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Fernando Campos
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Ficcionista, cronista e investigador português, Fernando da Silva Campos nasceu em 1924, em Águas Santas, no concelho da Maia.
Fez os estudos universitários em Coimbra, onde se licenciou em Filologia Clássica. Posteriormente, fez carreira como professor do ensino secundário, tendo sido docente do Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, cidade onde passou a residir definitivamente.
Paralelamente à carreira de docente, escreveu algumas obras didáticas e monografias de investigação etimológica e literária, como A Redação (orientação e exercícios), Porto, 1968; O Arinteiro de el-Rei; A "Vida de S. Teotónio", uma Fonte de Os Lusíadas?, Lisboa, 1972 e a antologia Prosadores Religiosos do Século XVI (Coimbra, 1950).
Fernando Campos, ficcionista, cronista e investigador, ficou conhecido com a publicação do romance "A Casa do Pó" (1986)
Fernando Campos iniciou já tarde a sua carreira de escritor, pois só com 62 anos, em 1986, lançou o seu primeiro romance, A Casa do Pó, muito bem aceite pela crítica. Este é um romance histórico cuja ação decorre em finais do século XVI e conta a história das peregrinações de frei Pantaleão de Aveiro, o autor de Itinerário de Terra Santa (1593). O enigma da identidade do frade franciscano, servindo de pretexto para, ao longo de todos os itinerários que percorre (Portugal, Espanha, Vaticano, Mediterrâneo, Palestina), esboçar um panorama mental sobre a cristandade ocidental e oriental, e sobre o contexto político português no fim de Quinhentos, tende, porém, a adquirir, desde as primeiras páginas, uma dimensão universal: mais do que rigorosa e documentada incursão pelo romance histórico, segundo o autor (cf. Notas a Casa do Pó, 5.ª ed., Lisboa, Difel, 1987, p. 436), "O que aí está são velhos problemas da humanidade que, vindos de há séculos, ainda hoje persistem nos mesmos cenários e saltam para outros mais alargados e vastos". Neste romance, que desde logo colocou Fernando Campos no grupo dos grandes escritores portugueses, surgem diversas figuras históricas, entre as quais Luís Vaz de Camões. O autor levou cerca de onze anos a preparar o livro, dez dos quais ocupados em pesquisa e um na fase da escrita.
Nas obras seguintes, o autor recorre mais uma vez à ficção como género privilegiado para uma indagação ontológica, religiosa ou metafísica, enriquecida com uma cultura invulgar, alargada na convivência de autodidata com leituras clássicas, filosóficas e históricas, fazendo ainda prova de uma versatilidade de registos (lírico, trágico, épico), já manifestada na sua obra de estreia. Para cada um dos seus romances históricos, Fernando Campos faz uma cuidada e meticulosa pesquisa para poder recriar ao pormenor tudo o que se passou na época ou acontecimentos que retrata. Só recorre à imaginação quando há dados que não são conhecidos.
Em 1987, o escritor publicou a sátira literária O homem da Máquina de Escrever e o romance Psiché. Seguiu-se, em 1990, O Pesadelo de Deus e, em 1995, o livro que lhe valeu o Prémio Eça de Queirós desse mesmo ano, A Esmeralda Partida, que trata do século XV e do reinado de D. João II.
Depois de dois anos e meio de intenso trabalho de investigação e escrita do autor, foi lançado A Sala das Perguntas (1998), um livro que aborda a história do humanista português Damião de Góis. Nesta obra, que decorre no século XVI, aparecem personagens como Lutero, Erasmos, João de Barros e Camões. Em 1999, Fernando Campos lançou Viagens ao Ponto de Fuga e, no ano seguinte, A Ponte dos Suspiros, um livro de aventuras onde aparece um jovem D. Sebastião que por vergonha vive como mendigo incógnito.
Já em 2001 apresentou o romance ...que o meu pé prende..., antes de voltar às obras históricas, dois anos depois, com O Prisioneiro da Torre Velha. Este último livro aborda a vida de D. Francisco Manuel de Melo, soldado, escritor e diplomata que viveu entre 1608 e 1666, durante o período em que Espanha dominou Portugal (1580-1640). Fernando Campos já tinha a ideia de escrever sobre D. Francisco Manuel de Melo desde os tempos de estudante em Coimbra, numa altura em que a convite do professor Correia de Oliveira trabalhou num projeto de edição crítica das Cartas Familiares de D. Francisco. Em 2005, lançou O Cavaleiro da Águia, um romance histórico que tem como protagonista D. Gonçalo Mendes da Maia, conhecido por Lidador.
Algumas das obras de Fernando Campos foram traduzidas para francês, alemão e italiano.
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Como referenciar
Porto Editora – Fernando Campos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-12 23:16:35]. Disponível em
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