios ou sobrinhas/sobrinhos) com a que seria a esposa principal ou "Grande Esposa", mãe dos herdeiros da coroa. O mesmo aconteceu quando quem ocupou o poder foram mulheres. Os faraós casavam com outras mulheres, sobretudo por razões políticas mas também pelo hábito de manter um harém com vigilantes eunucos, costume adquirido pelo contacto com a Ásia. O faraó acumulava igualmente as funções de sumo-sacerdote, chefe dos exércitos e magistrado principal. Este último cargo advém do facto de ser representante de Maat, a justiça/ordem universal, como aliás transparece nos nomes de trono de muitos governantes (como Hatshepsut Maatkare e Seti I Menmaatre, entre outros).
Era uso celebrarem-se de trinta em trinta anos (variando este intervalo de acordo com os governantes) os jubileus dos faraós, rituais denominados heb-sed que tinham como finalidade renovar a vitalidade do monarca, que com o passar dos anos ia diminuindo.
Estátua faraónica esculpida em alabastro
Da história do Egito sistematizaram-se trinta e três dinastias (sendo que o sacerdote e cronista Maneton referiu apenas trintas e uma, baseado num critério de classificação desconhecido), algumas das quais foram simultâneas e sendo a última rainha Cleópatra VII, que se suicidou no ano 31 a. C.
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Como referenciar
Porto Editora – Faraó na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-18 16:55:16]. Disponível em

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