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Garagem do Comércio do Porto
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O edifício da Garagem do Jornal "O Comércio do Porto", foi projetado e construído entre 1928 e 1932, localizando-se num gaveto da praça Dona Filipa de Lencastre, encostado ao edifício sede do mesmo jornal que se volta para a Avenida da Liberdade. Embora apresentando soluções formais e estilísticas bastante diferentes, os dois edifícios foram projetados pelo jovem arquiteto Rogério de Azevedo. De facto, o edifício do Comércio do Porto sintetiza as referências Beaux Arts contidas em algumas das grandes construções deste monumental espaço público, articulando-as com a sintaxe arte déco que conhecia nessa altura grande divulgação na cidade.
Aproveitando a liberdade programática e o desafio tipológico que o projeto da Garagem permitia, Rogério desenvolveu uma solução radicalmente sóbria e purista, inovadora na sua expressividade volumétrica e na afirmação sintática que rapidamente se tornou numa das referências mais fortes da arquitetura modernista portuguesa, a par do Capitólio projetado para Lisboa por Cristino da Silva.
A Garagem desenvolve-se em vários pisos, ligados por uma rampa helicoidal. Os andares superiores são ocupados por escritórios e habitação, possuindo entradas independentes nos extremos das duas fachadas. De facto, a distribuição funcional do programa encontra-se inscrito no próprio desenho dos alçados.
Garagem do Comércio do Porto da autoria de Rogério de Azevedo
A implantação num gaveto determinou a estruturação de toda a construção em torno de um eixo de simetria diagonal coincidindo com a esquina. Os dois alçados, praticamente simétricos, são articulados por uma torre cilíndrica de grande expressividade volumétrica que corta, ao nível do piso térreo, a abertura de acesso à garagem que é coroada por uma elegante pala.
Os planos que encerram os andares de estacionamento são praticamente cegos e, sobre eles, o volume saliente dos pisos de escritórios, rasgados por janelas horizontais contínuas.
Concentrando os efeitos plásticos no jogo de volumes e na articulação dos planos, libertos do peso da ornamentação, este edifício resulta do uso de materiais inovadores como o betão armado, concretizando uma invulgar unidade e coerência formal entre forma, volume e estrutura.
Constituindo um dos projetos mais radicais e paradigmáticos de Rogério de Azevedo e da arquitetura modernista na cidade do Porto, a Garagem do Comércio do Porto escondia o caminho estético seguido posteriormente pelo seu autor
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Porto Editora – Garagem do Comércio do Porto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-20 12:40:24]. Disponível em
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