Gizé
Perto da cidade do Cairo e no planalto de Gizé (ou Guiza), local situado no extremo norte do primeiro nomo egípcio (Ineb-hedj), encontra-se o conjunto funerário das três pirâmides de Quéops (Khufu), Quéfren (Khafre) e Miquerinos (Menkaure). Este conjunto foi também denominado "kher neter", que significa "a necrópole". Já desde o início da época faraónica, Gizé tinha sido eleita como necrópole, como atestam os restos de túmulos do reinado de Djet, faraó da I Dinastia, e de utensílios mencionando o faraó Ninetjer.
Claras evoluções das mastabas e pirâmides romboidais iniciais, como as de Djoser e de Dashur, perderam o revestimento em mármore e pedra de Tura durante a Idade Média, que foi usado para outras construções no Cairo. A pirâmide de Quéops, segundo faraó da IV Dinastia, é a de maior dimensão não só deste conjunto como do Egito, seguindo-se a do seu filho Quéfren e a de Miquerinos. A "Grande Pirâmide" de Quéops tem os lados orientados para os quatro pontos cardeais, tendo atingido na época da sua construção a altura de 146 metros. Do templo mortuário apenas resta a pavimentação, feita em basalto negro. O templo do vale ficou soterrado sob a povoação de Naslet el-Samman, e a este encontram-se três pirâmides secundárias. Crê-se que a que se encontra mais a sul pertence à meia-irmã de Quéops, Henutsen, a central a Meritetis e a última à mãe do faraó, Hetepheres. A sudeste da grande pirâmide encontra-se a pirâmide satélite de Quéops, cuja função se crê ligada ao festival de Heb Sed ou ao ka, e na zona circundante um cemitério de mastabas das IV e V Dinastias correspondentes à família real e aos detentores de cargos oficiais. Também se escavaram poços onde foram encontradas barcaças funerárias desmontadas, uma das quais foi montada e está num museu próximo.
A Esfinge, próxima ao templo do vale, guarda a pirâmide de Quéfren, e possui as feições do próprio faraó. A pirâmide deste governante é a única que conserva parte do revestimento pétreo exterior, no topo, e a sua posição no terreno provoca a ilusão ótica de parecer do mesmo tamanho que a do pai, Quéops.
A pirâmide mais recente de Gizé corresponde a Miquerinos, faraó que seria recordado postumamente pelo governo clemente. Este monumento é o único dos três cuja estrutura além de calcário inclui igualmente tijolo, à semelhança das pirâmides mais antigas.
Este complexo foi deixado ao abandono no Primeiro Período Intermediário, tendo sido recuperado na Dinastia XVIII, em que a Grande Esfinge passou a ser venerada como a representação do deus Sol Hamarquis (aparecendo igualmente com o nome de Hamarquis-Hauron - deus sírio/palestiniano do submundo) nas tábuas fundadoras do vizinho templo de Harcachis, erigido por Amenhotep II. Foi igualmente edificado um santuário entre as patas da Esfinge por Ramsés II. Posteriormente, o culto proeminente e identificado com a Grande Esfinge passou a ser o de Osíris.
Claras evoluções das mastabas e pirâmides romboidais iniciais, como as de Djoser e de Dashur, perderam o revestimento em mármore e pedra de Tura durante a Idade Média, que foi usado para outras construções no Cairo. A pirâmide de Quéops, segundo faraó da IV Dinastia, é a de maior dimensão não só deste conjunto como do Egito, seguindo-se a do seu filho Quéfren e a de Miquerinos. A "Grande Pirâmide" de Quéops tem os lados orientados para os quatro pontos cardeais, tendo atingido na época da sua construção a altura de 146 metros. Do templo mortuário apenas resta a pavimentação, feita em basalto negro. O templo do vale ficou soterrado sob a povoação de Naslet el-Samman, e a este encontram-se três pirâmides secundárias. Crê-se que a que se encontra mais a sul pertence à meia-irmã de Quéops, Henutsen, a central a Meritetis e a última à mãe do faraó, Hetepheres. A sudeste da grande pirâmide encontra-se a pirâmide satélite de Quéops, cuja função se crê ligada ao festival de Heb Sed ou ao ka, e na zona circundante um cemitério de mastabas das IV e V Dinastias correspondentes à família real e aos detentores de cargos oficiais. Também se escavaram poços onde foram encontradas barcaças funerárias desmontadas, uma das quais foi montada e está num museu próximo.
A Esfinge, próxima ao templo do vale, guarda a pirâmide de Quéfren, e possui as feições do próprio faraó. A pirâmide deste governante é a única que conserva parte do revestimento pétreo exterior, no topo, e a sua posição no terreno provoca a ilusão ótica de parecer do mesmo tamanho que a do pai, Quéops.
Este complexo foi deixado ao abandono no Primeiro Período Intermediário, tendo sido recuperado na Dinastia XVIII, em que a Grande Esfinge passou a ser venerada como a representação do deus Sol Hamarquis (aparecendo igualmente com o nome de Hamarquis-Hauron - deus sírio/palestiniano do submundo) nas tábuas fundadoras do vizinho templo de Harcachis, erigido por Amenhotep II. Foi igualmente edificado um santuário entre as patas da Esfinge por Ramsés II. Posteriormente, o culto proeminente e identificado com a Grande Esfinge passou a ser o de Osíris.
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Como referenciar
Porto Editora – Gizé na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-16 00:15:28]. Disponível em
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