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física
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O que é a física
A física é uma ciência que estuda as propriedades da matéria inerte e que se ocupa da determinação das leis pelas quais se regem os fenómenos da Natureza.
Como ciência experimental, baseia a sua metodologia na observação dos fenómenos naturais ou na realização de experiências quando não é possível uma observação.
Com as informações obtidas, esta ciência enuncia leis, hipóteses, formula os princípios e constrói os modelos que lhe são necessários para dar explicações e respostas às observações efetuadas.
Tradicionalmente, a física, também denominada de física clássica, foi dividida nas seguintes áreas: termodinâmica (estudo de tudo o que diz respeito ao calor); acústica (estudo do som); eletrodinâmica (estudo da eletricidade); mecânica (estudo do movimento); ótica (estudo da luz) e magnetismo (estudo das interações do tipo eletromagnético).
A física moderna subdivide-se em macrofísica, que inclui a física clássica e em microfísica que pretende dar uma visão unitária de todos os fenómenos da Natureza inerte.
Os limites desta ciência são vagos, o que permite a existência de áreas tais como a biofísica (estuda os aspetos físicos da biologia), a astrofísica (estudo da física dos corpos astronómicos e das suas interações) e a geofísica (estudo da Terra com o auxílio da física).
A física moderna permitiu o desenvolvimento de novas áreas, como consequência do crescente aumento de precisão experimental e, consequentemente, o surgimento de pequenas diferenças, mas de grande importância, as quais não tinham uma explicação adequada através da física clássica.
Surge, então, a mecânica quântica (estudo do comportamento dos corpos com massa muito pequena e velocidade de propagação muito elevada), a física relativista (estuda os corpos que se movem a velocidades próximas das da luz), a física atómica, a física nuclear (estudo dos núcleos atómicos e das suas interações), a física das partículas (estudo das partículas elementares), a física do estado sólido (estudo deste estado de agregação da matéria), a física dos plasmas (estuda a matéria no estado de agregação com este nome), e a física de altas energias (trata da produção das partículas elementares submetidas a processos de choque a altas energias).
No que diz respeito ao campo de aplicação, a física pode ser classificada em: teórica (desenvolvimento de modelos matemáticos apropriados para a descrição e justificação dos fenómenos observados), experimental (determina experimentalmente as propriedades observadas) e aplicada (aplica o saber físico à construção de sistemas práticos para a solução de problemas de índole técnica).

História da física
O pensamento físico, entendido como forma de compreender a realidade mental que nos rodeia, aplica-se desde a Antiguidade. Já as mais antigas culturas (síria, egípcia e chinesa) apresentavam as suas explicações particulares que se baseavam em hipóteses míticas e religiosas.
Mais tarde, os pensadores e cientistas da Antiguidade grega procuraram determinar a essência do mundo material, propondo várias teorias para a matéria construtiva fundamental. Para Tales de Mileto era a água, para Anaximandro era o indeterminado, para Empédocles eram os quatro elementos terra, ar, fogo e água e para Leucipo e Demócrito eram os átomos.
Outros cientistas da Antiguidade propuseram cosmologias ou dedicaram-se ao estudo da astronomia, como é o caso de Aristóteles. Houve ainda quem se dedicasse ao estudo de problemas mais concretos onde assentam as bases de futuras ciências, como a geometria e a ótica (Euclides) ou a estática e hidrostática (Arquimedes).
Depois do século XII, Copérnico estabeleceu o sistema heliocêntrico, que se imporia definitivamente no século XVII. É neste século, que se considera o nascimento da física clássica. Formulou-se a teoria do magnetismo terrestre (William Gilbert) e estabeleceram-se as bases da dinâmica, as leis do pêndulo e as da queda dos corpos devidas a Galileu. Isaac Newton estabeleceu a noção de massa e a lei da gravitação universal, criou o formalismo matemático necessário, enunciou o princípio da igualdade entre ação e reação e demonstrou a validade das leis de Kepler. Com as contribuições de Robert Boyle renovou-se também a teoria atómica, além de se estabelecerem as teorias sobre a existência do vazio e a pressão atmosférica (E. Torricelli e B. Pascal).
A teoria do calor foi desenvolvida por D. G. Fahrenheit e A. Celsius no século seguinte.
O desenvolvimento da termodinâmica com a formulação do primeiro e segundo princípios (Von Mayer e Carnot) assim como os trabalhos de R. Clausius e a criação de entropia levaram à formulação por J. M. Maxwell e L. Boltzmann da mecânica estatística no século XIX.
A eletricidade também aprofunda o seu campo de conhecimentos com as contribuições de C. A. Coulomb, Georg Simon Ohm, André Marie Ampère e Michael Faraday.
Finalmente, a confirmação da teoria ondulatória da luz por parte de T. Young conduziu J. M. Maxwell à unificação desta teoria com a eletrodinâmica e à criação da teoria eletromagnética da luz, cujas as equações foram demonstradas experimentalmente por H. R. Hertz.
No que diz respeito à física moderna e à sua evolução há a considerar as contribuições de vários cientistas e investigadores como de Joseph John Thomson (prémio Nobel da física, considerado o pioneiro da física moderna), Antoine-Henry Becquerel (descoberta da radioatividade natural), o casal Curie (posterior estudo sobre a radioatividade natural), Albert Einstein (teoria da relatividade e teoria do fotão), Max Planck (hipótese do quanta de energia), Niels Bohr (modelo atómico) e Louis de Broglie, Erwin Schrodinger, Werner Heisenberg (mecânica quântica).
O ano de 2005 foi considerado, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Ano Mundial da Física.

Copérnico, autor do trabalho "Das Revoluções dos Corpos Celestes"
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Como referenciar
Porto Editora – física na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 16:07:37]. Disponível em
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